Paraná atende demanda dos professores
e não tem pendência na pauta nacional

A afirmação foi feita pela secretária da Educação, durante reunião com o sindicato dos professores, que participou nesta quinta-feira do movimento nacional da categoria
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17/03/2016 - 16:20
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A secretária de Estado da Educação, professora Ana Seres, afirmou nesta quinta-feira (17), em Curitiba, que o Governo do Paraná atende as reivindicações dos professores da rede pública de ensino e que o Estado não tem pendências em relação à pauta nacional da categoria. No Palácio Iguaçu, em Curitiba, Ana Seres recebeu os representantes do sindicato dos professores, que participaram de um movimento nacional dos trabalhadores da educação.
“A pauta é de um movimento nacional e o Paraná não se encaixa em nenhuma das reivindicações”, afirmou a secretária. Por exemplo, a entrega de escolas à organizações sociais não ocorre no Paraná. O Paraná também não parcelou o pagamento de salários, como foi feito em outros estados. “Ao contrário, pagamos integralmente os salários e o décimo terceiro e ainda fizemos a reposição da inflação, o que não ocorreu em outros estados brasileiros”, afirmou Ana Seres. “Outro item da pauta nacional é a militarização de escolas, o que, igualmente, não acontece no Paraná”, completou.
PISO SALARIAL - Em relação ao piso nacional, Ana Seres lembrou que um professor em início de carreira no magistério do Paraná recebe, atualmente, remuneração mensal de R$ 3,6 mil (para jornada de 40 horas por semana), para o nível I da carreira, licenciatura plena. São R$ 2,8 mil de salário, mais R$ 800 de auxílio-transporte, o que totaliza a remuneração de R$ 3,6 mil.
Já o piso nacional dos professores, anunciado pelo governo federal, é de R$ 2,1 mil para 40 horas semanais. Esse valor já incorpora um incremento de 11%, pois antes era de R$ 1,9 mil. No Paraná, a remuneração aumentou em relação ao ano passado, também em virtude do reajuste concedido em janeiro, de 10,67%.
NOVOS CONCURSOS – Na reunião, a secretária confirmou a abertura dos protocolos para realização de novos concursos públicos na área da educação, uma das principais demandas do sindicato, e reiterou que já foram solicitados estudos para escalonamento dos pagamentos de progressões e promoções. "Estamos empenhados em resolver essa questão”, disse ela.
Já estão disponíveis em conta, nesta quarta-feira (16), os salários dos quatro mil professores contratados pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS) para as reposições de conteúdo referente ao ano letivo de 2015, realizadas ao longo do mês de fevereiro.
Ao final da reunião, foi definido que a categoria será recebida, na próxima semana, pelo novo chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, que assume o cargo no dia 21, para dar continuidade ao diálogo.
BENEFÍCIOS – Nos últimos cinco anos, os profissionais da Educação do Paraná tiveram avanços significativos, afirmou Ana Seres. Houve aumento de 82,71% sobre o salário base e de 75% no pagamento da hora-atividade. Das 40 horas de trabalho semanal, agora dois terços do tempo são em sala de aula e um terço destinado para preparo das atividades e correção de provas e trabalhos. “Isso tem um reflexo importante na qualidade, os grandes beneficiados são nossos mais de um milhão de estudantes”, comentou Ana Seres.
Além disso, são concedidos afastamentos para cursos stricto sensu, sem perda de salários. Em quatro anos, a Secretaria liberou o afastamento de 823 professores para cursar mestrado ou doutorado, e eles continuaram recebendo salário normalmente. A prática vem sendo adotada desde 2012, quando foi criado um edital anual que possibilita aos professores solicitarem a liberação de suas funções para cursar mestrado ou doutorado e continuar a receber seus vencimentos sem nenhum ônus. Antes de 2012, quando o professor pedia afastamento para fazer mestrado ou doutorado, parava de receber salários. Precisava de uma licença não remunerada.
Também neste ano foi iniciada nova turma do Programa de
Desenvolvimento Educacional (PDE). O PDE é uma política inovadora de formação e valorização que possibilita ao professor o afastamento de 100% da função docente no primeiro ano do programa e de 25% no segundo ano, para estudos e elaboração de produções nas universidades. O objetivo é colaborar para a melhoria da prática pedagógica nas escolas públicas e para direcionar o trabalho das universidades.
Box 1
Reposição será decidida junto com os Núcleos Regionais
Durante a reunião com os representantes do sindicato dos professores, a secretária da Educação, professora Ana Seres, disse que a decisão sobre a forma de reposição aos estudantes, devido ao dia parado pela mobilização nacional, será decidida após reunião com os 32 chefes de Núcleos Regionais da Educação. Eles estarão em Curitiba nas próximas segunda e terça-feira (21 e 22).
A orientação da Secretaria da Educação é que haja reposição (dia ou conteúdo) para que os estudantes não sejam prejudicados. Os detalhes serão definidos em conjunto entre a equipe técnica da Secretaria e as chefias de núcleos.
Conforme o levantamento da Secretaria, 32% das 2,1 mil escolas do Estado aderiram à paralisação. “Muitas unidades funcionaram normalmente, inclusive o Pedro Macedo, de Curitiba, onde tive uma reunião de trabalho nesta manhã”, disse a secretária.
O Colégio Estadual Pedro Macedo, no bairro Portão, atende 3,2 mil estudantes, nos três turnos. As atividades no colégio transcorreram normalmente nesta quinta-feira e a visita fez parte da agenda de reuniões de trabalho que a secretária tem mantido com os diretores das unidades de Curitiba e Região Metropolitana. “Fico muito feliz em conhecer a escola e ver o belo trabalho realizado aqui”, comentou a secretária.
A diretora Edilaine Triani relatou que é grande a fila de espera em busca de uma vaga no colégio. Por isso, a Secretaria da Educação avalia a possibilidade de abrir novas turmas para o sexto e sétimo ano no Pedro Macedo. “Educação é feita de sonhos. A gente nunca pode parar de sonhar, de caminhar. É possível sim fazer uma educação melhor com o que a gente tem”, disse a direto
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