O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná deve crescer 1,9% de janeiro a outubro de 2012, em relação ao mesmo período de 2011. A variação equivale a quase o dobro da registrada no País, estimado em 1% pelo Banco Central, a partir de pesquisa com instituições de mercado.
A estimativa foi apresentada nesta terça-feira (18/12) pela diretoria do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), juntamente com outros dados sobre o comportamento da economia estadual neste ano. Em 2011, o PIB do Estado foi avaliado em R$ 242 bilhões.
Diante da conjuntura nacional, os números são considerados positivos pelo presidente do Ipardes, Gilmar Mendes Lourenço, mesmo levando em conta que o crescimento do PIB paranaense este ano ficou abaixo do registrado em 2011 (4%).
Segundo ele, a desaceleração deve-se à crise financeira internacional e à estiagem que atingiu o Estado no início do ano, gerando quebra de aproximadamente 20% na safra de verão. “O resultado do Estado surpreende, pois é praticamente o dobro da média nacional, num momento em que vivemos uma estagnação da economia mundial, principalmente nas grandes economias”, destacou Lourenço.
De acordo com ele, a perspectiva para os próximos anos é bastante positiva, graças principalmente ao Paraná Competitivo, programa de incentivos criado pelo Governo do Estado para fomentar a industrialização. “Alguns dos investimentos atraídos por meio do Paraná Competitivo começam a se transformar em produção efetiva. Mas a fase mais rica do programa será o biênio de 2013/2014, quando as empresas começarem a produzir efetivamente no Estado”, afirmou.
O Paraná Competitivo atraiu, desde 2011, R$ 21 bilhões de investimentos para o Estado. “É inevitável que o Paraná apresente taxas de crescimento bem acima da média brasileira nos próximos anos”, destacou Lourenço.
INDÚSTRIA – O presidente do Ipardes lembra que a produção industrial no Paraná caiu 1,3% de janeiro a outubro, em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo assim, a redução é a menor entre os estados do Sul (em Santa Catarina, queda foi de 2,9% e no Rio Grande do Sul, de 3,6%) e abaixo da média nacional (-2,9%).
“Esta queda é o que chamamos de efeito de base de comparação aquecida, ou seja, a produção caiu porque o Estado produziu demais em 2011”, explicou o presidente do Ipardes. “O Paraná não é uma ilha, muito menos o setor industrial, e, mais cedo ou mais tarde, este setor tenderia a acompanhar o declínio do país.”
EMPREGO – Mesmo com queda na produção, o Paraná foi o estado que apresentou a maior taxa de geração de empregos na indústria, com crescimento de 2,5%, de janeiro a outubro. Desse total, 13,2% foram criados na RMC e 86,8% no interior.
“A região metropolitana concentra empregos na área de metalmecânica, indústria mais pesada, enquanto o interior tem a indústria mais voltada para as áreas de alimentos, móveis e madeira. São perfis de empregos diferentes. No contexto atual do Brasil, a indústria mais pesada tem sofrido mais para crescer”, explicou o diretor de estatísticas do Ipardes, Daniel Nojima.
A indústria paranaense também teve este ano o melhor desempenho do País no que diz respeito aos salários pagos. A folha de pagamento do setor aumentou 8,5% de janeiro a outubro, enquanto a média nacional foi de 3,2%. “O Paraná vem se destacando na geração de emprego e pagando mais. Isso reflete o dinamismo e o potencial de nossas indústrias”, disse Lourenço.
Considerando todos os setores, o Estado gerou cerca de 112 mil empregos formais até outubro. Desse total, 73,1% foram no interior, com destaque para a região Noroeste. O setor de serviços foi o que mais empregou (39,5%), seguido de indústria (26,2%), comércio (19,9%), construção civil (9,6%) e agropecuária (4,9%).
COMÉRCIO – O volume de vendas do comércio varejista paranaense cresceu este ano. No acumulado de janeiro a outubro, o setor registrou alta de 10,1%, o segundo melhor desempenho do País, atrás apenas de São Paulo (10,3%). De acordo com Lourenço, este crescimento é decorrente dos melhores salários pagos aos trabalhadores.
DESEMPREGO – A taxa de desemprego registrada neste ano na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) foi a menor entre as sete regiões metropolitanas – Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo – pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A média entre todas as regiões pesquisadas foi de 5,7% de aumento no número de desempregados, enquanto a RMC teve acréscimo de 3,7%. Na mesma linha, o salário médio pago na RMC é o melhor entre todas as pesquisadas, R$ 1.915,00.
EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO – A equipe do Ipardes também apresentou dados sobre comércio exterior. De janeiro a outubro, o Paraná exportou o equivalente a U$ 16,5 bilhões – U$ 500 milhões a mais que no mesmo período do ano passado. Os principais responsáveis por esse aumento foram combustíveis, caminhões, madeira e cereais.
As importações feitas pelo Paraná chegaram a U$ 18 bilhões em novembro. “As importações crescem num ritmo maior que as exportações porque têm uma relação direta com o avanço da industrialização do Paraná. Uma economia que está em processo de transformação, sofisticação e diversificação tende a importar mais”, explicou Lourenço.
A estimativa foi apresentada nesta terça-feira (18/12) pela diretoria do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), juntamente com outros dados sobre o comportamento da economia estadual neste ano. Em 2011, o PIB do Estado foi avaliado em R$ 242 bilhões.
Diante da conjuntura nacional, os números são considerados positivos pelo presidente do Ipardes, Gilmar Mendes Lourenço, mesmo levando em conta que o crescimento do PIB paranaense este ano ficou abaixo do registrado em 2011 (4%).
Segundo ele, a desaceleração deve-se à crise financeira internacional e à estiagem que atingiu o Estado no início do ano, gerando quebra de aproximadamente 20% na safra de verão. “O resultado do Estado surpreende, pois é praticamente o dobro da média nacional, num momento em que vivemos uma estagnação da economia mundial, principalmente nas grandes economias”, destacou Lourenço.
De acordo com ele, a perspectiva para os próximos anos é bastante positiva, graças principalmente ao Paraná Competitivo, programa de incentivos criado pelo Governo do Estado para fomentar a industrialização. “Alguns dos investimentos atraídos por meio do Paraná Competitivo começam a se transformar em produção efetiva. Mas a fase mais rica do programa será o biênio de 2013/2014, quando as empresas começarem a produzir efetivamente no Estado”, afirmou.
O Paraná Competitivo atraiu, desde 2011, R$ 21 bilhões de investimentos para o Estado. “É inevitável que o Paraná apresente taxas de crescimento bem acima da média brasileira nos próximos anos”, destacou Lourenço.
INDÚSTRIA – O presidente do Ipardes lembra que a produção industrial no Paraná caiu 1,3% de janeiro a outubro, em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo assim, a redução é a menor entre os estados do Sul (em Santa Catarina, queda foi de 2,9% e no Rio Grande do Sul, de 3,6%) e abaixo da média nacional (-2,9%).
“Esta queda é o que chamamos de efeito de base de comparação aquecida, ou seja, a produção caiu porque o Estado produziu demais em 2011”, explicou o presidente do Ipardes. “O Paraná não é uma ilha, muito menos o setor industrial, e, mais cedo ou mais tarde, este setor tenderia a acompanhar o declínio do país.”
EMPREGO – Mesmo com queda na produção, o Paraná foi o estado que apresentou a maior taxa de geração de empregos na indústria, com crescimento de 2,5%, de janeiro a outubro. Desse total, 13,2% foram criados na RMC e 86,8% no interior.
“A região metropolitana concentra empregos na área de metalmecânica, indústria mais pesada, enquanto o interior tem a indústria mais voltada para as áreas de alimentos, móveis e madeira. São perfis de empregos diferentes. No contexto atual do Brasil, a indústria mais pesada tem sofrido mais para crescer”, explicou o diretor de estatísticas do Ipardes, Daniel Nojima.
A indústria paranaense também teve este ano o melhor desempenho do País no que diz respeito aos salários pagos. A folha de pagamento do setor aumentou 8,5% de janeiro a outubro, enquanto a média nacional foi de 3,2%. “O Paraná vem se destacando na geração de emprego e pagando mais. Isso reflete o dinamismo e o potencial de nossas indústrias”, disse Lourenço.
Considerando todos os setores, o Estado gerou cerca de 112 mil empregos formais até outubro. Desse total, 73,1% foram no interior, com destaque para a região Noroeste. O setor de serviços foi o que mais empregou (39,5%), seguido de indústria (26,2%), comércio (19,9%), construção civil (9,6%) e agropecuária (4,9%).
COMÉRCIO – O volume de vendas do comércio varejista paranaense cresceu este ano. No acumulado de janeiro a outubro, o setor registrou alta de 10,1%, o segundo melhor desempenho do País, atrás apenas de São Paulo (10,3%). De acordo com Lourenço, este crescimento é decorrente dos melhores salários pagos aos trabalhadores.
DESEMPREGO – A taxa de desemprego registrada neste ano na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) foi a menor entre as sete regiões metropolitanas – Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo – pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A média entre todas as regiões pesquisadas foi de 5,7% de aumento no número de desempregados, enquanto a RMC teve acréscimo de 3,7%. Na mesma linha, o salário médio pago na RMC é o melhor entre todas as pesquisadas, R$ 1.915,00.
EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO – A equipe do Ipardes também apresentou dados sobre comércio exterior. De janeiro a outubro, o Paraná exportou o equivalente a U$ 16,5 bilhões – U$ 500 milhões a mais que no mesmo período do ano passado. Os principais responsáveis por esse aumento foram combustíveis, caminhões, madeira e cereais.
As importações feitas pelo Paraná chegaram a U$ 18 bilhões em novembro. “As importações crescem num ritmo maior que as exportações porque têm uma relação direta com o avanço da industrialização do Paraná. Uma economia que está em processo de transformação, sofisticação e diversificação tende a importar mais”, explicou Lourenço.