Paraná vai adotar nova
estratégia para acompanhar
a saúde dos idosos

Baseada em instrumentos de classificação de risco e avaliação funcional, a estratégia pretende ampliar o acompanhamento dos idosos através do fortalecimento da atenção primária à saúde
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24/09/2015 - 16:46
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O Governo do Paraná está implantando um novo modelo de atendimento aos idosos vinculados à rede pública de saúde. Baseada em instrumentos de classificação de risco e avaliação funcional, a estratégia pretende ampliar o acompanhamento dos idosos através do fortalecimento da atenção primária à saúde.
O objetivo é formar uma rede de atenção à saúde do idoso, com a organização de uma linha de cuidado para cada paciente, tendo em vista suas necessidades e fragilidades. “Desta forma, o idoso tem acesso a um atendimento personalizado, com acompanhamento permanentemente de uma equipe multidisciplinar”, afirmou o Coordenador Estadual de Saúde do Idoso, Rubens Bendlin.
No Paraná, a população idosa tem crescido a cada ano. Em 2013, já eram 1,4 milhão de paranaenses com idade acima de 60 anos. Isso representa 12,7% da população total do Estado. Apesar de ainda ser a minoria da população, 27% dos internamentos realizados no mesmo ano através do SUS foram de pacientes idosos.
“É preciso ter um olhar diferenciado para a população idosa, principalmente no que se refere à saúde. Trata-se de um público vulnerável e por isso temos que focar em ações efetivas que garantam o envelhecimento ativo e saudável dos paranaenses”, afirmou a médica geriatra da Divisão Estadual de Saúde do Idoso, Adriane Miró.
NOVO MOMENTO – Desde agosto de 2014, o Paraná adotou a estratificação de risco como instrumento para avaliar o grau de fragilidade do idoso, assim como definir de que maneira o individuo será atendido na rede pública de saúde. Aplicado por agentes comunitários de saúde, o questionário é o primeiro passo para levantar informações úteis que servem de base para os demais encaminhamentos.
Já nesta etapa, o profissional define se o idoso será considerado um indivíduo robusto, em risco de fragilização ou frágil. De acordo com essa divisão, é estabelecido um plano de cuidado que envolve consultas e exames específicos, levando em conta o quadro clínico do paciente.
Até agora, 94 municípios do Estado já incorporaram a estratificação de risco em suas rotinas de trabalho. Segundo dados preliminares da Secretaria Estadual da Saúde, pelo menos 100 mil idosos foram submetidos a esta avaliação no período de um ano.
OFICINA – Dando continuidade à estruturação da rede de atenção à saúde do idoso, a Secretaria da Saúde promoverá a partir de agora uma série de oficinas macrorregionais. A intenção é implantar as estratégias de avaliação multidimensional e a elaboração de planos de cuidado em todo o Estado.
A primeira delas acontece nesta quinta e sexta-feira (24 e 25), em Curitiba, e reúne cerca de 150 pessoas. A capacitação é direcionada para profissionais de saúde, com ensino superior, que atuam na atenção primária dos 48 municípios da região de Curitiba, Paranaguá e Ponta Grossa.
PROJETO – De acordo com o consultor em Saúde do Idoso e professor da Universidade Federal de Minas Gerais, Edgard Nunes de Moraes, o projeto de avaliação multidimensional do Paraná é pioneiro no País e será um marco na atenção à saúde do idoso no Estado. “Ele permite que o sistema de saúde possa identificar as demandas biopsicossociais do idoso a fim de melhorar sua autonomia e independência”, ressaltou.
Nesta metodologia, a equipe verifica a capacidade do idoso de fazer suas tarefas básicas do cotidiano. Segundo o consultor, a avaliação tem foco principalmente em quatro domínios funcionais – a cognição, o humor/comportamento, a mobilidade e a comunicação.
As próximas oficinas macrorregionais sobre saúde do idoso estão marcadas para o fim de outubro, em Guarapuava e Toledo. No início de 2016, será a vez das regiões de Maringá e Londrina receberem o evento.
Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em:  http:///www.facebook.com/governopr e www.pr.gov.br

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