Paraná bate recorde e assume
segundo lugar no abate de suínos

O resultado fez o Paraná superar o Rio Grande do Sul e assumir a segunda colocação no ranking nacional. Estudo o IBGE também mostra que estado mantém a liderança na produção e exportação de aves
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15/09/2015 - 16:50
Editoria

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O Paraná bateu recorde no abate de suínos no segundo trimestre, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume cresceu 13,4% em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a 2 milhões de cabeças. O resultado fez o Paraná superar o Rio Grande do Sul, com 1,9 milhão de cabeças, e assumir a segunda colocação no ranking nacional, atrás apenas de Santa Catarina (2,5 milhões).
O Paraná tem cerca de 130 mil produtores, dos quais 31 mil atuam comercialmente na cadeia produtiva. A suinocultura emprega 200 mil pessoas no estado. No segundo trimestre deste ano, o Estado foi o que mais cresceu no abate de suínos no País, com um desempenho bem acima da média. O Brasil abateu 9,7 milhões de cabeças no período - 5,7% mais do que no mesmo período do ano passado. O volume é recorde desde o início da série histórica da pesquisa do IBGE, em 1997.
“O Paraná tem a vantagem de ter uma indústria de carnes muito competitiva e eficiente, ao mesmo tempo em que é um grande produtor de grãos, que são usados como insumos. Essa combinação tem garantido ao Estado uma participação cada vez maior nessa cadeia no País”, diz Julio Takeshi Suzuki Júnior, presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes).
Além do crescimento da produção dos frigoríficos do Estado, contribuiu para a mudança no ranking a queda de 2,5% no volume de abates do Rio Grande do Sul. No acumulado do primeiro semestre, os dois Estados, no entanto, seguem muito próximos - o Paraná abateu 3,7 milhões de cabeças e o Rio Grande do Sul ficou um pouco acima, com 3,8 milhões de cabeças.
EXPORTAÇÕES – A produção de suínos seguiu o movimento puxado pelas exportações. A retomada das importações da Rússia ajudou o Paraná a aumentar em 62% os embarques no segundo trimestre, para 13,5 mil toneladas, de acordo com o IBGE. No semestre, o volume somou 21,9 mil toneladas, 40,3% mais do que nos primeiros seis meses de 2014, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).
De acordo com Edmar Gervásio, analista do setor do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento, a Rússia, que havia interrompido as importações do Paraná, voltou a comprar do Estado nesse ano. Além dos russos, países da América do Sul, como Uruguai e Argentina, e Hong Kong, vêm ampliando as encomendas. A previsão, segundo Gervásio, é que o Paraná feche 2015 com um aumento de 24% nas exportações de carne suína.
COOPERATIVAS - A atividade está sendo estimulada pelo aumento dos investimentos das cooperativas. Um exemplo é o da Frisia Cooperativa Agroindustrial, que inaugurou nesse ano sua nova Unidade Produtora de Leitões (UPL), em Carambeí, na região dos Campos Gerais. Com capacidade para alojar 5 mil matrizes, a nova unidade pode chegar a uma produção semanal de 2.900 leitões.
Box 1
PARANÁ SEGUE NA LIDERANÇA NA AVICULTURA
Os dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira mostram que o Paraná respondeu por 30% da produção de frangos do Brasil no segundo trimestre de 2015, mantendo-se na liderança nacional tanto em abates como nas exportações.
Os frigoríficos paranaenses abateram 432 milhões de cabeças, 9,7% mais do que no mesmo período do ano passado. No semestre, foram 847 milhões de cabeças, 6,4% mais do que no mesmo período de 2014.
A produção de carne de frango do Paraná segue com avanços acima da média nacional, segundo o IBGE. Em todo o Brasil, foram abatidas, no segundo trimestre, 1,4 bilhão de cabeças de frango, 5,5% a mais do que em igual intervalo de 2014.
“Um dado que chama a atenção é que o Paraná, além de liderar a produção e a exportação, vem expandindo o abate de frangos enquanto tradicionais produtores, como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, vem reduzindo o ritmo”, afirma Julio Takeshi Suzuki Júnior, presidente do Ipardes. Santa Catarina reduziu em 1% e o Rio Grande do Sul em 2% o abate no período.
A expansão da produção segue o crescimento da demanda interna, com a crescente substituição da carne bovina pela de frango, que é mais barata, e pelo avanço das exportações.
VENDAS EXTERNAS - O Paraná registrou um aumento de 20,6% nas exportações no segundo trimestre, para 341,7 mil toneladas, de acordo com o IBGE. Além do câmbio favorável às exportações, barreiras sanitárias impostas aos Estados Unidos por conta de um surto de gripe aviária tem aberto espaço para o frango paranaense.
Os frigoríficos têm aumentado embarques para a Ásia e também para o México, de acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins. O frango paranaense é exportado para aproximadamente 155 países.
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