O Governo do Estado melhorou a condição de vida de famílias em 95% dos municípios paranaenses. Esse valor é o resultado do monitoramento feito pela equipe técnica da Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social, que analisou a evolução média do Índice de Vulnerabilidade das Famílias do Paraná (IVF-PR), no período entre 2013 e 2017.
Os resultados foram compartilhados pela secretária da Família, Fernanda Richa, com toda sua equipe. “Alcançar esses números só foi possível com o comprometimento não só da nossa Secretaria da Família, mas de várias outras secretarias e órgãos do Estado, em uma gestão única, respeitando os municípios, independente da bandeira partidária”, afirmou a secretária.
Segundo o levantamento, em 381, dos 399 municípios do Estado, as famílias apresentaram melhoria nas condições de vida, de escolaridade e de acesso ao trabalho e renda. No geral, a média de redução do índice médio de vulnerabilidade das famílias foi de 11%, sendo que o município com melhor resultado chegou a reduzir 35%. Em 2013, a média dos índices dos municípios era 0,2743. Quatro anos depois, esse número caiu para 0,2447.
No comparativo que analisou as condições de vida de 734.260 famílias, nos anos de 2013 e 2017, foi identificado que 553.757 delas tiveram impacto positivo no índice de vulnerabilidade, o que representa 75% de melhoria. De acordo com Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a extrema pobreza foi reduzida em 57%.
“A redução da pobreza e da miséria não é utopia. Um trabalho bem-feito, de muito respeito com muita transparência, leva sim a independência a essas famílias. Quem trabalhar nessa área deve se comprometer com o programa Família Paranaense, que promove a independência e oportuniza a essas famílias a condição de poder viver como querem”, disse Fernanda Richa.
RESULTADO – A secretária afirma que a superação da vulnerabilidade social é resultado do fortalecimento de políticas de proteção social e de iniciativas para promover o crescimento econômico e a geração de emprego e renda.
“O programa Paraná Competitivo levou empresas a se instalarem em todas as regiões do Estado. Isso gerou condições de trabalho, melhoria de renda e melhoria do desenvolvimento dos municípios. Com o Família Paranaense abraçamos esta causa e melhoramos a vida dos paranaenses como um todo”, avalia a Fernanda.
O Família Paranaense, lançado 2012, tem ações integradas que envolvem políticas públicas de 19 secretarias e órgãos estaduais. O programa dá apoio para que as famílias saiam da situação de vulnerabilidade social e conquistem sua autonomia e emancipação.
“Os repasses para os municípios geraram impactos muito positivos. Em 2010, foram repassados R$ 15 milhões. Em 2017, a soma chegou a R$ 110 milhões. Um aumento de mais de 600%. A assistência social foi priorizada no período de 2011 a 2017”, explicou o assessor técnico de Planejamento e Gestão da Informação, da Secretaria da Família, Thiago de Angelis.
PRIORITÁRIOS - A redução do índice médio da vulnerabilidade das famílias foi mais acentuada nos municípios prioritários do programa Família Paranaense. São 156 cidades com os indicadores sociais mais baixos do Estado, por isso, receberam mais apoio técnico e aporte financeiro do Estado, para melhorar o atendimento às famílias.
De acordo com o estatístico Sérgio Inácio, também da assessoria da Secretaria da Família, o estudo levou em conta todas as famílias do CadÚnico e as vulnerabilidades constatadas nos períodos de 2013 a 2017. “Conseguimos verificar que o programa Família Paranaense e a Secretaria conseguiram melhorar a qualidade de vida das famílias”.
RANKING – Dos dez municípios com maior redução no índice médio de vulnerabilidade, nove são de pequeno porte, ou seja, possuem até 20 mil habitantes. O ranking é liderado por Novo Itacolomi, localizada no Vale do Ivaí - uma das regiões com menores índices de desenvolvimento humano (IDH) do Estado. De 2013 a 2017, as famílias tiveram redução de 34,74% no índice médio de vulnerabilidade.
Em seguida estão São Sebastião da Amoreira (Norte), Pranchita, Boa Esperança do Iguaçu, Esperança Nova, Ariranha do Ivaí, Grandes Rios, Indianópolis, Bom Sucesso do Sul e Cascavel (grande porte).
ÍNDICE – O IVPR foi criado em 2012 pela Secretaria da Família em parceria com o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), para selecionar a inclusão no programa Família Paranaense. A ferramenta identifica e mensura o grau de vulnerabilidade de uma família, a partir de informações do Cadastro Único dos Programas Sociais (CadÚnico).
O cálculo leva em consideração indicadores importantes da situação familiar que ultrapassam o critério da insuficiência de renda. São considerados 19 componentes distribuídos em quatro dimensões: adequação do domicílio, perfil e composição familiar, acesso ao trabalho e renda, e condições de escolaridade. O índice varia entre 0 e 1, sendo que quanto mais próximo de 1, mais vulnerável socialmente está essa família.
INVESTIMENTOS – Em sete anos, os programas, serviços e benefícios sociais coordenados pela Secretaria da Família e Desenvolvimento Social alcançaram 656 mil famílias, perto de 2 milhões de pessoas. Foram aplicados mais de R$ 1,4 bilhão na proteção social de famílias. Os investimentos incluem financiamento de programas, serviços e benefícios sociais, capacitação de equipes e gestores sociais, além da construção, reforma e estruturação de equipamentos públicos.