Paraná reforça enfrentamento
para conter ameaça da H1N1

O secretário Michele Caputo Neto, que é representante da região sul no Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde, está organizando uma oficina com os estados do sul para fortalecer a posição de manter uma estratégia diferenciada em relação ao enfrentamento do H1N1. A reunião está marcada para o final de junho, no Rio Grande do Sul
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17/06/2011 - 19:00
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A Secretaria de Estado da Saúde anunciou nesta sexta-feira (17) as estratégias de enfrentamento ao vírus H1N1, que continua circulando em países da América do Sul. O secretário Michele Caputo Neto, que é representante da região sul no Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde, está organizando uma oficina com os estados do sul para fortalecer a posição de manter uma estratégia diferenciada em relação ao enfrentamento do H1N1. A reunião está marcada para o final de junho, no Rio Grande do Sul.
“Não há motivo para alarmismo e nem para comodismo. Porém, queremos que os estados tenham o mesmo posicionamento, porque vivenciamos situações semelhantes no passado”, disse. O secretário também solicitou a realização de uma licitação pelo sistema de registros de preço para os insumos necessários para a H1N1. “Não queremos ser pegos de surpresa com falta de insumos”, afirmou.
O secretário afirmou que a vacinação é uma estratégia importante e pode-se notar uma queda no número de casos graves. No entanto, diz ele, ainda tem pessoas suscetíveis ao vírus, que não foram imunizadas ou não tiveram contato com o H1N1 durante a pandemia.
ESTRATÉGIAS - Uma das estratégias é manter a distribuição gratuita do medicamento fosfato de oseltamivir para todos os pacientes que apresentam síndrome gripal. De acordo com recentes orientações do Ministério da Saúde, o medicamento só deveria ser oferecido para determinados grupos de pacientes. “O Paraná não quer retroceder, por isso vamos continuar oferecendo o remédio a todos os pacientes que apresentem síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave, desde que receitados por um médico”, explicou o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.
Hoje há em estoque 500 mil tratamentos de oseltamivir disponíveis no estado. “O remédio já está descentralizado. Só precisamos que as sociedades médicas nos ajudem a orientar os profissionais quanto ao receituário”.
Outra estratégia foi implantar um monitoramento para identificar a presença de todos os vírus circulantes no estado. “Estamos coletando amostras de pacientes internados com sintomas de gripe e enviando para o Laboratório Central do Estado para verificar quais são os vírus envolvidos”, explicou Paz.
O infectologista Moacir Pires, que representou a Sociedade Paranaense de Infectologista, ressaltou que o antiviral funciona para todas as influenzas a e B, inclusive para a sazonal.
Participaram do encontro representantes das sociedades de infectologia e pediatria, Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos do Paraná, profissionais da secretaria estadual e municipal de Saúde de Curitiba, Ministério Público e Hospitais públicos do Estado.

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