PR é o estado com maior participação nos financiamentos do BRDE

Balanço de 2010 mostra que estado ficou com 47,4% do total de R$ 1,83 bilhão contratado, o que gerou 30 mil postos de trabalho e aumentou a arrecadação de ICMS em R$ 76,1 milhões
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31/03/2011 - 10:40
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O Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) divulgou nesta quarta-feira (30), na sede da instituição, em Porto Alegre, o Balanço 2010, que dá conta de um volume total de aprovações de operações de crédito no valor de R$ 2,27 bilhões, com operações contratadas na ordem de R$ 1,83 bilhão. O Paraná foi o Estado que obteve maior participação nas contratações totais do BRDE (47,4%), num total de R$ 867,5 milhões, que devem gerar arrecadação anual adicional de R$ 76,1 milhões em ICMS, com geração de mais de 6 mil empregos diretos e 25 mil indiretos.
A atividade desenvolvida pelo banco ao longo de 2010 viabilizou investimentos totais de R$ 2,2 bilhões. No fim do ano passado, o BRDE possuía 35.207 clientes ativos, cujos empreendimentos financiados estão localizados em 1.047 municípios, abrangendo 88,1% dos municípios dos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
O BRDE encerrou o ano ocupando a 11ª posição entre os 61 agentes financeiros credenciados que operaram com recursos do Sistema BNDES, com participação de 1,9% no total de desembolsos. No que diz respeito à região Sul, que é o espaço de abrangência do BRDE e onde atuaram 47 agentes financeiros, o Banco ficou em 4º lugar.
Segundo o gerente de operações da agência do banco de fomento no Paraná, Paulo César Starke Junior, o BRDE está pronto para atender as demandas por crédito em 2011. “A meta é atingir um bilhão de reais neste ano em operações no Paraná e Mato Grosso do Sul, estado onde o banco opera desde 2009. Temos linhas como o PSI - Programa de Sustentação do Investimento, que está garantida até o final do ano pelo BNDES, com juros fixos de 6,5% ao ano. Além disso, o BRDE vai intensificar as operações de investimentos em agroindústria, armazenagem e infraestrutura, incluindo o corredor de logística para exportação Curitiba-Paranaguá, redes de comércio varejista e energia. Financiar estes projetos é uma das especialidades do BRDE”, afirma.
CARTEIRA – O setor de maior destaque em 2010 foi o de comércio e serviços, que apresentou crescimento de 15,8% em relação ao ano anterior. Em termos de participação no volume total de liberações, a liderança é do setor industrial, que recebeu 33,3% do total desembolsado pelo banco em 2010, seguido pelo setor de comércio e serviços, com (31,5%), pela agropecuária, com 24,5% e finalmente, pelo setor de infraestrutura, com 10,7% das liberações.
Os micro, pequenos e médios empreendimentos rurais e urbanos foram responsáveis por 31% do valor contratado em 2010. Do total de clientes que firmaram contratos ao longo do ano, 87% são produtores rurais, sendo que 46% se enquadram nas categorias de mini e pequenos produtores.
As micro e pequenas empresas responderam por 9% dos contratos, enquanto as médias e grandes empresas ficaram com 4%. Além do apoio direto, um grande contingente de produtores rurais foi também beneficiado pelos financiamentos concedidos às cooperativas agropecuárias, nas quais são associados.
Do total de recursos desembolsados pelo BRDE em 2010, 33,3% foram destinados a empreendimentos instalados em áreas economicamente deprimidas, abrangidas pelo Programa de Sustentabilidade de Espaços Sub-regionais (PROMESO), do Ministério da Integração Nacional, somando cerca de R$ 617,0 milhões. Esses recursos beneficiaram empresas e produtores rurais de 292 municípios nos três Estados do Sul.
INADIMPLÊNCIA – O BRDE encerrou o ano de 2010 com a inadimplência em 2,3%, uma das mais baixas da história do banco. A taxa média, observada ao longo do ano, foi de 2,7% ao mês.