Os investimentos feitos pelo Governo do Paraná no primeiro quadrimestre de 2018 tiveram crescimento de 60% na comparação com igual período de 2017. Eles passaram de R$ 572 milhões de janeiro a abril do ano passado para R$ 916 milhões nos mesmos meses do atual exercício. Contando as obras realizadas pelas estatais paranaenses, os investimentos saltaram para R$ 1,95 bilhão no período, o que representa aumento de 38%.
O incremento nos investimentos ocorreu mesmo com queda real (já descontada a inflação) de 8,7% na receita tributária no quadrimestre, que somou R$ 11,69 bilhões. A receita tributária do período foi influenciada pela arrecadação extraordinária de ICMS no valor de R$ 1,38 bilhão em janeiro de 2017, quando houve antecipação de impostos devidos por empresas que possuem incentivos fiscais. Em janeiro de 2018 também foram feitos acordos com empresas que haviam postergado o pagamento de imposto devido, mas o ICMS extra no atual exercício somou R$ 391 milhões.
Os resultados obtidos no primeiro quadrimestre de 2018 foram apresentados aos deputados estaduais nesta quarta-feira (30) pelo diretor-geral da Secretaria de Estado da Fazenda, George Tormin. O secretário estadual da Fazenda, José Luiz Bovo, também participou da audiência pública na Assembleia Legislativa e reafirmou o compromisso de manter o equilíbrio fiscal. “O Estado vai fechar 2018 com as contas em ordem”, disse.
“Continuamos com o pé no acelerador. O Paraná foi o Estado que teve a maior taxa de crescimento real dos investimentos públicos entre 2014 e 2017 e continua realizando obras em áreas importantes para os cidadãos que aqui vivem”, afirmou Tormin.
Em 2017, se forem considerados os valores aplicados por estatais do Estado, os investimentos somaram R$ 6,8 bilhões. Para 2018 está previsto outro volume recorde de investimentos, que devem somar R$ 8,4 bilhões.
Além de ressaltar o aumento nos investimentos, Tormin mostrou que o Paraná diminuiu ainda mais sua dívida consolidada líquida. Desde 2010, houve redução de 69,41% no nível de endividamento do Paraná. Em 2010, estava em 90,87% da receita corrente líquida. Fechou 2017 em 29,34% e, de janeiro a abril de 2018, caiu para 27,8% da RCL, bem abaixo do limite de 200%.
PESSOAL – As despesas com pessoal, segundo Tormin, continuam sendo motivo de atenção por parte do governo. A parcela da receita corrente líquida que o poder executivo estadual usou no primeiro quadrimestre com a folha de pagamento foi de 46,23%, ou R$ 16,67 bilhões. O porcentual está acima do limite de alerta da Lei de Responsabilidade Fiscal, de 44,10%, e se aproxima do limite prudencial, que é de 46,55%.