Paraná recebe prêmio internacional de competitividade dos Estados

O prêmio foi entregue ao governador Beto Richa, em são paulo. Iniciativa destaca atuação do Paraná quando comparada a indicadores internacionais de países que compõem a OCDE
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19/09/2016 - 15:50
Editoria

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O Paraná recebeu o prêmio Destaque Internacional de Competitividade dos Estados, concedido pela Economist Intelligence Unit (EIU), divisão de análise do grupo The Economist, em parceria com o Centro de Liderança Pública (CLP) e a Tendências Consultoria. O prêmio foi entregue ao governador Beto Richa, nesta segunda-feira (19), em São Paulo.
A premiação destacou a atuação do Paraná quando comparada a indicadores internacionais de países que compõem a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Paraná teve performance acima da média nas áreas de emissão de poluentes, registro de patentes, solvência fiscal, saneamento, educação e custo de mão de obra. Os outros finalistas eram São Paulo e Minas Gerais.
COMPETITIVIDADE DOS ESTADOS – O prêmio Destaque Internacional foi entregue durante o evento de divulgação do ranking de Competitividade dos Estados Brasileiros, feito pelas mesmas instituições. Pelo segundo ano consecutivo, o Paraná foi considerado o segundo mais competitivo do País, atrás apenas de São Paulo. “Essa posição que alcançamos, mais uma vez, demonstra os avanços conseguidos nos últimos anos no Estado”, disse Richa. Ele participou de um painel com os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, e de Santa Catarina, Raymundo Colombo, com o tema “Perspectivas inovadoras: como o equilíbrio fiscal pode atrair investimento e impulsionar o crescimento dos estados”.
MENOR E MAIS EFICIENTE – No debate, Richa defendeu a maior eficiência da máquina pública, a redução da burocracia e dos gastos com funcionalismo e demais poderes para combater a crise econômica e aumentar a competitividade dos Estados.
Ele lembrou que o ajuste fiscal realizado no Paraná ajudou o Estado a atingir o equilíbrio financeiro e permitir retomada do ritmo de investimentos no Estado. “Realinhamos as alíquotas de alguns impostos que estavam defasadas, aumentamos as receitas de 2,5%, mas também fizemos nossa parte, ao reduzir as despesas em 7,5%. Cortamos mil cargos comissionados, eliminamos a estrutura de cinco secretarias e adotamos medidas para fazer nossa reforma da previdência”, disse. “Isso me custou críticas e minha popularidade, mas permitiu ao Estado ter solidez fiscal e retomar investimentos. Há um ano e meio eu afirmava que o Paraná seria o primeiro o primeiro a fazer a lição de casa e, também, seria o primeiro a sair da crise", disse Richa.
SEGURANÇA JURÍDICA - O governador do Paraná ressaltou que a solidez fiscal, o diálogo com o setor privado e a segurança jurídica tornam os Estados mais competitivos na atração de investimentos. “No Paraná, em cinco anos, atraímos mais de R$ 40 bilhões em investimentos pelo programa de incentivos Paraná Competitivo”, ressaltou.
RECESSÃO - Durante o painel, os governadores demonstraram preocupação com a recessão e a demora na recuperação da economia brasileira. “Se a economia não voltar a crescer teremos sérios problemas. Já são 17 Estados e mais o Distrito Federal que podem declarar estado de calamidade pública”, lembrou Geraldo Alckmin. “A situação é mais grave do que aparenta. Se a economia não voltar a crescer, vamos ter que vender ativos”, disse Raymundo Colombo.
DESAFIOS - Na área de competitividade, os governadores destacaram o tema da segurança como um dos principais desafios e defenderam a necessidade da realização de reformas e do diálogo com o governo federal. Um dos temas da conversa foi a PEC 241, que permitirá a instituição de um novo regime fiscal, com limites à despesa primária dos três poderes para cada exercício e pelos próximos 20 anos.
Os governadores reivindicam maior diálogo com a União para que a conta das mudanças previstas na PEC não seja paga pelos Estados. Para Alckmin, congelamento da despesa, que não vai considerar o crescimento da economia, apenas a inflação do ano anterior, acabará sobrecarregando municípios e Estados. “Isso pode inviabilizar investimentos. É preciso tomar cuidado porque uma medida bem intencionada pode provocar mais problema para os Estados”, disse.

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