Pesquisa IBGE mostra recuo
de 4,4% no faturamento
do comércio paranaense

Esse é o resultado de janeiro. Na média nacional a queda foi de 4,9%. Os setores que mais contribuiram para o resultado no Estado foram livros, jornais, revistas e papelaria, veículos, motocicletas, partes e peças, material de construção, tecidos, vestuário e calçados, móveis
Publicação
13/03/2015 - 12:22
Editoria

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O faturamento real (descontada a inflação) do comércio de varejo paranaense caiu 4,4% em janeiro de 2015 em comparação com o mesmo mês de 2014. Na média nacional, a queda foi 4,9%, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (13). O resultado refere-se à definição ampliada da pesquisa, que contempla, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção.
Os principais responsáveis por esse resultado foram os setores de livros, jornais, revistas e papelaria (-16,5%), veículos, motocicletas, partes e peças (-15%), material de construção (-8,2%), tecidos, vestuário e calçados (-2,4%) e móveis (-1,4%).
DOZE MESES - No acumulado em doze meses, encerrados em janeiro de 2015, as vendas do comércio regional caíram 3,8% contra queda de 2,4% na média nacional. Os ramos que mais influenciaram no declínio das vendas foram livros, jornais, revistas e papelaria (-22,1%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-13,5%), veículos, motocicletas, partes e peças (-11,9%), móveis (-5,8%) e material de construção (-4,7%).
Já na mensuração restrita, que não considera os ramos de veículos, motos e material de construção, o volume de vendas no Estado subiu 3,6% no mês de janeiro e avançou 2,1% no acumulado em doze meses (terminados em janeiro). No Brasil, o faturamento comercial mostrou variação positiva de 0,6% no mês, e crescimento de 1,8% em doze meses.
Para o economista Francisco Gouveia de Castro, do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), os resultados do comércio varejista paranaense em janeiro de 2015 são conquência da redução da renda líquida disponível dos consumidores. “A redução da renda é devido a combinação do declínio da geração de empregos, do aumento do endividamento das famílias, da elevação dos juros, da interferência da aceleração da inflação no poder aquisitivos dos consumidores e, principalmente, do aumento das incertezas em relação ao futuro”, analisa o economista.
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