Paraná registra menor
índice de mortalidade
infantil da história

Além disso, o estado reduziu em 25,3% a mortalidade materna. O avanço se deve à rede Mãe Paranaense, que completa quatro anos neste mês de maio. Atualmente, 82% das gestantes paranaenses realizam o pré-natal com, no mínimo, sete consultas e 17 exames
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18/05/2016 - 17:50
Editoria

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A Rede Mãe Paranaense, que completa quatro anos neste mês de maio, se consolida como um dos principais programas de governo já implantados na rede pública de saúde do Paraná. O sucesso da iniciativa se traduz em números. Com a rede, o Estado atingiu os menores índices de mortalidade infantil de sua história: 10,90 mortes para cada mil nascidos vivos, em 2015. Além disso, reduziu em 25,3% a mortalidade materna.
Segundo o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, mais do que bons números, a Rede Mãe Paranaense trouxe avanços na qualidade do atendimento a gestantes e bebês. “Pelo menos 407 vidas foram salvas graças as ações implementadas pelo Mãe Paranaense. São mortes maternas e infantis que foram evitadas, demonstrando que estamos no caminho certo”, ressaltou.
Casos os indicadores de 2010 fossem mantidos, entre 2011 e 2015 teriam
ocorrido 407 óbitos de mães e bebês. Apesar de ter sido lançada em 2012, a Rede Mãe Paranaense promoveu mudanças no fluxo de atendimento já em 2011, no início da gestão do governador Beto Richa.
MODELO – Inspirado no programa Mãe Curitibana, o Mãe Paranaense hoje ultrapassa divisas e serviu de base para a criação da Rede Cegonha, estratégia semelhante adotada pelo Ministério da Saúde. “Temos orgulho de ser exemplo para o país e isso se deve a excelência dos nossos profissionais de saúde que atuam na atenção materno-infantil”, explicou Caputo Neto.
Atualmente, 82% das gestantes paranaenses realizam o pré-natal com, no mínimo, sete consultas e 17 exames. Se necessário, há a garantia de atendimento multiprofissional em ambulatórios especializados, como o Centro Mãe Paranaense. Hoje, pelo menos 18 regiões mantêm estruturas que funcionam neste modelo.
ALTO RISCO - Além disso, 83% das grávidas sabem com antecedência em qual hospital ou maternidade dará a luz. Este sistema de vinculação do parto dá mais segurança e comodidade à gestante, que será atendida com estrutura e equipe profissional adequada para suas necessidades, de acordo com o risco da gestação.
Com isso, grávidas identificadas com gestação de alto risco têm o parto realizado em hospital com suporte de UTI, preparado para dar assistência a intercorrências mais graves. “A gestante fica mais segura, sabendo que está sendo atendida em um serviço de saúde altamente qualificado”, explica o superintendente de Atenção à Saúde, Juliano Gevaerd.
TRANSFORMAÇÃO – Para a coordenadora da Rede Mãe Paranaense, Márcia Huçulak, o desafio inicial de propor uma mudança de conceito na atenção materno-infantil foi alcançado. “Capacitamos mais de 35 mil profissionais com o intuito de implantar um novo modelo de atendimento, focado no trabalho em rede e no estabelecimento de uma linha de cuidado. Isso fez com que alcançássemos bons resultados. Agora queremos avançar, reduzindo ainda mais o número de mortes evitáveis”, disse a coordenadora.
Com investimentos em estrutura física (obras e equipamentos), capacitação profissional e custeio dos serviços de saúde, a rede modificou a forma com que gestantes e bebês são atendidas na rede pública. Em quatro anos, mais de R$ 511 milhões já foram aplicados pelo Governo do Estado no setor.
Uma das principais medidas adotadas é a garantia de uma assistência qualificada e humanizada durante todas as fases da gravidez, desde o acompanhamento pré-natal até o primeiro ano de vida da criança.
REFERÊNCIAS REGIONAIS – O desenho da rede foi planejado para que a gestante fosse atendida cada vez mais perto de casa. Para isso, foi necessário preencher vazios assistenciais, incentivando a abertura de serviços especializados no interior do Estado e definindo referências regionais para aqueles municípios que não têm maternidade.
Moradora de Almirante de Tamandaré, Jaqueline Carvalho, deu à luz ao pequeno Nicolas nesta terça-feira (17), em Curitiba. Mãe de primeira viagem, ela afirmou que se sentiu bastante segura, desde o pré-natal, visto que foi acompanhada de perto pela equipe de sua unidade de saúde. “Deu tudo certo e hoje posso ter meu filho nos braços. Só tenho a agradecer toda a equipe que me atendeu lá em minha cidade e agora aqui em Curitiba”, destacou.
O parto aconteceu na maternidade Mater Dei, unidade de referência do SUS em gestação de risco habitual para 13 municípios da Região Metropolitana de Curitiba. Ao todo, 400 partos são realizados mensalmente no local.
COBERTURA – Em média, 160 mil crianças nascem por ano no Paraná, sendo que 62% dos nascimentos são atendidos na rede pública de saúde, e consequentemente estão vinculado à rede Mãe Paranaense.
ENCONTRO – Nesta quinta e sexta-feira (18), Curitiba sedia a 5ª edição do Encontro Estadual da Rede Mãe Paranaense. O evento reunirá mais de 1,6 mil profissionais de saúde, entre gestores, médicos e enfermeiros de todo o Estado. O objetivo é apresentar os avanços e discutir os desafios da Rede para os próximos anos.
Na solenidade de abertura, que acontece às 10 horas, no auditório da ExpoUnimed, também será anunciada a ampliação no repasse de recursos estaduais para maternidades e hospitais de referência. A medida beneficiará 180 serviços de saúde de todo o Estado.

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