O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, afirmou, nesta terça-feira (14), que o Paraná possui estrutura física e recursos humanos adequados para atender a prevenção e tratamento da gripe e outras doenças respiratórias, mas que lamenta que o Ministério da Saúde tenha adiado ainda mais a campanha de vacinação contra a gripe.
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul pediram ao Ministério de Saúde a antecipação da vacinação para o começo de abril, quando a temperatura cai e aumenta o risco transmissão da doença. O ministério sinalizou que a campanha seria iniciada em 27 de abril e agora anunciou que a campanha nacional começa somente em 4 de maio.
“É um retrocesso iniciar a vacinação em maio, ao contrário do que reiteradamente os estados do sul vêm solicitando ao governo federal, que é a antecipação da campanha para que a imunização seja feita antes do início do inverno”, disse Caputo Neto, durante a quarta edição do Seminário Estadual de Influenza e outras Doenças Respiratórias, realizado em Curitiba.
O Ministério da Saúde, responsável pela aquisição e distribuição das doses, alega que houve problemas na produção da vacina e por isso não haveria como enviar as doses mais cedo. Pelo contrário, teve que adiar em uma semana o início da campanha em todo o Brasil.
ESTRATÉGIAS – O Seminário Estadual reuniu mais de 400 profissionais e gestores da área da saúde do Paraná e teve a participação do diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch. O Governo do Estado apresentou as estratégias que estão sendo adotadas para ampliar a proteção da população e evitar a ocorrência de casos graves e mortes por gripe, sobretudo neste período mais crítico para a transmissão da doença.
As medidas envolvem desde a campanha de vacinação contra a gripe, que se inicia no próximo dia 4 de maio, até o fortalecimento das ações voltadas ao diagnóstico e tratamento precoce de casos suspeitos.
Para Caputo Neto, a rede de saúde do Estado tem a expertise de ter enfrentado a pandemia de Influenza ocorrida em 2009. “De lá para cá, incorporamos novas tecnologias, realizamos uma série de capacitações e continuamos acumulando conhecimento e aprimorando as ações de enfrentamento”, ressaltou o secretário.
O estoque de medicamentos, por exemplo, conta com insumos disponíveis para o tratamento de 60 mil pacientes. A recomendação do Estado é que o medicamento Oseltamivir seja receitado para qualquer caso suspeito de gripe, mesmo sem confirmação laboratorial. A medida aumenta a eficácia do tratamento e reduz significativamente as chances de agravamento do quadro clínico do paciente.
DESTAQUE - O protagonismo do Paraná no controle e monitoramento das síndromes respiratórias é reconhecido nacionalmente. Cláudio Maierovitch, do Ministério da Saúde, afirmou que o Paraná trata o enfrentamento da gripe como uma prioridade e por isso vem se destacando na área.
“Utilizamos o Paraná sempre como exemplo para outros Estados, pois aqui a gripe é tratada com a devida importância. Não podemos esquecer que ela é uma doença grave e que se não tratada adequadamente pode sim levar a morte”, disse ele.
VACINAÇÃO - Durante o seminário, a Secretaria Estadual da Saúde também divulgou informações sobre como funcionará a vacinação contra a gripe, que neste ano acontece de 4 a 22 de maio em mais de dois mil postos de vacinação existentes no Estado.
Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Eliane Chomatas, o pedido formal do Paraná para a antecipação da campanha não foi acatado pelo Ministério da Saúde e por isso as pessoas devem procurar as unidades de saúde logo no início da campanha. “A vacina demora 15 dias para fazer efeito. Quanto mais cedo as pessoas forem imunizadas, menores são as chances de se contrair o vírus”, alerta.
GRUPOS PRIORITÁRIOS - Cerca de 2,9 milhões de paranaenses terão direito à vacina, conforme os grupos de prioritários estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Em 2015, as doses seguem disponíveis gratuitamente para idosos (+60 anos), crianças menores de cinco anos, gestantes, mulheres com pós-parto de até 45 dias (puérperas), doentes crônicos, profissionais de saúde, indígenas e trabalhadores e detentos do sistema prisional.
COBERTURA VACINAL - O coordenador estadual de imunização, João Luis Crivellaro, explica que a meta estipulada pelo Ministério é vacinar pelo menos 80% do público-alvo, mas no Paraná o objetivo é atingir entre 95% e 98% de imunização. “Todos os anos conseguimos boas coberturas vacinais, mas ainda há grupos que estão abaixo do esperado e vamos intensificar o trabalho de busca ativa, como é o caso das gestantes e dos doentes crônicos”, explicou.
Como nos anos anteriores, a vacina concede proteção contra os três tipos de vírus da gripe mais circulantes: Influenza A H1N1, Influenza A H3N2 e Influenza B. “É uma vacina trivalente. Em adultos, pode ser aplicada em uma única dose. Já para crianças, são duas doses, sendo a segunda 30 dias após a primeira”, esclarece Crivellaro.
HIGIENE - Outra forma de prevenção indicada pelos profissionais de saúde é a adoção de práticas de higiene, como lavar bem, e com frequência, as mãos com água e sabão; evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies; não compartilhar objetos de uso pessoal e, ainda, cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar. Também é importante manter os ambientes sempre arejados e com boa ventilação.
CASOS - Dados da Secretaria Estadual da Saúde apontam que o Paraná registrou 227 casos e 16 mortes por gripe em 2014. Ao final das investigações, a Secretaria identificou que do total de mortes, dez pacientes tinham direito à vacina, mas não foram imunizados. A maior parte dos óbitos estava relacionada a pacientes com doenças crônicas pré-existentes que podem ter contribuído para a morte.
Neste ano, o Estado já contabiliza três casos de gripe e uma morte. Trata-se de uma mulher de 67 anos, moradora da região de Foz do Iguaçu, não vacinada e que tinha pneumopatia e cardiopatia.
Os números dizem respeito às amostras positivas coletadas em pacientes
atendidos nas 50 unidades sentinelas do Estado, o que inclui unidades de
saúde e hospitais de pequeno e grande porte de 18 cidades.
HOMENAGEM – Nesta terça-feira, a Secretaria da Saúde também homenageou experiências exitosas no trabalho de monitoramento da Influenza e outras síndromes respiratórias. O Pronto Atendimento 24 horas de Francisco Beltrão e a Policlínica de Pato Branco receberão uma placa honrosa em reconhecimento a excelência dos trabalhos realizados no último ano. Já o município de Fernandes Pinheiro foi homenageado pela boa cobertura vacinal alcançada na campanha de vacinação de 2014.
Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em:
www.pr.gov.br e www.facebook.com/governopr
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul pediram ao Ministério de Saúde a antecipação da vacinação para o começo de abril, quando a temperatura cai e aumenta o risco transmissão da doença. O ministério sinalizou que a campanha seria iniciada em 27 de abril e agora anunciou que a campanha nacional começa somente em 4 de maio.
“É um retrocesso iniciar a vacinação em maio, ao contrário do que reiteradamente os estados do sul vêm solicitando ao governo federal, que é a antecipação da campanha para que a imunização seja feita antes do início do inverno”, disse Caputo Neto, durante a quarta edição do Seminário Estadual de Influenza e outras Doenças Respiratórias, realizado em Curitiba.
O Ministério da Saúde, responsável pela aquisição e distribuição das doses, alega que houve problemas na produção da vacina e por isso não haveria como enviar as doses mais cedo. Pelo contrário, teve que adiar em uma semana o início da campanha em todo o Brasil.
ESTRATÉGIAS – O Seminário Estadual reuniu mais de 400 profissionais e gestores da área da saúde do Paraná e teve a participação do diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch. O Governo do Estado apresentou as estratégias que estão sendo adotadas para ampliar a proteção da população e evitar a ocorrência de casos graves e mortes por gripe, sobretudo neste período mais crítico para a transmissão da doença.
As medidas envolvem desde a campanha de vacinação contra a gripe, que se inicia no próximo dia 4 de maio, até o fortalecimento das ações voltadas ao diagnóstico e tratamento precoce de casos suspeitos.
Para Caputo Neto, a rede de saúde do Estado tem a expertise de ter enfrentado a pandemia de Influenza ocorrida em 2009. “De lá para cá, incorporamos novas tecnologias, realizamos uma série de capacitações e continuamos acumulando conhecimento e aprimorando as ações de enfrentamento”, ressaltou o secretário.
O estoque de medicamentos, por exemplo, conta com insumos disponíveis para o tratamento de 60 mil pacientes. A recomendação do Estado é que o medicamento Oseltamivir seja receitado para qualquer caso suspeito de gripe, mesmo sem confirmação laboratorial. A medida aumenta a eficácia do tratamento e reduz significativamente as chances de agravamento do quadro clínico do paciente.
DESTAQUE - O protagonismo do Paraná no controle e monitoramento das síndromes respiratórias é reconhecido nacionalmente. Cláudio Maierovitch, do Ministério da Saúde, afirmou que o Paraná trata o enfrentamento da gripe como uma prioridade e por isso vem se destacando na área.
“Utilizamos o Paraná sempre como exemplo para outros Estados, pois aqui a gripe é tratada com a devida importância. Não podemos esquecer que ela é uma doença grave e que se não tratada adequadamente pode sim levar a morte”, disse ele.
VACINAÇÃO - Durante o seminário, a Secretaria Estadual da Saúde também divulgou informações sobre como funcionará a vacinação contra a gripe, que neste ano acontece de 4 a 22 de maio em mais de dois mil postos de vacinação existentes no Estado.
Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Eliane Chomatas, o pedido formal do Paraná para a antecipação da campanha não foi acatado pelo Ministério da Saúde e por isso as pessoas devem procurar as unidades de saúde logo no início da campanha. “A vacina demora 15 dias para fazer efeito. Quanto mais cedo as pessoas forem imunizadas, menores são as chances de se contrair o vírus”, alerta.
GRUPOS PRIORITÁRIOS - Cerca de 2,9 milhões de paranaenses terão direito à vacina, conforme os grupos de prioritários estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Em 2015, as doses seguem disponíveis gratuitamente para idosos (+60 anos), crianças menores de cinco anos, gestantes, mulheres com pós-parto de até 45 dias (puérperas), doentes crônicos, profissionais de saúde, indígenas e trabalhadores e detentos do sistema prisional.
COBERTURA VACINAL - O coordenador estadual de imunização, João Luis Crivellaro, explica que a meta estipulada pelo Ministério é vacinar pelo menos 80% do público-alvo, mas no Paraná o objetivo é atingir entre 95% e 98% de imunização. “Todos os anos conseguimos boas coberturas vacinais, mas ainda há grupos que estão abaixo do esperado e vamos intensificar o trabalho de busca ativa, como é o caso das gestantes e dos doentes crônicos”, explicou.
Como nos anos anteriores, a vacina concede proteção contra os três tipos de vírus da gripe mais circulantes: Influenza A H1N1, Influenza A H3N2 e Influenza B. “É uma vacina trivalente. Em adultos, pode ser aplicada em uma única dose. Já para crianças, são duas doses, sendo a segunda 30 dias após a primeira”, esclarece Crivellaro.
HIGIENE - Outra forma de prevenção indicada pelos profissionais de saúde é a adoção de práticas de higiene, como lavar bem, e com frequência, as mãos com água e sabão; evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies; não compartilhar objetos de uso pessoal e, ainda, cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar. Também é importante manter os ambientes sempre arejados e com boa ventilação.
CASOS - Dados da Secretaria Estadual da Saúde apontam que o Paraná registrou 227 casos e 16 mortes por gripe em 2014. Ao final das investigações, a Secretaria identificou que do total de mortes, dez pacientes tinham direito à vacina, mas não foram imunizados. A maior parte dos óbitos estava relacionada a pacientes com doenças crônicas pré-existentes que podem ter contribuído para a morte.
Neste ano, o Estado já contabiliza três casos de gripe e uma morte. Trata-se de uma mulher de 67 anos, moradora da região de Foz do Iguaçu, não vacinada e que tinha pneumopatia e cardiopatia.
Os números dizem respeito às amostras positivas coletadas em pacientes
atendidos nas 50 unidades sentinelas do Estado, o que inclui unidades de
saúde e hospitais de pequeno e grande porte de 18 cidades.
HOMENAGEM – Nesta terça-feira, a Secretaria da Saúde também homenageou experiências exitosas no trabalho de monitoramento da Influenza e outras síndromes respiratórias. O Pronto Atendimento 24 horas de Francisco Beltrão e a Policlínica de Pato Branco receberão uma placa honrosa em reconhecimento a excelência dos trabalhos realizados no último ano. Já o município de Fernandes Pinheiro foi homenageado pela boa cobertura vacinal alcançada na campanha de vacinação de 2014.
Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em:
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