Pesquisa IBGE mostra
recuo na produção
industrial do Paraná

Resultado é da passagem de março para abril. Máquinas e equipamentos, produtos químicos e madeira foram os setores que mais influenciaram negativamente
Publicação
08/06/2016 - 16:10
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A produção da indústria do Paraná recuou 0,5% na passagem de março para abril de 2016, de acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período, a produção industrial do Brasil avançou 0,1%. Com esse resultado, o Estado registrou variação positiva de 0,2% no trimestre encerrado em abril de 2016, em relação ao nível do mês anterior, quando interrompeu a trajetória descendente iniciada em junho de 2015.
Na comparação de abril deste ano com o mesmo mês do ano passado, o setor fabril paranaense apontou recuo de 7,5%, frente contração de 7,2% para o Brasil. Houve queda na produção industrial em 13 dos 15 locais pesquisados.
Segundo o diretor do Centro Estadual de Estatística do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Francisco José Gouveia de Castro, o resultado paranaense é reflexo da crise econômica brasileira, que gera redução na renda disponível para consumo, incertezas quanto ao futuro, aumento dos custos de produção e dispensa de trabalhadores.
INFLUÊNCIAS - Um dos setores que afetou negativamente o desempenho da indústria no Estado na passagem de março para abril foi o de máquinas e equipamentos (-32,9%), impulsionado pela menor produção de máquinas para colheita, tratores agrícolas, máquinas para a indústria de panificação, máquinas portáteis para furar, serrar, cortar ou aparafusar, aparelhos ou equipamentos de ar-condicionado para uso central e máquinas-ferramenta para trabalhar madeira e cortiça.
Outro setor que influenciou foi produtos químicos (-32,6%), devido a menos produção de adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK), ureia e amoníaco. Também interferiu no resultado a retração de produtos de metal (-21%), devido a menor produção de torres e pórticos de ferro e aço, artefatos diversos de ferro ou aço estampados, cadeados, moldes para fabricação de peças de borracha ou plástico, artefatos de alumínio para uso doméstico, estruturas de ferro e aço, correntes cortantes de serra e artefatos diversos de ferro e aço trefilados.
A fabricação de móveis também teve resultado negativo (-20,5%), por causa da queda na produção de armários de madeira para uso residencial, móveis modulados de madeira para cozinhas, poltronas, sofás e cômodas de madeira e componentes, partes e peças de madeira para móveis.
Também houve recuo nos ramos de veículos automotores, reboques e carrocerias (-15,5%), explicado pela menor fabricação de automóveis, motores de explosão e combustão interna e caminhões; coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,1%), devido à redução na produção de óleos combustíveis e óleo diesel, e minerais não-metálicos (14,7%), devido a menor produção de blocos e tijolos para construção, artigos de porcelana para serviço de mesa ou de cozinha, massa de concreto preparada para construção e elementos pré-fabricados para onstrução civil de cimento ou concreto.
POSITIVO - Em sentido oposto, o principal impacto positivo veio do setor de produtos alimentícios (6,6%), com aumento na produção do açúcar VHP e cristal, carnes e miudezas de aves congeladas, carnes de bovinos congeladas e rações e outras preparações utilizadas na alimentação animal.
ACUMULADO - No índice acumulado para o período de janeiro a abril de 2016, a indústria do Paraná desacelerou 8,4% em comparação a igual período do ano anterior. No Brasil, o recuo foi ainda maior, de 10,5%. Dos treze setores pesquisados, nove diminuíram a produção: máquinas e equipamentos (-36,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-23,8%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-18,7%), fabricação de produtos de metal (-17,6%), produtos químicos (-17,6%) e minerais não-metálicos (-16,6%).
No índice acumulado nos últimos doze meses, terminados em abril de 2016, o Paraná registrou redução de 9,3% ante retração de 9,6% para o Brasil.
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