O Paraná ultrapassou o Rio Grande do Sul e já é a quarta maior economia do País, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (19), em Curitiba, pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social) e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A economia paranaense respondeu por 6,3% de todas as riquezas geradas no País em 2013, atrás apenas de São Paulo (32,1%), Rio de Janeiro (11,8%), Minas Gerais (9,2%). O Rio Grande do Sul ficou com 6,2%. A mudança de patamar da economia paranaense é histórica. Desde 1949 o Paraná ocupava a posição de quinta maior economia do Brasil.
“É um feito histórico digno de ser comemorado pelos paranaenses”, afirmou o governador Beto Richa. “Somos o 6º estado brasileiro em população e o 15º em extensão territorial, mas o esforço dos trabalhadores e das empresas paranaenses nos elevou ao grupo das quatro maiores economias regionais do País”, disse.
Julio Suzuki Júnior, presidente do Ipardes, ressalta que a mudança é resultado de uma combinação de fatores. “O Paraná adensou sua estrutura produtiva nos últimos anos, com um agronegócio pujante, que não pode ser igualado hoje por nenhum outro estado do Sul e do Sudeste. Ao mesmo tempo, atraiu um ciclo de investimentos produtivos, puxado pelo programa de incentivos Paraná Competitivo, que levou emprego e renda para todo Estado”, explica.
Em 2013, o Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos - somou R$ 332,8 bilhões no Paraná. Naquele ano, a economia estadual cresceu, em termos reais (já descontada a inflação), 5,6% em relação ao ano anterior, embalada pelo desempenho da agropecuária, da indústria de transformação e do setor de serviços.
“Acredito que o nosso desenvolvimento mais acelerado dos últimos anos também se deve às escolhas feitas pelos cidadãos paranaenses. Nosso povo quer diálogo, justiça social, educação e saúde de qualidade e condições para desenvolver todo o seu maravilhoso potencial. Um povo que amadurece no exercício da democracia e se conscientiza de seus direitos e deveres não aceita mais o atraso e o autoritarismo", afirmou o governador.
De acordo com Sinval Dias dos Santos, chefe do IBGE no Paraná, a indústria teve como motor a produção de veículos automotores, máquinas e equipamentos, alimentos e produtos madeireiros. O crescimento do Paraná foi maior do que o Brasil, que cresceu 3% em 2013. “O resultado do Paraná foi influenciado pela safra cheia de grãos e pelo bom desempenho de energia com produção de Itaipu”, explica.
RENDA PER CAPITA – O Paraná subiu uma posição no ranking de PIB per capita e passou a ocupar a sexta colocação. Em 2013, o Estado registrava uma renda de R$ 30.265 per capita, à frente do Rio Grande do Sul R$ (R$ 29.657), e atrás do Distrito Federal (R$ 62.859), São Paulo (R$ 39.122), Rio de Janeiro (R$ 38.262), Santa Catarina (R$ 32.290) e Espírito Santo (R$ 30.485). A média do Brasil foi de R$ 26.444.
De acordo com Suzuki, o crescimento do PIB em 2013 foi acompanhado também de redução da desigualdade social. O Paraná tem sido um dos Estados com maior sucesso no combate à pobreza. “O Paraná é hoje o Estado com a segunda menor desigualdade social do País, só perdendo para Santa Catarina”, lembra o presidente do Ipardes ao citar o índice Gini (índice da desigualdade social).
O ranking mede a desigualdade de acordo com uma pontuação que vai de 0 a 1 – no qual, quanto mais perto de zero, menores são as diferenças sociais. Em 2013, o Estado tinha uma pontuação de 0,469, contra 0,435 de Santa Catarina. Em 2012, esse indicador estava em 0,483. “Isso significa que os ganhos na geração de riqueza, ao se tornar a quarta maior economia, tiveram também impactos sociais. A geração de emprego e de renda ajudou a reduzir a pobreza no Paraná”, afirma.
TENDÊNCIA - De acordo com Suzuki, a tendência é que o Paraná se consolide como a quarta maior economia do País no longo prazo. O Estado já vem, há pelo menos quatro anos, registrando resultados superiores ao do Brasil. No acumulado de 2010 a 2013, o PIB paranaense cresceu, em termos reais, 10,2%, contra 9,1% do Brasil.
A diversificação da indústria paranaense nas últimas décadas estimulou o desenvolvimento econômico. O polo automotivo do Estado é o terceiro maior do Brasil e as empresas paranaenses têm uma posição relevante em outras cadeias produtivas como alimentos, máquinas e equipamentos, energia e petroquímica. O Estado é o maior produtor e exportador de carne de aves e o segundo maior produtor de grãos do País.
O Paraná também é destaque na atração de investimentos produtivos, que tem efeitos multiplicadores na economia, na geração de empregos e renda. Desde 2011, o Paraná Competitivo, programa de incentivos do Estado, já atraiu R$ 40,3 bilhões entre investimentos privados e de estatais, com geração de 99 mil empregos diretos.
PROJEÇÕES – Para 2015, o Ipardes estima que o Paraná deverá ser impactado pelos efeitos da crise da economia nacional. As últimas projeções de analistas ouvidos pelo Banco Central apontam para uma retração 3,1% no PIB no Brasil nesse ano. “Não dá para dizer que a economia paranaense não será afetada. O ano de 2015 tem sido terrível para a economia brasileira. Mas há fatores positivos, como o bom desempenho do agronegócio, que deve ajudar a minimizar os efeitos da crise no Estado, principalmente no Interior”, afirma.
BOX
Agropecuária ganha espaço na economia do Paraná
A agropecuária aumentou sua participação na economia do Paraná, conforme os dados apresentados pelo Ipardes e IBGE. Em 2010, o setor respondia por 9,2% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas geradas. Em 2013, essa participação cresceu para 10,4%.
“A agropecuária vem sendo um destaque na economia do Estado, com desdobramentos positivos também na indústria. A produção no campo estimula a produção de máquinas e equipamentos, de derivados lácteos e de biocombustíveis por exemplo”, explicou Julio Suzuki, presidente do Ipardes,
A indústria, por sua vez, cresceu menos, e reduziu sua participação de 28,1% para 26,2% no período. O setor de serviços, que inclui o comércio, ganhou espaço, de 62,7%, para 63,4%. “Em economias desenvolvidas é natural que o setor terciário passe a ter uma participação maior”, disse.
DEMOGRAFIA - O Paraná também registra avanços no número de habitantes. O diretor do IBGE no Paraná, Sinval Dias dos Santos, ressalta que previsão é que o Paraná supere o Rio Grande do Sul em população em 2018. “O Rio Grande do Sul registra taxa de imigração elevada e uma baixa taxa de fecundidade. A se manter o atual ritmo, o Paraná deve superar o Estado vizinho também na questão demográfica”, diz.
Saiba mais sobre o trabalho do governo do Estado em:
http:///www.facebook.com/governopr e www.pr.gov.br
A economia paranaense respondeu por 6,3% de todas as riquezas geradas no País em 2013, atrás apenas de São Paulo (32,1%), Rio de Janeiro (11,8%), Minas Gerais (9,2%). O Rio Grande do Sul ficou com 6,2%. A mudança de patamar da economia paranaense é histórica. Desde 1949 o Paraná ocupava a posição de quinta maior economia do Brasil.
“É um feito histórico digno de ser comemorado pelos paranaenses”, afirmou o governador Beto Richa. “Somos o 6º estado brasileiro em população e o 15º em extensão territorial, mas o esforço dos trabalhadores e das empresas paranaenses nos elevou ao grupo das quatro maiores economias regionais do País”, disse.
Julio Suzuki Júnior, presidente do Ipardes, ressalta que a mudança é resultado de uma combinação de fatores. “O Paraná adensou sua estrutura produtiva nos últimos anos, com um agronegócio pujante, que não pode ser igualado hoje por nenhum outro estado do Sul e do Sudeste. Ao mesmo tempo, atraiu um ciclo de investimentos produtivos, puxado pelo programa de incentivos Paraná Competitivo, que levou emprego e renda para todo Estado”, explica.
Em 2013, o Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos - somou R$ 332,8 bilhões no Paraná. Naquele ano, a economia estadual cresceu, em termos reais (já descontada a inflação), 5,6% em relação ao ano anterior, embalada pelo desempenho da agropecuária, da indústria de transformação e do setor de serviços.
“Acredito que o nosso desenvolvimento mais acelerado dos últimos anos também se deve às escolhas feitas pelos cidadãos paranaenses. Nosso povo quer diálogo, justiça social, educação e saúde de qualidade e condições para desenvolver todo o seu maravilhoso potencial. Um povo que amadurece no exercício da democracia e se conscientiza de seus direitos e deveres não aceita mais o atraso e o autoritarismo", afirmou o governador.
De acordo com Sinval Dias dos Santos, chefe do IBGE no Paraná, a indústria teve como motor a produção de veículos automotores, máquinas e equipamentos, alimentos e produtos madeireiros. O crescimento do Paraná foi maior do que o Brasil, que cresceu 3% em 2013. “O resultado do Paraná foi influenciado pela safra cheia de grãos e pelo bom desempenho de energia com produção de Itaipu”, explica.
RENDA PER CAPITA – O Paraná subiu uma posição no ranking de PIB per capita e passou a ocupar a sexta colocação. Em 2013, o Estado registrava uma renda de R$ 30.265 per capita, à frente do Rio Grande do Sul R$ (R$ 29.657), e atrás do Distrito Federal (R$ 62.859), São Paulo (R$ 39.122), Rio de Janeiro (R$ 38.262), Santa Catarina (R$ 32.290) e Espírito Santo (R$ 30.485). A média do Brasil foi de R$ 26.444.
De acordo com Suzuki, o crescimento do PIB em 2013 foi acompanhado também de redução da desigualdade social. O Paraná tem sido um dos Estados com maior sucesso no combate à pobreza. “O Paraná é hoje o Estado com a segunda menor desigualdade social do País, só perdendo para Santa Catarina”, lembra o presidente do Ipardes ao citar o índice Gini (índice da desigualdade social).
O ranking mede a desigualdade de acordo com uma pontuação que vai de 0 a 1 – no qual, quanto mais perto de zero, menores são as diferenças sociais. Em 2013, o Estado tinha uma pontuação de 0,469, contra 0,435 de Santa Catarina. Em 2012, esse indicador estava em 0,483. “Isso significa que os ganhos na geração de riqueza, ao se tornar a quarta maior economia, tiveram também impactos sociais. A geração de emprego e de renda ajudou a reduzir a pobreza no Paraná”, afirma.
TENDÊNCIA - De acordo com Suzuki, a tendência é que o Paraná se consolide como a quarta maior economia do País no longo prazo. O Estado já vem, há pelo menos quatro anos, registrando resultados superiores ao do Brasil. No acumulado de 2010 a 2013, o PIB paranaense cresceu, em termos reais, 10,2%, contra 9,1% do Brasil.
A diversificação da indústria paranaense nas últimas décadas estimulou o desenvolvimento econômico. O polo automotivo do Estado é o terceiro maior do Brasil e as empresas paranaenses têm uma posição relevante em outras cadeias produtivas como alimentos, máquinas e equipamentos, energia e petroquímica. O Estado é o maior produtor e exportador de carne de aves e o segundo maior produtor de grãos do País.
O Paraná também é destaque na atração de investimentos produtivos, que tem efeitos multiplicadores na economia, na geração de empregos e renda. Desde 2011, o Paraná Competitivo, programa de incentivos do Estado, já atraiu R$ 40,3 bilhões entre investimentos privados e de estatais, com geração de 99 mil empregos diretos.
PROJEÇÕES – Para 2015, o Ipardes estima que o Paraná deverá ser impactado pelos efeitos da crise da economia nacional. As últimas projeções de analistas ouvidos pelo Banco Central apontam para uma retração 3,1% no PIB no Brasil nesse ano. “Não dá para dizer que a economia paranaense não será afetada. O ano de 2015 tem sido terrível para a economia brasileira. Mas há fatores positivos, como o bom desempenho do agronegócio, que deve ajudar a minimizar os efeitos da crise no Estado, principalmente no Interior”, afirma.
BOX
Agropecuária ganha espaço na economia do Paraná
A agropecuária aumentou sua participação na economia do Paraná, conforme os dados apresentados pelo Ipardes e IBGE. Em 2010, o setor respondia por 9,2% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas geradas. Em 2013, essa participação cresceu para 10,4%.
“A agropecuária vem sendo um destaque na economia do Estado, com desdobramentos positivos também na indústria. A produção no campo estimula a produção de máquinas e equipamentos, de derivados lácteos e de biocombustíveis por exemplo”, explicou Julio Suzuki, presidente do Ipardes,
A indústria, por sua vez, cresceu menos, e reduziu sua participação de 28,1% para 26,2% no período. O setor de serviços, que inclui o comércio, ganhou espaço, de 62,7%, para 63,4%. “Em economias desenvolvidas é natural que o setor terciário passe a ter uma participação maior”, disse.
DEMOGRAFIA - O Paraná também registra avanços no número de habitantes. O diretor do IBGE no Paraná, Sinval Dias dos Santos, ressalta que previsão é que o Paraná supere o Rio Grande do Sul em população em 2018. “O Rio Grande do Sul registra taxa de imigração elevada e uma baixa taxa de fecundidade. A se manter o atual ritmo, o Paraná deve superar o Estado vizinho também na questão demográfica”, diz.
Saiba mais sobre o trabalho do governo do Estado em:
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