O secretário de Estado do Turismo, Faisal Saleh, disse nesta quarta-feira (06/07) que o Paraná está articulando com o Ministério do Turismo e a Secretaria Especial de Portos um projeto para implantar um terminal para embarque e desembarque de passageiros em Paranaguá.
O custo do investimento é de aproximadamente R$ 150 milhões, e compõe o projeto de expansão da capacidade de operação do Porto de Paranaguá, estimado em R$ 2,5 bilhões. “Esta iniciativa exige união de esforços em todas as esferas administrativas do poder público e também da iniciativa privada”, afirmou Saleh.
Para ele, algumas alternativas de participação do empresariado no projeto são por meio de aporte direto de recursos públicos, por meio de Parcerias Público-Privadas e por concessão de exploração.
O secretário foi o anfitrião da 15ª Reunião do GT Náutico Brasileiro, realizado em Paranaguá, entre terça e quarta-feira. O encontro reuniu representantes de cinco ministérios, do trade turístico nacional e gestores dos municípios litorâneos paranaenses.
Para o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, é estratégico que o Paraná participe do turismo náutico e marítimo, oferecendo um ponto de embarque e desembarque de passageiros com receptivo e toda a infraestrutura necessária. “O crescimento desse setor está condicionado à oferta de novos pontos de atracação, que permitam o aceso a novos roteiros atrativos ao turista, e Paranaguá tem um grande potencial”, disse. “Hoje não existem alternativas de atracação entre Santos e Buenos Aires.”
O diretor do departamento de estruturação, articulação e ordenamento turístico do Ministério do Turismo, Ricardo Moesch, que coordena o Grupo de Trabalho do Turismo Náutico Nacional, disse que o projeto paranaense de construir um homeport pode ser um “divisor de águas” para o desenvolvimento do turismo regional.
Segundo ele, um terminal no Paraná desafogaria o Porto de Santos, criaria uma alternativa para o embarque e desembarque de passageiros e permitiria captar turistas do Paraná, Santa Catarina e até do Paraguai. “Vamos levar à Associação de Empresas Marítimas uma proposta para que ainda neste ano possa ser feito um experimento com algumas escalas de navios de cruzeiro em Paranaguá”, disse.
Moesch destacou que a área do Santuário do Rocio possui espaço para receptivo de turistas, que podem ser transportados dos navios fundeados na baía por meio de barcos menores (tenders), sem interferir na operação comercial do porto. “A região possui diferenciais excelentes, porque oferece alternativas que independem do clima”, explicou.
Para ele, “a imensa área preservada do litoral paranaense é como uma jóia da coroa”. “Aliado a isso existem componentes históricos, gastronomia regional variada, passeios de barco, proximidade de praias e ilhas, acessos por mar, por rodovia e até o trem”, destacou Moesch.
O superintendente da Administração dos Portos de Paranguá e Antonina (APPA), Airton Maron, disse que o porto tem áreas disponíveis para construir o terminal de passageiros e está aberto a todas as propostas para contribuir com o desenvolvimento da economia do Litoral paranaense. “Já encaminhamos um pedido de recursos ao governo federal e acreditamos que a parceria com a iniciativa privada, por meio das grandes companhias de navegação, pode ser um grande incentivo para que o projeto saia do papel”, disse Maron.
GT NÁUTICO - Durante a 15ª Reunião do GT Náutico Brasileiro foi anunciada a criação de um grupo de trabalho, coordenado pela Secretaria de Estado do Turismo, para promover estudos e medidas de estímulo ao desenvolvimento do turismo náutico no Paraná.
Nos próximos 20 dias deve ocorrer a primeira reunião do grupo, com a participação das secretarias de Infraestrutura e Logística, do Serviço Social Autônomo Ecoparaná e da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), e entidades convidadas. “Vamos estabelecer um planejamento estratégico e um cronograma de ações para acelerar os processos e permitir que no menor tempo possível possamos ter um sistema receptivo atraente, sustentável e economicamente viável, que agrade ao turista e com isso fomente o desenvolvimento regional, melhorando a renda da população do Litoral”, disse Faisal Saleh.
Além da preocupação com a possibilidade de receber navios de cruzeiro, o GT do Turismo Náutico Paranaense vai avaliar questões ligadas à melhoria da estrutura para embarcações menores, de lazer; na capacitação e preparação dos prestadores de serviços de atendimento (gastronomia, hospitalidade etc); no atendimento às questões ambientais, como o ordenamento da ocupação da faixa litorânea, a capacidade de carga dos navios e a destinação de resíduos; nas oportunidades de desenvolvimento do ecoturismo e ainda nos planos de contingência para questões como saúde e segurança públicas.
Para o presidente da Agência de Desenvolvimento do Turismo Sustentável do Litoral do Paraná, Carlos Gnata, a realização da reunião do GT Náutico Brasileiro em Paranaguá e a criação do GT Náutico Paranaense permitirão o desenvolvimento do segmento que faltava para completar o portfólio de opções turísticas no litoral paranaense. “O turismo náutico e marítimo é essencial, porque vai trazer investimentos públicos e privados e promover o desenvolvimento de várias pequenas empresas, responsáveis por complementar a estrutura para o turista, oferecendo passeios de barco, ecoturismo, serviços de marina e de navegação”, disse Gnata. “Além disso, os barcos de navegação de lazer que hoje passam direto pela nossa região, terão uma nova opção para ser melhor atendidos, com o abrigo e a segurança que oferece o mar interior da nossa baía”, afirmou o dirigente da Adetur.
BANDEIRA AZUL - Durante o encontro, em Paranaguá, um grupo de gestores públicos e proprietários de marinas assistiu a uma apresentação do programa de certificação internacional Bandeira Azul, que no Brasil é representado pelo Instituto Ambiental Ratones, de Florianópolis.
A certificação, que é baseada no atendimento a um conjunto de 33 critérios, divididos em quatro grupos (educação ambiental; segurança pública; gestão ambiental e qualidade da água). “Ao cumprir esses critérios, que são aferidos e julgados por um comitê nacional e outro internacional, a praia ou marina que é certificada pelo Bandeira Azul passa a ter visibilidade internacional”, explica Leana Bernardi, do Instituto Ambiental Ratones. “Significa que o local é capaz de oferecer um nível de qualidade a seus usuários, com garantia de ambiente adequado, seguro e saudável, o que leva também a uma valorização imobiliária e da hotelaria”, diz ela.
Ao inscrever-se no programa, a praia ou marina tem um prazo de até dois anos para se enquadrar nos requisitos do Bandeira Azul e depois precisa encaminhar a documentação para receber a certiticação, que precisa ser renovada a cada ano.
O custo do investimento é de aproximadamente R$ 150 milhões, e compõe o projeto de expansão da capacidade de operação do Porto de Paranaguá, estimado em R$ 2,5 bilhões. “Esta iniciativa exige união de esforços em todas as esferas administrativas do poder público e também da iniciativa privada”, afirmou Saleh.
Para ele, algumas alternativas de participação do empresariado no projeto são por meio de aporte direto de recursos públicos, por meio de Parcerias Público-Privadas e por concessão de exploração.
O secretário foi o anfitrião da 15ª Reunião do GT Náutico Brasileiro, realizado em Paranaguá, entre terça e quarta-feira. O encontro reuniu representantes de cinco ministérios, do trade turístico nacional e gestores dos municípios litorâneos paranaenses.
Para o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, é estratégico que o Paraná participe do turismo náutico e marítimo, oferecendo um ponto de embarque e desembarque de passageiros com receptivo e toda a infraestrutura necessária. “O crescimento desse setor está condicionado à oferta de novos pontos de atracação, que permitam o aceso a novos roteiros atrativos ao turista, e Paranaguá tem um grande potencial”, disse. “Hoje não existem alternativas de atracação entre Santos e Buenos Aires.”
O diretor do departamento de estruturação, articulação e ordenamento turístico do Ministério do Turismo, Ricardo Moesch, que coordena o Grupo de Trabalho do Turismo Náutico Nacional, disse que o projeto paranaense de construir um homeport pode ser um “divisor de águas” para o desenvolvimento do turismo regional.
Segundo ele, um terminal no Paraná desafogaria o Porto de Santos, criaria uma alternativa para o embarque e desembarque de passageiros e permitiria captar turistas do Paraná, Santa Catarina e até do Paraguai. “Vamos levar à Associação de Empresas Marítimas uma proposta para que ainda neste ano possa ser feito um experimento com algumas escalas de navios de cruzeiro em Paranaguá”, disse.
Moesch destacou que a área do Santuário do Rocio possui espaço para receptivo de turistas, que podem ser transportados dos navios fundeados na baía por meio de barcos menores (tenders), sem interferir na operação comercial do porto. “A região possui diferenciais excelentes, porque oferece alternativas que independem do clima”, explicou.
Para ele, “a imensa área preservada do litoral paranaense é como uma jóia da coroa”. “Aliado a isso existem componentes históricos, gastronomia regional variada, passeios de barco, proximidade de praias e ilhas, acessos por mar, por rodovia e até o trem”, destacou Moesch.
O superintendente da Administração dos Portos de Paranguá e Antonina (APPA), Airton Maron, disse que o porto tem áreas disponíveis para construir o terminal de passageiros e está aberto a todas as propostas para contribuir com o desenvolvimento da economia do Litoral paranaense. “Já encaminhamos um pedido de recursos ao governo federal e acreditamos que a parceria com a iniciativa privada, por meio das grandes companhias de navegação, pode ser um grande incentivo para que o projeto saia do papel”, disse Maron.
GT NÁUTICO - Durante a 15ª Reunião do GT Náutico Brasileiro foi anunciada a criação de um grupo de trabalho, coordenado pela Secretaria de Estado do Turismo, para promover estudos e medidas de estímulo ao desenvolvimento do turismo náutico no Paraná.
Nos próximos 20 dias deve ocorrer a primeira reunião do grupo, com a participação das secretarias de Infraestrutura e Logística, do Serviço Social Autônomo Ecoparaná e da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), e entidades convidadas. “Vamos estabelecer um planejamento estratégico e um cronograma de ações para acelerar os processos e permitir que no menor tempo possível possamos ter um sistema receptivo atraente, sustentável e economicamente viável, que agrade ao turista e com isso fomente o desenvolvimento regional, melhorando a renda da população do Litoral”, disse Faisal Saleh.
Além da preocupação com a possibilidade de receber navios de cruzeiro, o GT do Turismo Náutico Paranaense vai avaliar questões ligadas à melhoria da estrutura para embarcações menores, de lazer; na capacitação e preparação dos prestadores de serviços de atendimento (gastronomia, hospitalidade etc); no atendimento às questões ambientais, como o ordenamento da ocupação da faixa litorânea, a capacidade de carga dos navios e a destinação de resíduos; nas oportunidades de desenvolvimento do ecoturismo e ainda nos planos de contingência para questões como saúde e segurança públicas.
Para o presidente da Agência de Desenvolvimento do Turismo Sustentável do Litoral do Paraná, Carlos Gnata, a realização da reunião do GT Náutico Brasileiro em Paranaguá e a criação do GT Náutico Paranaense permitirão o desenvolvimento do segmento que faltava para completar o portfólio de opções turísticas no litoral paranaense. “O turismo náutico e marítimo é essencial, porque vai trazer investimentos públicos e privados e promover o desenvolvimento de várias pequenas empresas, responsáveis por complementar a estrutura para o turista, oferecendo passeios de barco, ecoturismo, serviços de marina e de navegação”, disse Gnata. “Além disso, os barcos de navegação de lazer que hoje passam direto pela nossa região, terão uma nova opção para ser melhor atendidos, com o abrigo e a segurança que oferece o mar interior da nossa baía”, afirmou o dirigente da Adetur.
BANDEIRA AZUL - Durante o encontro, em Paranaguá, um grupo de gestores públicos e proprietários de marinas assistiu a uma apresentação do programa de certificação internacional Bandeira Azul, que no Brasil é representado pelo Instituto Ambiental Ratones, de Florianópolis.
A certificação, que é baseada no atendimento a um conjunto de 33 critérios, divididos em quatro grupos (educação ambiental; segurança pública; gestão ambiental e qualidade da água). “Ao cumprir esses critérios, que são aferidos e julgados por um comitê nacional e outro internacional, a praia ou marina que é certificada pelo Bandeira Azul passa a ter visibilidade internacional”, explica Leana Bernardi, do Instituto Ambiental Ratones. “Significa que o local é capaz de oferecer um nível de qualidade a seus usuários, com garantia de ambiente adequado, seguro e saudável, o que leva também a uma valorização imobiliária e da hotelaria”, diz ela.
Ao inscrever-se no programa, a praia ou marina tem um prazo de até dois anos para se enquadrar nos requisitos do Bandeira Azul e depois precisa encaminhar a documentação para receber a certiticação, que precisa ser renovada a cada ano.