Paraná terá R$ 46 milhões do Ministério
da Saúde para rede de urgência

Anúncio foi feito pelo ministro Alexandre Padilha na abertura da 10ª Conferência Estadual de Saúde do Paraná, que reúne 1.200 profissionais da área em Curitiba
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18/10/2011 - 15:27
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O Paraná vai receber R$ 46 milhões por ano para financiar a implantação da rede estadual de urgência e emergência. A informação é do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que esteve em Curitiba para a abertura da 10ª Conferência Estadual de Saúde do Paraná, na noite de segunda-feira (17/10). Segundo ele, o Estado também será um dos primeiros a participar da Rede Cegonha, projeto federal que vai realizar ações integradas com o programa Mãe Paranaense para a prevenção à mortalidade materno-infantil.
“O Paraná fez o dever de casa e montou seu o plano de urgência e emergência, que é um dos gargalos na saúde do país, e o ministério vai contribuir com recursos para essa rede”, declarou Padilha. “A parceria com o programa Mãe Paranaense, que forma outra rede, vai garantir cuidado adequado e de qualidade às gestantes e aos bebês”, disse o ministro.
O governador Beto Richa também participou da abertura da Conferência, que reúne cerca de 1.200 delegados de saúde de todo o Paraná em Curitiba. Ele afirmou que a presença do ministro Padilha confirma o bom relacionamento com o governo federal, o que é muito importante em uma área como a saúde. “É preciso unir esforços para garantir um atendimento mais humano e de qualidade para a população”, disse. Richa reafirmou que o Paraná vai cumprir os princípios da Emenda 29 e destinar 12% da arrecadação estadual para a saúde em 2012.
O governador relembrou os esforços que o governo está fazendo para reformar e colocar em funcionamento vários hospitais que foram inaugurados sem ter condições de realizar atendimentos em quantidade e qualidade. “Já contratamos cerca de mil profissionais de saúde, compramos equipamentos e novos veículos. Tudo isso significa respeito ao cidadão que busca atendimento médico-hospitalar”.
O secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto, ressaltou que em todas as conferências estaduais da área a grande crítica era o não cumprimento da Emenda Constitucional 29 pelo Paraná, que agora passa a ser um assunto superado. “Cumpriremos a Emenda e teremos R$ 340 milhões a mais para a saúde em 2012”, disse o secretário.
Caputo afirmou ainda que, além dos R$ 46 milhões anunciados pelo ministro, o Paraná terá R$ 30 milhões de um programa do Banco Mundial para fortalecer as redes de urgência e emergência. “Com outros investimentos que começamos a fazer, podemos dar certeza do que vamos oferecer qualidade no atendimento à saúde”, disse o secretário.
Entre os projetos em andamento estão a construção de 70 unidades básicas, para o programa de saúde da família; a construção de três novos hemonúcleos e a reforma de outros; e a criação de centros regionais de saúde, onde serão feitas consultas, exames, centro cirúrgico e hospital-dia, para as cirurgias eletivas; além de investimentos na capacitação de profissionais e na gestão do sistema.
REDES — Para mudar a realidade e melhorar o atendimento em pronto-socorros, de acordo com o ministro Alexandre Padilha, é preciso ter uma rede para atendimento rápido, humanizado e integrado. Por isso o ministério está implantando as Unidades de Pronto Atendimento - UPA 24 horas. No Paraná, são 43 unidades.
Além disso, o governo federal está ampliando o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU). No Paraná, o serviço está sendo regionalizado em parceria com o ministério e municípios. “Também é preciso garantir os leitos de retaguarda ao pronto socorro e ampliar o número de leitos de UTI, como vem sendo feito pela Secretaria de Saúde do Paraná, por meio do programa HospSUS”, disse o Padilha.
CONFERÊNCIA — A 10ª Conferência Estadual de Saúde encerra um ciclo de 394 encontros municipais e envolve 1.200 delegados, que durante a conferência discutem, avaliam e formulam as propostas para a política do Estado para a saúde.
Neste ano, a discussão está centralizada na construção das redes de atenção à saúde do Paraná. Nos grupos de trabalhos e oficinas serão discutidos, durante três dias, temas como vigilância em saúde, atenção hospitalar, urgência e emergência, atenção materno-infantil, saúde mental e todas as questões que impactam na saúde das pessoas.
Também acontece na conferência a renovação do conselho estadual de saúde, e a indicação de 140 delegados para a conferência nacional de saúde, que será realizada em Brasília.
Para o ministro Alexandre Padilha, a conferência é fundamental, porque o Sistema Único de Saúde (SUS) só conseguirá ficar cada vez mais forte se tiver o controle social participando ativamente. “Os conselhos tem participação decisiva na implantação de medidas para melhorar o controle e a fiscalização para combater o desperdício de recursos na área da saúde”, disse Padilha.
Durante a abertura da conferência, os deputados estaduais Marcelo Rangel e Leonaldo Paranhos entregaram ao governador Beto Richa e ao ministro Alexandre Padilha cópias do relatório final da CPI da Assembleia Legislativa que investigou a falta de leitos do SUS no Paraná.
Participaram do evento ainda os deputados federais André Zacharow, Dr. Rosinha, Omar Serraglio e Sandro Alex; os deputados estaduais Dr. Batista, Eduardo Cheida, Elton Welter e Professor Lemos; representantes do Ministério Público Estadual e Federal; o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Antônio Carlos Nardi; representantes de entidades diversas e conselhos de usuários, prestadores de serviços, trabalhadores e gestores de saúde.

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Paraná será referência em saúde pública no Brasil, afirma Richa

O governador Beto Richa disse nesta terça-feira (18) que o Paraná será referência para todo o País em qualidade do serviço de saúde pública, graças à determinação do governo em cumprir a Emenda Constitucional 29 – que estabelece percentuais mínimos de investimento em saúde – e à parceria com o governo federal.
Ao lado do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e do prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, o governador participou da inauguração da Unidade de Saúde da Barreirinha e do lançamento do Cartão Saúde e anunciou que o Estado vai liberar no ano que vem R$ 10 milhões para a construção de 10 unidades básicas de saúde na capital do Estado.
O ministro disse que o serviço de saúde oferecido nas unidades de atendimento em Curitiba é reconhecido em todo o País. “No Paraná temos exemplo de um serviço público eficiente”, disse Padilha. O Estado tem hoje 2.595 unidades básicas de atendimento à população.
O prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, disse que o trabalho na área da saúde feito em Curitiba tem sido reconhecido no Brasil e até mesmo no exterior. “Temos uma rede que funciona bem e programas que são referência nacional e internacional, como o Mãe Curitibana”, disse.
CARTÃO SAÚDE – Distribuído pelo Ministério da Saúde, o Cartão Saúde estará disponível para os usuários de Curitiba no começo de novembro. Trata-se de um documento com a identificação do portador e um número único inscrito em código de barras. O cartão será fornecido aos usuários após a atualização ou abertura de cadastro nas unidades de saúde.
Ele vai funcionar como uma espécie de identidade de cada pessoa no sistema público de saúde, permitindo o acesso aos dados do portador onde ele estiver, em qualquer ponto do território nacional.
Estiveram na solenidade o secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto, os deputados federais Osmar Serraglio e Doutor Rosinha, o deputado estadual Elter Welter, secretários municipais de Curitiba e vereadores.

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