O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, disse nesta sexta-feira (3) que recebeu com surpresa e preocupação a decisão da Rússia de suspender as importações de carnes de três estados brasileiros, entre eles o Paraná. Segundo Ortigara, a medida terá um impacto econômico importante na economia paranaense. As vendas de carnes do Estado para o mercado russo superam US$ 100 milhões por ano.
O secretário frisou que ficou surpreso porque o Paraná não teve qualquer sinalização relacionada a problemas sanitários nas exportações de seus produtos. “Parece mais uma medida comercial, de negociações internacionais, do que sanitária”, disse. “Não temos ciência e nem fomos notificados do motivo pelo qual a Rússia tomou essa posição”, afirmou.
Na Secretaria da Agricultura e do Abastecimento a maior preocupação é com relação às exportações de carne suína, cujo impacto econômico sobre o produtor e indústrias locais é mais sério do que nos segmentos de carne de frango e bovina, também setores importantes no Paraná.
Ortigara atribui a medida do governo russo à necessidade de fortalecimento da presença de “grandes jogadores do mundo” no comércio mundial. “A Rússia frequentemente adota essa posição quando quer retornar à mesa de negociação das exportações”, disse. O secretário reforçou que acredita na capacidade de ação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para reverter essa decisão ou então buscar novos mercados para compensar a possível falta de exportação de carnes para o mercado russo: “Acredito que o governo federal, a quem compete a negociação da participação do Brasil nos mercados mundiais, especialmente de carnes, pode superar essa dificuldade”.
O secretário reconheceu que essa situação sempre causa tensão, especialmente agora que o Paraná e o Brasil estão vivendo um bom momento da economia, da produção de todos os tipos de carnes e também de preços remuneradores aos produtores. “Acreditamos no poder de negociação do Brasil, que hoje é um grande exportador, competidor e negociador em todos os tipos de carnes. Por isso não devia merecer esse tipo de medida”, afirmou.
O embargo trará impactos para o consumidor brasileiro, diz o secretário. “É claro que um estresse no comércio internacional represa e retém mais carnes aqui dentro. Quando isso acontece, cai o preço ao produtor. Essa é a nossa preocupação porque insumos como a soja e o milho estão mais caros”, afirmou.
TRANQUILIDADE – O secretário recomendou tranquilidade aos produtores paranaenses e empresas exportadoras, enquanto aguardam a ação do governo brasileiro para retomar o mercado russo. Segundo ele, na próxima segunda-feira, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, estabelecerá critérios de negociação com a Rússia. “Há quem diga que a questão está ligada ao comércio internacional de trigo, porque a Rússia tem a pretensão de nos exportar maiores quantidades de trigo, substituindo em parte o fornecimento do grão pela Argentina e outros mercados”, afirmou.
Ortigara disse que o Estado está se preparando para alcançar uma condição sanitária ainda mais adequada do que a atual: “O governo do Estado está investindo nessa direção porque entende que a sua agricultura e pecuária são prioritárias para a economia e que os produtos paranaenses devem ter acesso a todos os mercados, mesmo aqueles mais restritivos quanto à condição sanitária”.
Segundo Ortigara, o governo do Paraná está perseguindo com firmeza o objetivo de superar a questão da febre aftosa para conseguir exportar especialmente as carnes suínas e bovinas para todos os mercados do mundo. “Estamos nesse momento propondo à Assembleia Legislativa a criação de uma Agência de Defesa Agropecuária. Trata-se de um reposicionamento do serviço público para aumentar a eficiência na prevenção, controle e erradicação das doenças e pragas no Paraná”, disse.
Ortigara insistiu que a unia restrição é o resquício da febre aftosa. O Estado é reconhecido internacionalmente como livre da doença, mas com vacinação. “De nossa parte não existe nenhuma restrição sanitária à exportação e no curto prazo essa situação será resolvida”.
INVESTIMENTOS – O secretário relacionou uma série de investimentos do governo do Paraná para aprimorar a qualidade dos serviços na área sanitária e alcançar uma posição sanitária ainda mais privilegiada. Entre as medidas está a seleção, por concurso público, de 500 profissionais para todas as unidades, municipais, regionais, estaduais e mesmo as barreiras interestaduais.
O governo também investe mais de R$ 5 milhões na reforma e ampliação das 33 barreiras localizadas ao longo das fronteiras com outros estados, além de regularizar o Fundo para Emergência Sanitária. “O governo do Paraná já vinha adotando essas medidas antes dessa decisão russa, porque entende que a agricultura e a pecuária são fundamentais para sua economia”, afirmou.
“Nós sabemos que a simples superação da febre aftosa, por exemplo, que é um objetivo de mais curto prazo para o governo do Estado, nos colocará em posição de alcançarmos e ampliarmos nossa presença no mercado mundial”, disse. Ortigara citou como exemplo o caso de Santa Catarina, que conquistou a posição de área livre de febre aftosa sem vacinação antes de 1998. Com isso, os catarinenes conseguem exportar grandes volumes de carnes para o mercado russo e outros países.
O secretário frisou que ficou surpreso porque o Paraná não teve qualquer sinalização relacionada a problemas sanitários nas exportações de seus produtos. “Parece mais uma medida comercial, de negociações internacionais, do que sanitária”, disse. “Não temos ciência e nem fomos notificados do motivo pelo qual a Rússia tomou essa posição”, afirmou.
Na Secretaria da Agricultura e do Abastecimento a maior preocupação é com relação às exportações de carne suína, cujo impacto econômico sobre o produtor e indústrias locais é mais sério do que nos segmentos de carne de frango e bovina, também setores importantes no Paraná.
Ortigara atribui a medida do governo russo à necessidade de fortalecimento da presença de “grandes jogadores do mundo” no comércio mundial. “A Rússia frequentemente adota essa posição quando quer retornar à mesa de negociação das exportações”, disse. O secretário reforçou que acredita na capacidade de ação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para reverter essa decisão ou então buscar novos mercados para compensar a possível falta de exportação de carnes para o mercado russo: “Acredito que o governo federal, a quem compete a negociação da participação do Brasil nos mercados mundiais, especialmente de carnes, pode superar essa dificuldade”.
O secretário reconheceu que essa situação sempre causa tensão, especialmente agora que o Paraná e o Brasil estão vivendo um bom momento da economia, da produção de todos os tipos de carnes e também de preços remuneradores aos produtores. “Acreditamos no poder de negociação do Brasil, que hoje é um grande exportador, competidor e negociador em todos os tipos de carnes. Por isso não devia merecer esse tipo de medida”, afirmou.
O embargo trará impactos para o consumidor brasileiro, diz o secretário. “É claro que um estresse no comércio internacional represa e retém mais carnes aqui dentro. Quando isso acontece, cai o preço ao produtor. Essa é a nossa preocupação porque insumos como a soja e o milho estão mais caros”, afirmou.
TRANQUILIDADE – O secretário recomendou tranquilidade aos produtores paranaenses e empresas exportadoras, enquanto aguardam a ação do governo brasileiro para retomar o mercado russo. Segundo ele, na próxima segunda-feira, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, estabelecerá critérios de negociação com a Rússia. “Há quem diga que a questão está ligada ao comércio internacional de trigo, porque a Rússia tem a pretensão de nos exportar maiores quantidades de trigo, substituindo em parte o fornecimento do grão pela Argentina e outros mercados”, afirmou.
Ortigara disse que o Estado está se preparando para alcançar uma condição sanitária ainda mais adequada do que a atual: “O governo do Estado está investindo nessa direção porque entende que a sua agricultura e pecuária são prioritárias para a economia e que os produtos paranaenses devem ter acesso a todos os mercados, mesmo aqueles mais restritivos quanto à condição sanitária”.
Segundo Ortigara, o governo do Paraná está perseguindo com firmeza o objetivo de superar a questão da febre aftosa para conseguir exportar especialmente as carnes suínas e bovinas para todos os mercados do mundo. “Estamos nesse momento propondo à Assembleia Legislativa a criação de uma Agência de Defesa Agropecuária. Trata-se de um reposicionamento do serviço público para aumentar a eficiência na prevenção, controle e erradicação das doenças e pragas no Paraná”, disse.
Ortigara insistiu que a unia restrição é o resquício da febre aftosa. O Estado é reconhecido internacionalmente como livre da doença, mas com vacinação. “De nossa parte não existe nenhuma restrição sanitária à exportação e no curto prazo essa situação será resolvida”.
INVESTIMENTOS – O secretário relacionou uma série de investimentos do governo do Paraná para aprimorar a qualidade dos serviços na área sanitária e alcançar uma posição sanitária ainda mais privilegiada. Entre as medidas está a seleção, por concurso público, de 500 profissionais para todas as unidades, municipais, regionais, estaduais e mesmo as barreiras interestaduais.
O governo também investe mais de R$ 5 milhões na reforma e ampliação das 33 barreiras localizadas ao longo das fronteiras com outros estados, além de regularizar o Fundo para Emergência Sanitária. “O governo do Paraná já vinha adotando essas medidas antes dessa decisão russa, porque entende que a agricultura e a pecuária são fundamentais para sua economia”, afirmou.
“Nós sabemos que a simples superação da febre aftosa, por exemplo, que é um objetivo de mais curto prazo para o governo do Estado, nos colocará em posição de alcançarmos e ampliarmos nossa presença no mercado mundial”, disse. Ortigara citou como exemplo o caso de Santa Catarina, que conquistou a posição de área livre de febre aftosa sem vacinação antes de 1998. Com isso, os catarinenes conseguem exportar grandes volumes de carnes para o mercado russo e outros países.