O Paraná fechou o primeiro semestre de 2017 com redução nos principais indicadores de crimes. A queda nos índices atingiu tanto os crimes patrimoniais como os crimes contra a pessoa e integram o mais recente relatório criminal divulgado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná.
No caso dos roubos, crimes nos quais há a utilização de violência para subtrair pertences da vítima, houve queda de 4% no comparativo com o mesmo período do ano passado, passando de 42,7 mil casos para 41,1 mil em 2017.
A queda mais expressiva foi verificada nos roubos cometidos contra comércios em todo o Estado: -20,35%. Também houve queda no índice de roubos registrados em residências: -1,2%. Já nos crimes cometidos sem o uso de violência – os furtos – a redução foi de 1,24%.
“Os números mostram o resultado efetivo do investimento material e pessoal do governo Beto Richa no setor, contendo uma tendência generalizada de aumento da criminalidade no país com o crescimento da crise econômica e o desemprego”, afirmou o secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita. “Num momento em que o País passa por uma grave crise, com alto índice de desemprego, e os crimes patrimoniais sendo uma verdadeira epidemia no país inteiro, o Paraná está na contramão, com um decréscimo na quantidade de crimes”, completou o secretário.
Das 23 Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisps) nas quais o Paraná é dividido para fins administrativos, 13 apresentaram redução no índice de roubo. A queda chegou a 22% na região de Telêmaco Borba, a 22% na de Jacarezinho e a 20% na de Cascavel.
Em Curitiba, a queda no índice foi de 10%. A capital também teve outras reduções importantes nos furtos (-3%); furtos de veículos (-4%); roubos de veículos (-17%); furtos a residência (-12%); roubos a residência (-19%); furtos a comércio (-11%) e roubos a comércio (-21%).
“Fazemos esforços constantes, agregando diversos fatores, como meios, recursos, análise criminal, compra de viaturas, contratação de policiais, locação de recursos em setores específicos e operações específicas em setores de receptação”, acrescenta o secretário.
QUEDA GERAL – No somatório, todos os crimes contra a pessoa e contra o patrimônio sofreram queda no Paraná nos primeiros seis meses do ano. Houve redução de 3% (3.161 ocorrências a menos) nos crimes cometidos contra a pessoa, entre os quais estão aqueles registros criminais cometidos contra a vida, lesões corporais e crimes conta a honra. Já nos crimes contra o patrimônio, que englobam furtos e roubos, por exemplo, a diminuição no índice foi de 2%.
“Destaco que o empenho pessoal dos policiais civis que intensificaram as operações policiais, aliados a atuações conjuntas com a Polícia Militar, que também têm intensificado o policiamento preventivo, somado aos fortes e recentes investimentos feitos pelo Governo do Estado na área de segurança, contribuiu para os números favoráveis que se apresentam”, afirma o delegado-geral da Polícia Civil, Julio Reis.
VEÍCULOS – Enquanto houve aumento de 2,4% nos roubos de veículos no Paraná, o número de furtos caiu 4%. No mesmo período, a recuperação de veículos cresceu 5,4%. A região de Telêmaco Borba foi a que apresentou a maior redução nos roubos de veículos (-31%), seguida pelas regiões de Francisco Beltrão (-27%) e de Cascavel (-26%).
DROGAS – Com mais policiais e viaturas nas ruas, aumentaram também os boletins de ocorrência relacionados a crimes de uso (+16%) e tráfico de drogas (+14%).
O relatório completo pode ser consultado aqui
(BOX)
Relatório Criminal do Paraná - 1o semestre de 2017 em comparação com o mesmo período de 2016
Roubo ambiente comércio: redução de -20,35%
Furto ambiente comércio: redução de -6,24%
Roubo: redução de -3,83%
Furto de veículos: redução de -3,76%
Crimes contra a pessoa: redução de -2,62%
Crimes contra o patrimônio: redução de -1,76%
Furto em ambiente público: redução de -1,30%
Roubo em ambiente residência: redução de -1,20%
Furto: redução de -1,24%
Recuperação de veículos: aumento de 5,39%
Ocorrências sobre tráfico de drogas: aumento de 13,81%
Ocorrências de uso de drogas para consumo pessoal: aumento de 16,03%