Paraná lança modelo de
gerenciamento em Sala de Situação

O Sistema de Informação Georreferenciada (SIG) é um software difundido em todo o mundo, com experiências de sucesso em diversas áreas, incluindo a saúde pública. Objetivo é fazer um monitoramento estratégico e dinâmico que orientará as ações no Estado.
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22/03/2018 - 16:00
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Com o I Seminário Sala de Situação em Saúde do Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde lançou um novo modelo de monitoramento e cruzamento de informações para construção de indicadores da área. O evento realizado na Universidade Federal do Paraná (UFPR) nesta quinta-feira (22) teve o objetivo de esclarecer a função da sala e sua importância em processos de tomada de decisões na gestão em saúde.

O evento reuniu cerca de 200 participantes de diversos setores, regionais e unidades de saúde, além de parceiros como Companhia Paranaense de Energia (Copel), Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), e Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar).

“Uma sala de situação possibilita, por meio de novas tecnologias, fazer um monitoramento estratégico dinâmico. O grande diferencial é a integração entre os setores e o georreferenciamento possibilitado pela plataforma adquirida pela Sesa”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde, Júlia Cordellini.

SIG – O Sistema de Informação Georreferenciada (SIG) é um software difundido em todo o mundo, com experiências de sucesso em diversas áreas, incluindo a saúde pública. Na Copel, por exemplo, já é usado há 10 anos – uma palestra apresentou a experiência exitosa da companhia com o programa.

“Investimos nessa tecnologia e garantimos licenças perpétuas para que o trabalho continue”, explica o coordenador da Sala de Situação em Saúde Pública, Raul Bely. Segundo ele, está sendo formada uma equipe de desenvolvimento de informática para trabalhar com o SIG e posteriormente serão formados analistas de diversos setores para trabalhar na construção dos indicadores estratégicos.

No momento, o software já está sendo utilizado para indicadores de dengue e de mortalidade materno-infantil. “O boletim da dengue, por exemplo, era todo feito manualmente, agora ele está mecanizado e passando por uma qualificação de dados”, explica Bely. De forma gradual, o sistema será utilizado cada vez mais em questões da secretaria.

AÇÃO – O Paraná está é na utilização da nova plataforma como principal tecnologia para a construção dos indicadores estaduais de saúde pública. Durante o seminário, o consultor nacional de Análise de Situação em Saúde da Organização Pan-americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde, Juan Cortez Escalante, comentou o potencial e a importância das salas de situação.

“Parabenizo muito o Paraná pela iniciativa. A sala de situação é um instrumento essencial para a gestão, para analisar, monitorar e avaliar as situações que estão ocorrendo no dia a dia da saúde, e, com isso, priorizar ações e fazer intervenções antes que virem algo mais grave. Ela é uma estratégia rápida para poder tomar decisões e enfrentar eventuais problemas”, disse Escalante.

EXPERIÊNCIA – A equipe do Tocantins foi convidada para apresentar a experiência da implantação da Sala de Situação na Secretaria de Saúde do estado, instalada em fevereiro de 2017. A coordenadora da Sala de Situação em Saúde da Sesa Tocantins, Erlaene Tedesco, explicou que antes a secretaria contava com inúmeros bancos de dados de diferentes setores com informações inconsistentes e que não eram utilizadas durante planejamentos.

De acordo com Erlaene, em pouco mais de um ano, muitos resultados foram percebidos, como a economia de recursos financeiros, principalmente com o aumento da interação com os municípios e, consequentemente, a diminuição dos custos com viagens e tempo para a solução de problemas.

“Planejar sem utilizar dados ou utilizá-los de forma insipiente não dá. A tecnologia está aí para nos auxiliar. Portanto, aliar essa tecnologia com a informação em tempo real, ou quase real, é tudo que um técnico ou um gestor precisa. Ele não pode tomar decisões sem informações adequadas. Todos os estados precisam caminhar neste sentido”, destaca a coordenadora.

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