Paraná terá mais centros para atender violações de direitos

Pessoas em situação de risco ou que tenham direitos violados têm unidade para recorrer. Nos Creas, está disponível atenção multidisciplinar para superação da vulnerabilidade. Mulheres vítimas de violência, pessoas com deficiência, crianças e pessoas idosas são os principais públicos atendidos.
Publicação
18/06/2018 - 14:00
Editoria

Confira o áudio desta notícia

O atendimento a famílias em situação de risco ou com pessoas com casos de violação de direito está sendo ampliado. O Paraná vai construir 11 Centros Especializados de Assistência Social (Creas), seis deles já com a construção avançada em várias regiões do Estado. Essas unidades também contam com equipe multidisciplinar para oferecer atendimento integral e buscar solução para o conflito que resultou na situação de risco.

No Paraná, existem 182 Creas, em 158 municípios. Mulheres vítimas de violência, pessoas com deficiência, crianças e pessoas idosas são os principais públicos atendidos por esses Centros. Nas cidades em que não há Creas, o atendimento é feito pela equipe multidisciplinar conforme o município.

A previsão de investimento na construção das novas unidades supera R$ 7 milhões, em recursos do Fundo Estadual da Assistência Social. As cidades onde as obras estão mais adiantadas são Antônio Olinto, Cruz Machado, Fernandes Pinheiro, Laranjal, Maria Helena e Ortigueira.

PROTEÇÃO – Nessas unidades, funciona o serviço de Proteção e Atendimento Especializado para Famílias e Indivíduos (Paefi). O Paefi trabalha com o fortalecimento do vínculo familiar e atua para superar a violação de direitos, com ações em conjunto com os conselhos tutelares, secretarias da prefeitura e defensorias públicas, entre outros órgãos.

A pessoa ou família, quando procura ou é encaminhada ao Creas, é atendida por equipe especializada composta por profissionais como assistente social, psicólogo ou advogado, sendo inserida em um dos serviços de proteção social especial de média complexidade, para o acompanhamento adequado à situação apresentada.

“Procuramos envolver todos os inseridos no conflito que provocou a ida ao Creas, para que possamos resolver o problema de forma integrada. Por isso, o trabalho do Creas abrange os casos mais complexos, como violência doméstica e abuso sexual”, diz a coordenadora de proteção social especial, Juliany Santos.

ATIVIDADES – Já foram repassados R$ 22 milhões para os programas e atividades disponíveis nos Creas. Entre elas, estão a atenção especializada, orientação sobre direitos e encaminhamento para outros serviços e políticas públicas, como educação, trabalho e renda, saúde e habitação, além de orientação jurídica.

As equipes também trabalham com a abordagem social, para identificar casos de exploração sexual, situações de trabalho infantil e pessoas em situação de rua, por exemplo. O trabalho de escuta qualificada presta atendimento às necessidades imediatas desses públicos e os direciona para outros serviços, como Centro Pop (para moradores em situação de rua) ou centros de convivência.

ADOLESCENTES – No Creas, também há a oferta de serviço para adolescentes que cumprem medidas socioeducativas em meio aberto. Para esse tipo de serviço, o Governo criou o programa estadual Liberdade Cidadã, que acompanha esses adolescentes. Nesse período, eles são encaminhados para programas sociais ou de outras políticas, como saúde, educação e inclusão no mercado de trabalho.

O recurso repassado pelo Estado pode ser usado para ofertar qualificação profissional e apoio psicopedagógico, atividades de esporte, cultura e lazer, e melhoria e estruturação do atendimento e promoção das famílias.

GALERIA DE IMAGENS