Três helicópteros, dezenas de viaturas e centenas de policiais militares estão reforçando o trabalho do governo do Estado e da comunidade para auxiliar as vítimas das chuvas ocorridas nos últimos dias no Litoral paranaense. O trabalho ocorre em meio a pontes, morros e casas danificadas, além de famílias desabrigadas. “Há muita dedicação, trabalho e muitos policiais voluntários nestas ações. Por isso o socorro público está sendo ininterrupto”, afirma o comandante-geral da PM, coronel Marcos Teodoro Scheremeta.
Nesta segunda-feira (14) os trabalhos se concentram em três focos específicos: um em Paranaguá (localização e distribuição de água potável para a cidade, caminhões-pipa e restabelecimento de postos de abastecimento); outro em Morretes, onde concentra-se o serviço de resgate das vítimas do Morro Alto e da Colônia Sambaqui, regiões que ainda possuem pessoas que precisam ser retiradas, assim como nas regiões de Morumbi e de Floresta; e o terceiro em Antonina.
“Estes trabalhos estão sendo realizados em um ponto mais acima, onde está a Colônia Morro Inglês, local em que vítimas ainda estão sendo retiradas”, segundo o porta-voz do 8° Grupamento do Corpo de Bombeiros, aspirante Tadeu Perpetuo Nunes Filho.
O terceiro foco de ação das equipes está em Antonina e serve para a sustentação e auxílio das vítimas retiradas das moradias próximas à fissura de 300 metros (encontrada na noite deste domingo). O buraco comprometeu 10 casas. Deste local, ainda no domingo, 399 pessoas foram retiradas.
O comandante do Grupamento Aéreo da PM (Graer), tenente-coronel Orlando Artur da Costa informa que as três aeronaves da PM estão sendo usadas nos trabalhos. “Vamos agora fazer o transporte de equipamentos da Sanepar para restabelecer o fornececimento de água em algumas regiões do Litoral”, explica. “Nos dedicamos a localizar pessoas ilhadas e isoladas e na sexta-feira conseguimos socorrer 25 pessoas; no sábado, 147, no domingo foram 32, e os trabalhos continuam”, informa o comandante do Graer.
O 9° Batalhão da PM também está com atuação constante nas buscas realizadas na região litorânea. “Fazemos o acompanhamento e a segurança nas cidades, principalmente nos locais de entrega de donativo e de água, conversando com a comunidade, cuidando das filas, evitando crises. Agimos mais fortemente com policiamento ostensivo preventivo, coibindo abusos e, apesar de não haver registros, prevenimos também saques em áreas comerciais e residenciais”, destaca ainda o comandante da unidade, tenente-coronel Flávio José Correia.
CAMINHONEIROS – Além do atendimento aos desabrigados, que está ocorrendo também em Antonina e Morretes, os caminhoneiros estão sendo apoiados pelos policiais militares do litoral. “Além do efetivo daqui, mais 70 policiais da Operação Viva o Verão estão prestando serviços voluntários na região. Viaturas da operação também continuaram no litoral para serem utilizadas”, revela Correia. O Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRV), por meio da 1ª Companhia, também está apoiando no restabelecimento das rodovias que cortam as áreas atingidas.
“Além das estradas, fazemos escoltas dos donativos até que eles cheguem ao destino”, informa o capitão Alexandre Dupas. Desde a última sexta-feira (11), quando houve quedas de barreiras nas rodovias que ligam o litoral e Curitiba, o BPRv, está sinalizando os locais interditados e orientando motoristas enquanto o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) faz a remoção de entulhos e barro das pistas, juntamente com técnicos e engenheiros.
Já o Batalhão de Polícia Ambiental (BPAmb) Força Verde, unidade especializada em áreas de mata, auxilia na localização e indicação de caminhos para as buscas. “Somos observadores, indicamos para as equipes onde há pessoas e como é possível chegar até o local”, informa o capitão Durval Tavares Junior, comandante da 1ª Companhia da Força Verde. Além disso, equipes da unidade, com viaturas 4x4 levam água e comida a locais onde é possível chegar por terra. “Também apoiamos na entrega de cestas básicas e outros suprimentos à Antonina e Morretes com barcos”, conta. A Força Verde também gerencia o local de recebimento de suprimentos e realiza o controle dos mesmos.
AÇAO INTEGRADA - O Corpo de Bombeiros (Guarda-vidas e Defesa Civil), policiais militares (9° Batalhão da PM, Polícia Ambiental e Polícia Rodoviária) e os integrantes do Grupamento Aéreo da Governadoria trabalharam sem cessar desde o início dos alertas no litoral, com escalas extras, voluntariado e aplicação diferenciada do efetivo. Graças a este trabalho é que até o momento foram resgatadas dezenas de pessoas, e milhares desalojadas e desabrigas foram localizadas e estão sendo auxiliadas.
Desde a madrugada de sexta-feira (11), mais precisamente às 4h, quando o primeiro alerta foi dado pela cidade de Morretes, informando sobre a possibilidade de alagamentos, o Corpo de Bombeiros entrou em ação. “A situação se agravou, e às 9h, quando 70% da área urbana da cidade já havia sido invadida por água proveniente do transbordo dos rios Marumby e Nhundiaquara”, disse o aspirante Nunes.
No início da tarde do mesmo dia era difícil saber quais bairros haviam sido atingidos, pois as informações coletadas pelas equipes de bombeiros ainda eram confusas, no entanto, 10 bairros foram identificados. A partir daí, os bombeiros receberam apoio de diversos órgãos como Marinha do Brasil, Guarda Municipal de Paranaguá, além do Batalhão de Policia Ambiental e Grupamento Aéreo da PM. “Os trabalhos de atendimentos às vítimas dos alagamentos passaram a ser feitos por terra, ar e água”, explica o aspirante.
Nesta primeira ação foram localizados, na região urbana, 680 desabrigados. As equipes foram compostas por 26 bombeiros militares, oito membros de órgãos de apoio, nove embarcações e oito viaturas. Depois deste momento já foram sendo identificadas outras regiões com problemas de alagamentos e destruição como Antonina, Paranaguá, Guaratuba e Floresta – esta última foi, segundo o Corpo de Bombeiros, quase 80% devastada e totalmente isolada.
O Distrito de Floresta foi arrastado pelas correntezas. “O que antes era uma pequena comunidade, agora está embaixo de escombros e muita lama. Estima-se que a região abrigava aproximadamente 300 pessoas, das quais 200 foram atingidas. Deste total, somou-se 160 desabrigadas e 160 desalojadas”, conta Nunes. “O Acesso com aeronave ao local também é complicado”, disse o Tenente-Coronel Artur. Somente no sábado, 147 pessoas foram resgatadas por helicóptero neste local.
O Corpo de Bombeiros encontrou sete pontos críticos de soterramento em Antonina. “Nestes locais foram realizadas atividades de resgate das vítimas, retirando as mesmas dos locais de risco, evacuando moradias, buscando soterrados e orientando moradores. Duas pessoas, um idoso e uma mulher, morreram soterrados nesta região. “Na operação na cidade de Antonina foram empregados 21 bombeiros nos dias 11 e 12 , com 10 viaturas e 9 embarcações, além de 14 membros de órgãos de apoio. Neste domingo (13) foram empregados 19 bombeiros, com 7 viaturas, além de helicópteros do Graer.
A cidade de Paranaguá foi atingida por alagamentos ainda na sexta-feira (11), deixando 75 famílias desalojadas. O Corpo de Bombeiros fez a retirada destas pessoas para uma região mais segura. Um cadeirante que ficou ilhado foi socorrido. Na cidade e na região de Colônias, exceto Floresta que pertence à Morretes e teve um trabalho específico, foram empregados 40 bombeiros, com 10 viaturas e 3 embarcações, além de 9 membros de órgãos de apoio, nos primeiros momentos”, descreve Nunes.
A cidade de Guaratuba já não precisou de intervenção neste domingo (13), e a situação crítica foi regularizada rapidamente nos dois dias anteriores. No sábado (12), o Corpo de Bombeiros orientou a população. Nas operações da cidade de Guaratuba foram empregados 21 bombeiros, com 2 viaturas e 4 embarcações, além de 5 membros de órgãos de apoio na sexta e sábado.
Nesta segunda-feira (14) os trabalhos se concentram em três focos específicos: um em Paranaguá (localização e distribuição de água potável para a cidade, caminhões-pipa e restabelecimento de postos de abastecimento); outro em Morretes, onde concentra-se o serviço de resgate das vítimas do Morro Alto e da Colônia Sambaqui, regiões que ainda possuem pessoas que precisam ser retiradas, assim como nas regiões de Morumbi e de Floresta; e o terceiro em Antonina.
“Estes trabalhos estão sendo realizados em um ponto mais acima, onde está a Colônia Morro Inglês, local em que vítimas ainda estão sendo retiradas”, segundo o porta-voz do 8° Grupamento do Corpo de Bombeiros, aspirante Tadeu Perpetuo Nunes Filho.
O terceiro foco de ação das equipes está em Antonina e serve para a sustentação e auxílio das vítimas retiradas das moradias próximas à fissura de 300 metros (encontrada na noite deste domingo). O buraco comprometeu 10 casas. Deste local, ainda no domingo, 399 pessoas foram retiradas.
O comandante do Grupamento Aéreo da PM (Graer), tenente-coronel Orlando Artur da Costa informa que as três aeronaves da PM estão sendo usadas nos trabalhos. “Vamos agora fazer o transporte de equipamentos da Sanepar para restabelecer o fornececimento de água em algumas regiões do Litoral”, explica. “Nos dedicamos a localizar pessoas ilhadas e isoladas e na sexta-feira conseguimos socorrer 25 pessoas; no sábado, 147, no domingo foram 32, e os trabalhos continuam”, informa o comandante do Graer.
O 9° Batalhão da PM também está com atuação constante nas buscas realizadas na região litorânea. “Fazemos o acompanhamento e a segurança nas cidades, principalmente nos locais de entrega de donativo e de água, conversando com a comunidade, cuidando das filas, evitando crises. Agimos mais fortemente com policiamento ostensivo preventivo, coibindo abusos e, apesar de não haver registros, prevenimos também saques em áreas comerciais e residenciais”, destaca ainda o comandante da unidade, tenente-coronel Flávio José Correia.
CAMINHONEIROS – Além do atendimento aos desabrigados, que está ocorrendo também em Antonina e Morretes, os caminhoneiros estão sendo apoiados pelos policiais militares do litoral. “Além do efetivo daqui, mais 70 policiais da Operação Viva o Verão estão prestando serviços voluntários na região. Viaturas da operação também continuaram no litoral para serem utilizadas”, revela Correia. O Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRV), por meio da 1ª Companhia, também está apoiando no restabelecimento das rodovias que cortam as áreas atingidas.
“Além das estradas, fazemos escoltas dos donativos até que eles cheguem ao destino”, informa o capitão Alexandre Dupas. Desde a última sexta-feira (11), quando houve quedas de barreiras nas rodovias que ligam o litoral e Curitiba, o BPRv, está sinalizando os locais interditados e orientando motoristas enquanto o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) faz a remoção de entulhos e barro das pistas, juntamente com técnicos e engenheiros.
Já o Batalhão de Polícia Ambiental (BPAmb) Força Verde, unidade especializada em áreas de mata, auxilia na localização e indicação de caminhos para as buscas. “Somos observadores, indicamos para as equipes onde há pessoas e como é possível chegar até o local”, informa o capitão Durval Tavares Junior, comandante da 1ª Companhia da Força Verde. Além disso, equipes da unidade, com viaturas 4x4 levam água e comida a locais onde é possível chegar por terra. “Também apoiamos na entrega de cestas básicas e outros suprimentos à Antonina e Morretes com barcos”, conta. A Força Verde também gerencia o local de recebimento de suprimentos e realiza o controle dos mesmos.
AÇAO INTEGRADA - O Corpo de Bombeiros (Guarda-vidas e Defesa Civil), policiais militares (9° Batalhão da PM, Polícia Ambiental e Polícia Rodoviária) e os integrantes do Grupamento Aéreo da Governadoria trabalharam sem cessar desde o início dos alertas no litoral, com escalas extras, voluntariado e aplicação diferenciada do efetivo. Graças a este trabalho é que até o momento foram resgatadas dezenas de pessoas, e milhares desalojadas e desabrigas foram localizadas e estão sendo auxiliadas.
Desde a madrugada de sexta-feira (11), mais precisamente às 4h, quando o primeiro alerta foi dado pela cidade de Morretes, informando sobre a possibilidade de alagamentos, o Corpo de Bombeiros entrou em ação. “A situação se agravou, e às 9h, quando 70% da área urbana da cidade já havia sido invadida por água proveniente do transbordo dos rios Marumby e Nhundiaquara”, disse o aspirante Nunes.
No início da tarde do mesmo dia era difícil saber quais bairros haviam sido atingidos, pois as informações coletadas pelas equipes de bombeiros ainda eram confusas, no entanto, 10 bairros foram identificados. A partir daí, os bombeiros receberam apoio de diversos órgãos como Marinha do Brasil, Guarda Municipal de Paranaguá, além do Batalhão de Policia Ambiental e Grupamento Aéreo da PM. “Os trabalhos de atendimentos às vítimas dos alagamentos passaram a ser feitos por terra, ar e água”, explica o aspirante.
Nesta primeira ação foram localizados, na região urbana, 680 desabrigados. As equipes foram compostas por 26 bombeiros militares, oito membros de órgãos de apoio, nove embarcações e oito viaturas. Depois deste momento já foram sendo identificadas outras regiões com problemas de alagamentos e destruição como Antonina, Paranaguá, Guaratuba e Floresta – esta última foi, segundo o Corpo de Bombeiros, quase 80% devastada e totalmente isolada.
O Distrito de Floresta foi arrastado pelas correntezas. “O que antes era uma pequena comunidade, agora está embaixo de escombros e muita lama. Estima-se que a região abrigava aproximadamente 300 pessoas, das quais 200 foram atingidas. Deste total, somou-se 160 desabrigadas e 160 desalojadas”, conta Nunes. “O Acesso com aeronave ao local também é complicado”, disse o Tenente-Coronel Artur. Somente no sábado, 147 pessoas foram resgatadas por helicóptero neste local.
O Corpo de Bombeiros encontrou sete pontos críticos de soterramento em Antonina. “Nestes locais foram realizadas atividades de resgate das vítimas, retirando as mesmas dos locais de risco, evacuando moradias, buscando soterrados e orientando moradores. Duas pessoas, um idoso e uma mulher, morreram soterrados nesta região. “Na operação na cidade de Antonina foram empregados 21 bombeiros nos dias 11 e 12 , com 10 viaturas e 9 embarcações, além de 14 membros de órgãos de apoio. Neste domingo (13) foram empregados 19 bombeiros, com 7 viaturas, além de helicópteros do Graer.
A cidade de Paranaguá foi atingida por alagamentos ainda na sexta-feira (11), deixando 75 famílias desalojadas. O Corpo de Bombeiros fez a retirada destas pessoas para uma região mais segura. Um cadeirante que ficou ilhado foi socorrido. Na cidade e na região de Colônias, exceto Floresta que pertence à Morretes e teve um trabalho específico, foram empregados 40 bombeiros, com 10 viaturas e 3 embarcações, além de 9 membros de órgãos de apoio, nos primeiros momentos”, descreve Nunes.
A cidade de Guaratuba já não precisou de intervenção neste domingo (13), e a situação crítica foi regularizada rapidamente nos dois dias anteriores. No sábado (12), o Corpo de Bombeiros orientou a população. Nas operações da cidade de Guaratuba foram empregados 21 bombeiros, com 2 viaturas e 4 embarcações, além de 5 membros de órgãos de apoio na sexta e sábado.