A Secretaria de Estado da Saúde apresentou nesta terça-feira (27) aos deputados estaduais, na Assembleia Legislativa, o relatório final de ações de 2017. A apresentação foi feita pelo diretor-geral da Secretaria, Sezifredo Paz.
Segundo o relatório, a execução orçamentária do ano passado ultrapassa R$ 3,7 bilhões investidos na Saúde do Paraná, o maior valor já registrado. “Foram 12,07% das receitas correntes líquidas do Estado em 2017 aplicados exclusivamente para o aprimoramento e a qualificação da saúde pública paranaense”, afirmou Sezifredo.
Dentre as ações de destaque para o período, foram ressaltados os investimentos em cirurgias eletivas; atendimento a bebês e gestantes; atendimentos de urgência e emergência; atenção à pessoa com deficiência e ao idoso; promoção à saúde; vigilância em saúde; entre outras.
A reunião foi presidida pelo deputado estadual e presidente da Comissão de Saúde, Dr. Batista. Segundo ele, a avaliação geral da apresentação foi positiva. “Todos os detalhes para atender às necessidades da comunidade estão sendo considerados. Isso é muito positivo. É ver que vidas estão sendo valorizadas”, ressaltou.
O deputado chamou a atenção para a redução dos índices de mortalidade materna e infantil. A razão da mortalidade materna no Paraná passou de 64,4 óbitos maternos para cada 100 mil nascidos vivos, em 2010, para 19,7, como resultado preliminar de 2017, uma redução de quase 50%. No mesmo período, a mortalidade infantil teve redução de 16%, passando de 12,2 por mil nascidos vivos para 10,3.
Os resultados podem ser relacionados ao fortalecimento da Rede Mãe Paranaense, com o repasse de mais de R$ 41 milhões ao custeio da Atenção Primária dos municípios do Paraná e a manutenção de 457 leitos de UTI neonatal espalhados pelas 22 regionais de saúde do Estado, sendo 57 contratados pela Secretaria com recursos estaduais.
URGÊNCIA – A Rede Paraná Urgência, que qualifica os atendimentos de urgência e emergência do Estado, contou com capacitações para 3.776 participantes; adesão de sete novos hospitais; repasse de R$ 13,7 milhões para que hospitais da rede melhorem estrutura física e equipamentos.
O reflexo dos investimentos podem ser vistos com a redução da taxa de mortalidade por causas externas (exceto violências) de 51,49, em 2010, para 37,69, em 2017; e da taxa de mortalidade por doenças cárdio e cerebrovasculares de 79,01, em 2010, para 61,74 em 2017, em pessoas de 0 a 69 anos a cada 100 mil habitantes.
CUIDADO – As duas metas propostas pela Rede de Atenção à Pessoa com Deficiência foram alcançadas com o teste do pezinho em 100% dos nascidos vivos do Paraná e de exames para triagem auditiva em 76,59%. A meta era 40%. Também foram oferecidos 565 mil órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção em 2017.
No mês de novembro ocorreu o lançamento oficial da Rede de Atenção Integral à Saúde do Idoso e as três metas da diretriz relacionada à pessoa idosa foram atingidas. Entre elas, 83% dos municípios do Estado já realizam a estratificação de risco dos idosos, quando a meta era de 70%.
PROMOÇÃO – As ações de promoção à saúde ganharam força com a intensificação do Programa Paraná Saudável. O projeto direcionado à educação alimentar e à prática habitual de atividades físicas na faixa etária infantojuvenil foi veiculado em emissoras de televisão abertas e fechadas, rádios, vídeos no cinema e mídias sociais, com segmentações específicas ao público-alvo da campanha.
No que diz respeito à vigilância em saúde, também foram atingidas as metas relacionadas a investigação de mortalidade, redução da taxa de incidência de Aids em menores de cinco anos; notificações de violência; execução de ações da Vigilância Sanitária; análises em amostras de água para consumo humano; entre outras.
“Para conquistar esses resultados, sempre destacamos o importante papel do Vigiasus, que, para mais de 80% dos municípios, os valores repassados são maiores do que o recurso federal destinado para o desenvolvimento de ações de vigilância em saúde”, disse Sezifredo.
PESQUISA – Para finalizar a apresentação, o diretor mostrou uma pesquisa feita com a população paranaense entre os meses de setembro e outubro de 2017 sobre a satisfação com o SUS do Paraná. Nela, 84% dos entrevistados declararam já ter utilizado os serviços no Estado e os níveis de satisfação chegaram a 67,8% em algumas regiões do Estado, como o Norte novo.
Dentre alguns tópicos questionados, 75,7% do público estava satisfeito com a vacinação; 73,9% de satisfação com o trabalho de vigilância ambiental; 57,1% satisfeitos com as campanhas de saúde; 56% satisfeitos com o serviço do Samu; e 51% de satisfação com as unidades de saúde.
PRESENÇAS – Também representaram a Secretaria da Saúde o diretor-executivo do Fundo Estadual da Saúde, Olavo Gasparin; o superintendente de Gestão em Saúde, Irvando Carula; o diretor da Rede Paraná Urgência, Vinícius Filipak; e a chefe do Núcleo de Gestão Estratégica, Maria Leonor Fanini Paulini. Estiveram presentes os deputados Evandro Araújo, Guto Silva, Marcio Pacheco, Nereu Moura e Tercílio Turini.