Policiais civis e militares prenderam, na capital e em 60 cidades do interior, 296 suspeitos, principalmente por tráfico, e apreenderam drogas, armas e munições, durante a Operação Liberdade, que começou no fim de semana e foi encerrada nesta quarta-feira (31). O balanço foi divulgado em Maringá pelo secretário de Estado da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César. “Esta ação será desenvolvida regularmente, no combate sem tréguas ao tráfico de drogas, para libertar a população do medo”, afirmou.
A operação foi precedida de quatro meses de investigação, conduzidas por delegacias de Curitiba e 20 subdivisões policiais no interior. Nas ações, foram apreendidos 271 quilos de maconha e 31,5 quilos de crack, além de armas, munições e veículos. O delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius Michelotto, disse que essa é uma forma de combater a violência de maneira integrada e eficaz, já que o comércio de drogas está por trás de outros crimes, como roubos e homicídios.
Segundo o delegado da Divisão Policial do Interior, Julio Cezar dos Reis, o objetivo de operações dessa modalidade, com o fechamento em datas coincidentes, é identificar fornecedores de drogas e armas que possam estar abastecendo vários grupos de distribuidores em diferentes regiões do Estado. “A troca de informações entre as subdivisões foi fundamental para que os policiais chegassem a um número tão significativo de prisões”, disse.
Em Curitiba, a ação contou com apoio da Guarda Municipal. Foram presas 19 pessoas, nos bairros Ganchinho, Sítio Cercado e Pinheirinho, e apreendidos cerca de 1,5 quilo de crack, além de pequenas porções de maconha e cocaína, três armas de fogo, uma moto e um carro roubados, 32 caixas de cigarro contrabandeado e 6.500 DVDs e CDs piratas.
O delegado Valmir Soccio, da Divisão Policial da Capital, explicou que a participação da população, com denúncias anônimas, foi essencial para a identificação de suspeitos.
DENARC – As informações colhidas durante a operação serão compiladas e colocadas à disposição da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc). O material servirá como base para investigações futuras, identificação e prisões de fornecedores da região de fronteira. Os trabalhos contaram com apoio efetivo da Denarc e colaboração da Polícia Militar nos cumprimentos de mandados de prisão.
Para o secretário, o resultado da operação reflete o trabalho exemplar das polícias Civil e Militar na Operação Liberdade e nas ações diárias em prol da segurança pública. “O mérito é todo dos policiais, que se desdobram para trabalhar contra o crime diariamente, mesmo com poucos recursos e infraestrutura”, ressaltou.
A Operação Liberdade foi executada pela primeira vez em abril, para combater o tráfico no centro de Curitiba e, de acordo com Almeida César, a partir de agora será permanente, em todas as regiões do Paraná.
FRONTEIRA – As ações de segurança serão intensificadas na fronteira do Estado, especialmente nos 19 municípios que fazem divisa com outros países. O governador Beto Richa e o ministro da Defesa, Celso Amorim, estão avançando na parceria que vai integrar as Polícias Federal e Rodoviária Federal e Forças Armadas com as ações das polícias paranaenses. “Vamos formar um cinturão para prevenir que drogas, armas e contrabando entrem no Estado e comprometam a segurança da população”, explicou Almeida Cesar.
Operação Liberdade prende 296 suspeitos em 60 cidades paranaenses
Iniciada no fim de semana e encerrada nesta quarta-feira (31), a operação envolveu policiais civis e militares e resultou também na apreensão de drogas, armas e munições
Publicação
31/08/2011 - 13:00
31/08/2011 - 13:00
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