O atendimento a famílias em situação de risco ou com pessoas com casos de violação de direito está sendo ampliado. O Paraná vai construir 11 Centros Especializados de Assistência Social (Creas), seis deles já com a construção avançada em várias regiões do Estado. Essas unidades também contam com equipe multidisciplinar para oferecer atendimento integral e buscar solução para o conflito que resultou na situação de risco.
No Paraná, existem 182 Creas, em 158 municípios. Mulheres vítimas de violência, pessoas com deficiência, crianças e pessoas idosas são os principais públicos atendidos por esses Centros. Nas cidades em que não há Creas, o atendimento é feito pela equipe multidisciplinar conforme o município.
A previsão de investimento na construção das novas unidades supera R$ 7 milhões, em recursos do Fundo Estadual da Assistência Social. As cidades onde as obras estão mais adiantadas são Antônio Olinto, Cruz Machado, Fernandes Pinheiro, Laranjal, Maria Helena e Ortigueira.
PROTEÇÃO – Nessas unidades, funciona o serviço de Proteção e Atendimento Especializado para Famílias e Indivíduos (Paefi). O Paefi trabalha com o fortalecimento do vínculo familiar e atua para superar a violação de direitos, com ações em conjunto com os conselhos tutelares, secretarias da prefeitura e defensorias públicas, entre outros órgãos.
A pessoa ou família, quando procura ou é encaminhada ao Creas, é atendida por equipe especializada composta por profissionais como assistente social, psicólogo ou advogado, sendo inserida em um dos serviços de proteção social especial de média complexidade, para o acompanhamento adequado à situação apresentada.
“Procuramos envolver todos os inseridos no conflito que provocou a ida ao Creas, para que possamos resolver o problema de forma integrada. Por isso, o trabalho do Creas abrange os casos mais complexos, como violência doméstica e abuso sexual”, diz a coordenadora de proteção social especial, Juliany Santos.
ATIVIDADES – Já foram repassados R$ 22 milhões para os programas e atividades disponíveis nos Creas. Entre elas, estão a atenção especializada, orientação sobre direitos e encaminhamento para outros serviços e políticas públicas, como educação, trabalho e renda, saúde e habitação, além de orientação jurídica.
As equipes também trabalham com a abordagem social, para identificar casos de exploração sexual, situações de trabalho infantil e pessoas em situação de rua, por exemplo. O trabalho de escuta qualificada presta atendimento às necessidades imediatas desses públicos e os direciona para outros serviços, como Centro Pop (para moradores em situação de rua) ou centros de convivência.
ADOLESCENTES – No Creas, também há a oferta de serviço para adolescentes que cumprem medidas socioeducativas em meio aberto. Para esse tipo de serviço, o Governo criou o programa estadual Liberdade Cidadã, que acompanha esses adolescentes. Nesse período, eles são encaminhados para programas sociais ou de outras políticas, como saúde, educação e inclusão no mercado de trabalho.
O recurso repassado pelo Estado pode ser usado para ofertar qualificação profissional e apoio psicopedagógico, atividades de esporte, cultura e lazer, e melhoria e estruturação do atendimento e promoção das famílias.