Paraná debate educação nas unidades socioeducativas

Governo estadual oferta a educação básica para aproximadamente mil adolescentes em 19 Centros de Socioeducação (Censes) divididos em 15 Núcleos Regionais de Educação.
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17/10/2018 - 17:30
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Profissionais que atuam nas 19 unidades socioeducativas do Paraná estão reunidos nessa semana, em Curitiba, para debater a oferta da Educação de Jovens e Adultos (EJA) nos Centros de Socioeducação do Estado do Paraná (Cense). Os estudos começaram nesta terça-feira (16) e seguem até a sexta-feira (19).

Participam das palestras profissionais das Secretarias de Estado da Educação, Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), Ministério Público do Paraná (MP-PR), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade do Contestado (UnC).

O encontro tem como objetivo promover o alinhamento conceitual sobre a socioeducação para que as práticas pedagógicas e o atendimento escolar realizado pelos profissionais que atuam nessas instituições possam possibilitar aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas êxito no processo de ensino e aprendizagem.

“O Estado do Paraná trabalha para garantir esse atendimento porque entendemos que a escolarização funciona como um instrumento de transformação social, porque a oferta do ensino fundamental no centro de socioeducação diminui o número de reincidência infracional”, disse a secretária estadual da Educação, Lucia Cortez, na abertura do encontro.

O evento terá duração de 24 horas que poderão ser somadas aos planos de carreira dos profissionais. Durante esse período, os profissionais trabalharão questões relacionadas à escolarização dos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas: desafios e perspectivas, pedagogia e ação socieoeducativa, justiça restaurativa, práticas pedagógicas diferenciadas, entre outros.

O secretário estadual da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, Elias Gandour Thomé, disse que, para além da educação formal, existem os cursos profissionalizantes oferecidos aos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas. "Hoje nós temos uma variedade de mais de 20 cursos, em diferentes áreas e com rápida absorção no mercado de trabalho”, disse.

Segundo ele, só no ano passado foram investidos quase R$ 4 milhões na formação profissional dos adolescentes. “O Paraná tem atuado em todas as frentes possíveis, no quesito educacional, para a garantia de sucesso na ressocialização do adolescente que cumpre medida socioeducativa", acrescentou.

NOVOS APRENDIZADOS – A pedagoga Paula Adriana de Oliveira, que trabalha no Centro de Socioeducação de Maringá, apresentou sua pesquisa de mestrado sobre o texto e discurso do adolescente em conflito com a lei. “É uma oportunidade construtiva poder compartilhar os resultados dessa pesquisa e também aprender novas informações com os colegas e especialistas que estão participando dessa formação”, disse.

A professora de Língua Portuguesa do Cense São Francisco, em Piraquara, Rosa Elena Bueno, destacou a importância das palestras serem ministradas por profissionais de diferentes secretarias e setores da sociedade jurídica e acadêmica. “É importante porque amplia o leque de informações para o profissional que atua no Cense, para que possa ofertar uma educação de qualidade para os adolescentes”, disse.

NA REDE – O Governo do Paraná, por meio das Secretarias de Estado da Educação e da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, oferta a Educação de Jovens e Adultos (EJA) para aproximadamente mil adolescentes em 19 Centros de Socioeducação divididos em 15 Núcleos Regionais de Educação.

A oferta da EJA nessas unidades é feita por meio do Programa de Educação nas Unidades Socioeducativas (Proeduse), com o objetivo de oferecer a Educação Básica aos adolescentes que estão cumprindo medidas socioeducativas de internação. Os internos poderão concluir de uma a quatro disciplinas, conforme o seu Plano de Individual de Atendimento (PIA). 

A oferta da escolarização na socioeducação é realizada pela Coordenação de Educação de Jovens e Adultos, vinculada ao Departamento da Educação Básica (DEB), da Secretaria de Estado da Educação, em parceria com o Departamento de Atendimento Socioeducativo (Dease), da Secretaria da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos.

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