O evento que celebra o sétimo ano da Rede Mãe Paranaense reuniu mais de 1.800 gestores e profissionais de saúde nesta terça-feira (3) no Teatro Positivo, em Curitiba. No encontro foram comemorados os melhores índices de mortalidade materna e infantil da história do Paraná.
Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, em 2017 o Estado apresentou uma redução de 50% no índice de mortalidade materna e 14% no infantil, comparado a 2010. “A Rede Mãe Paranaense é um dos programas mais exitosos deste governo”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto. “Construímos uma política pública histórica e quem faz a diferença são as pessoas que aqui estão e que participam desde o processo de organização da rede até o atendimento na ponta”, acrescentou.
ENCONTRO – Segundo o superintendente de Atenção à Saúde, Juliano Gevaerd, um dos fatores que mais contribui para os resultados alcançados é o processo contínuo de capacitação dos profissionais por meio das linhas-guia e encontros.
Nesta edição, são 14 oficinas temáticas entre terça e quarta-feira (3 e 4) que abordam temas desde vigilância epidemiológica, passando por processos de tutoria até saúde bucal.
A redução dos índices não apenas contribuiu com o cumprimento das metas do milênio da Organização das Nações Unidas antes do previsto, mas também salvou vidas. “Não podemos mudar um indicador sem um trabalho integrado. Com o Mãe, fizemos uma verdadeira revolução e hoje ele está presente nos 399 municípios do Estado com mais de mil gestantes e bebês salvos pelo trabalho árduo conjunto”, disse Gevaerd.
A secretária estadual da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, participou de todas as edições do Encontro. “Em 2012, estive aqui, neste mesmo local participando do lançamento da Rede, em que acreditamos, e superou as nossas expectativas. Hoje estamos aqui para comemorar os bons números e celebrar os resultados depois de sete anos”, disse.
A secretária municipal de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, que ocupava o cargo de superintendente quando a Rede foi implantada, falou sobre o processo. “A gente tinha o sonho de transformar a saúde. Andamos por todo o Estado ouvindo as demandas e anseios da população. Tivemos coragem e determinação para implantar a Rede, que fez o Paraná atingir os melhores indicadores da história”, afirmou.
Em 2017, o Paraná registrou 19,7 mortes de gestantes a cada 100 mil nascidos vivos. Em 2010, esse número era 64,4. Também em 2017, o Paraná alcançou a menor taxa de mortalidade infantil da história passando de 12,2 para 10,3 óbitos a cada mil nascidos.
TRABALHO – Representando o conselho estadual de Saúde, a presidente da Comissão de Saúde da Mulher, Rosalina Batista, expressou o orgulho em acompanhar o trabalho realizado pelo Estado. “Eu procuro ver de perto, verificar o atendimento à população e tudo o que acontece nos serviços. Parece que foi ontem que estávamos discutindo os problemas e hoje estamos aqui, encerrando uma gestão e colhendo bons frutos”, disse.
A presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná, Cristiane Martins Pantaleão, disse que o novo desafio é manter o trabalho. “Esta gestão ensinou os municípios a fortalecerem suas gestões municipais com o apoio do governo estadual. E o apoio não se limitou à atenção materno-infantil, mas se preocupou com todas as áreas que diz respeito à saúde pública”, afirmou.