Pequeno Príncipe amplia
serviço de transplante
de medula óssea

A secretária estadual da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, disse que a implantação deste novo serviço trará benefícios inestimáveis para a pediatria
Publicação
12/12/2016 - 16:20
Editoria

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A secretária de Estado da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, reforçou nesta segunda-feira (12), em Curitiba, durante a solenidade de inauguração da ampliação do Serviço de Transplante de Medula Óssea (TMO) do Hospital Pequeno Príncipe, a importância do apoio do Governo do Estado para a manutenção do atendimento à população nos hospitais do Paraná. A secretária lembrou que o Pequeno Príncipe é um dos dez hospitais de Curitiba que receberão do governo estadual um total de R$ 4,7 milhões em incentivos para auxiliar no custeio, anunciados pelo governador Beto Richa.
“A saúde pública tem que ser atendida e acompanhada pelo Governo do Estado e financiada pelos governos”, disse. “Esse cofinanciamento é imprescindível para o custeio dos hospitais e para que a população seja beneficiada com serviços de qualidade”, acrescentou Fernanda Richa.
A secretária destacou ainda a importância do Pequeno Príncipe para o País ao se tornar uma referência no atendimento a crianças. De acordo com ela, a implantação deste novo serviço trará benefícios inestimáveis para a área da pediatria. “Triplicando a estrutura, também podemos triplicar as esperanças das famílias que estão lutando pela recuperação de suas crianças em tratamento”, declarou.
Segundo a vice-governadora Cida Borghetti, além de mais estrutura, o Hospital Pequeno Príncipe conta hoje com uma equipe altamente especializada e preocupada com o bem-estar dos pacientes. “É preciso valorizar o trabalho de excelência que vem sendo desenvolvido por esses profissionais, que atuam com todo amor e carinho em prol das nossas crianças”, ressaltou.
PARCERIA - O secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto, explica que o Estado tem uma relação de parceria com os hospitais filantrópicos, pois entende a importância dessas instituições para a manutenção do atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Somente para o Pequeno Príncipe, temos destinado quase R$ 6 milhões por ano em recursos de custeio. São verbas que equilibram o caixa desses hospitais e permitem que eles ampliem a oferta de consultas, exames, cirurgias e demais serviços”, disse.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que o Pequeno Príncipe se consolida cada vez mais como referência em Pediatria para todo o Brasil. "Trata-se de um exemplo a ser seguido pelas demais instituições filantrópicas do país", explicou.
Barros destacou ainda que a melhoria dos serviços públicos de saúde do Paraná se devem, em grande parte, ao apoio que o governo estadual tem dado aos hospitais. “O Paraná é, sem dúvida, um dos estados que mais investe em saúde. Recentemente, inclusive antecipou alguns pagamentos para socorrer hospitais da rede”, enfatizou.
O evento desta segunda-feira também contou com a presença do secretário estadual da Comunicação Social, Márcio Villela. 
APOIO - Por ano, o Pequeno Príncipe recebe R$ 3,1 milhões do Programa de Apoio e Qualificação de Hospitais Públicos e Filantrópicos do Sistema Único do Paraná (Hospsus). Em 2012, o Governo do Estado repassou R$ 100 mil para equipamentos e entregou uma ambulância de remoção para a unidade.
A Associação Hospitalar de Proteção à Infância Doutor Raul Carneiro (Hospital Pequeno Príncipe) foi a maior beneficiária do Banco de Projetos do Fundo Estadual para a Infância e Adolescência (FIA).
Desde 2011, o valor transferido pela Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social aos projetos da entidade chegou a R$ 31,6 milhões. O hospital é também o maior beneficiário da área da saúde no programa Nota Paraná até agora, tendo recebido R$ 292,31 mil em créditos e sorteios de prêmios.
SERVIÇO – Com a ampliação, o número de leitos do Serviço de Transplante de Medula Óssea passa de três para dez, tornando a instituição um dos maiores centros pediátricos do país para TMO pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
As obras foram viabilizadas com recursos captados via Renúncia Fiscal por meio do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica – Pronon 2013, no valor de R$ 2,63 milhões.
O Serviço de TMO do Pequeno Príncipe entrou em funcionamento em 2011. Só no ano passado, foram feitos 21 transplantes de medula óssea na unidade, sendo 90% deles pelo SUS.
O projeto foi idealizado pelo médico Eurípides Ferreira, responsável pelo Serviço de TMO do Pequeno Príncipe. Ele foi responsável pelo primeiro transplante de medula óssea no país – em 1979, no Hospital de Clínicas de Curitiba.
Eurípides foi também um dos responsáveis, em 1968, pelo início dos trabalhos do Serviço de Oncologia e Hematologia do Pequeno Príncipe, que é referência no tratamento de tumores sólidos e doenças hematológicas malignas e não malignas.
“O Pequeno Príncipe era um hospital de atendimento primário e hoje representa um oásis para o atendimento a crianças de todo o país”, lembrou Ferreira, ao fazer um breve histórico do Serviço de Transplante de Medula Óssea da unidade.
A diretora executiva do Pequeno Príncipe, Ety Cristina Forte Carneiro, lembrou que dos 60 transplantes de medula óssea já feitos no hospital, a taxa de sobrevida chega a 90%. “É um indicar maravilho que, com a competência da equipe, apoio do governo e, principalmente, pela renúncia fiscal de empresas e cidadãos, nós, com certeza, vamos melhorar os índices de cura.”
REFERÊNCIA - Referência nacional no atendimento a crianças, o Pequeno Príncipe é o maior hospital de média e alta complexidade exclusivamente pediátrico do país. Com 390 leitos, sendo 62 em quatro UTIs, faz cerca de 323 mil atendimentos ambulatoriais, 24 mil internações, 577 mil exames e 17 mil cirurgias ao ano. Cerca de 70% de sua capacidade de atendimento é destinada aos pacientes do SUS.
O hospital oferece desde consultas ambulatoriais até tratamentos complexos, tais como transplantes de rim, fígado, coração e ossos, tratamento oncológico, ortopédico e cardíaco.

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