Oficinas reúnem propostas
para a saúde pública

Medicamentos específicos para jovens portadores do HIV e alteração na lógica de financiamento foram discutidos na Conferência Estadual de Saúde
Publicação
18/10/2011 - 13:00
Editoria

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Estudos para medicamentos específicos para crianças e adolescentes portadores do vírus da aids e mudança no financiamento da saúde foram duas das propostas definidas no primeiro dia da Conferência Estadual de Saúde. Cerca de mil participantes debateram assuntos da área em 10 oficinas temáticas, como o fortalecimento da política de saúde do trabalhador, garantia dos direitos sexuais e reprodutivos, a equidade no acesso aos SUS de pessoas com deficiência, idosos e população negra.
As oficinas foram realizadas na tarde de segunda-feira (17), antes da abertura oficial da Conferência. Ao final de cada oficina, os participantes, que representam os segmentos gestores, prestadores, trabalhadores e usuários do Sistema Único de Saúde, definiram três propostas para serem apresentadas na plenária final programada para esta quarta-feira (19).
“As principais políticas públicas de saúde foram construídas a partir de debates e discussões realizados nas últimas conferências. Estão representados aqueles que acreditam e que lutam por políticas públicas construídas com a participação de todos os segmentos”, afirmou a presidente do Conselho Estadual de Saúde, Rosita Wilner, que representa os prestadores.
AVANÇOS – A proposta para medicamento específico para jovens no tratamento da aids foi definida na oficina DST/HIV/Aids/Hepatites Virais: Financiamento e Controle Social. “Ainda não existem comprovações científicas nesta área”, explicou a delegada, representante dos usuários, Sirlene Cândido.
Na oficina Termo de Compromisso de Gestão: Responsabilidade dos Gestores, as três propostas foram condensadas na que defende a inversão da lógica do financiamento da saúde, que hoje é feito por procedimentos. “Queremos que ele passe a ser feito por linhas de cuidado, que inclui o tratamento integral do paciente”, enfatizou Marina Martins presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Consems – PR), representante dos gestores. Marina é secretária de Saúde de Terra Boa. Também participou desta oficina o promotor do Ministério Público, Marco Antonio Teixeira.
Na oficina sobre o uso da comunicação para o fortalecimento do controle social, foi proposta a realização de oficinas de comunicação nos Conselhos Municipais de Saúde. “É pelo conselheiro que a população recebe as informações e conhece seus direitos e deveres”, explicou a representante dos trabalhadores, Maria Marlene Pszedimirski, da Secretaria Municipal de Saúde de Rebouças. O coordenador dos trabalhos, Clóvis Boufler, da Pastoral da Criança e membro do Conselho Nacional de Saúde, publicou no Facebook, em tempo real, fotos e vídeos da oficina. “Nosso objetivo foi mostrar aos participantes as novas ferramentas de comunicação que podem ser utilizadas por qualquer pessoa e que favorecem a mobilização social”, disse Boufler.

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