O governador Beto Richa e o embaixador do Japão no Brasil, Kunio Umeda, abriram oficialmente nesta quinta-feira (12), no Palácio Iguaçu, em Curitiba, as comemorações dos 120 anos do Estabelecimento das Relações Diplomáticas entre o Brasil e o Japão. A solenidade foi marcada por cultura e tradição japonesa, como a quebra de um barril de saquê, apresentação dos tambores e a cerimônia do chá. A embaixada japonesa ofereceu um coquetel.
Participaram a vice-governadora Cida Borghetti; a embaixatriz Keiko Umeda; a secretária do Trabalho e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa; o cônsul-geral do Japão no Paraná, Toshio Ikeda, e a consulesa Akemi Ikeda; o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano, o diretor-presidente da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), Satoshi Murosawa.
“Os japoneses tiveram um papel primordial no desenvolvimento do Paraná, especialmente em economia e cultura. O mais admirável de tudo é o laço cultural que nos une, em todos os sentidos, desde a gastronomia, tecnologia, costumes e na economia. Esse forte laço de amizade e de solidariedade acaba sendo tão importante quanto as contribuições na própria economia”, afirmou Richa.
“A relação entre os dois países tem sido muito importante para o desenvolvimento das nações”, afirmou o embaixador do Kunio Umeda. “Temos um grande respeito pelos brasileiros. Queremos, com essas comemorações, simbolizar o quão profundo são os laços entre o Brasil e o Japão”, afirmou.
O Governo do Paraná e a Embaixada Japonesa promoverão durante o ano uma série de eventos culturais, em diversas cidades paranaenses.
NO PARANÁ - Além dos 120 anos de amizade entre os dois países, o ano de 2015 também marca o centenário da colonização japonesa no Paraná e os 45 anos de irmandade entre o Estado do Paraná e a Província de Hyogo.
O Brasil é o país com a maior população de origem nipônica fora do Japão com 1,5 milhão de pessoas, sendo que 10% estão no Paraná. Só Curitiba abriga 32 mil descendentes de japoneses, a segunda maior colônia no País, atrás apenas da cidade de São Paulo.
O Norte do Paraná tem um dos maiores núcleos de japoneses e seus descendentes, com mais de cem mil pessoas. O Japão, por sua vez, acolhe a terceira maior comunidade de brasileiros no exterior com mais de 175 mil pessoas.
SOLIDARIEDADE - Richa destacou algumas ações que contribuiram para reforçar a amizade. Ele mencionou o Jogo da Solidariedade, realizado em 2011, em Curitiba, para ajudar as vítimas do terremoto e tsunami no Japão. “Foi algo extraordinário e recebemos a gratidão dos irmãos japoneses.
Em 2005, como prefeito de Curitiba, Richa integrou uma missão organizada pela Câmara de Comércio Brasil-Japão, que visitou o Japão. Ele recebeu o título de Cidadão Honorário de Himeji, cidade-irmã de Curitiba, assim como uma Medalha de Honra ao Mérito. Na gestão de Richa na prefeitura foi iniciada a construção do Parque da Imigração Japonesa.
INVESTIMENTOS - A presença de empresas japonesas no Paraná dobrou nos últimos cinco anos. Segundo informações da Câmara do Comércio e Indústria Brasil–Japão do Paraná, em 2009 o Estado tinha 11 fábricas e já em 2014 somavam 22 empreendimentos. “A expectativa é que, nos próximos três anos, possamos dobrar mais uma vez o número de empresas nipônicas instaladas no Paraná, colaborando decisivamente para nosso desenvolvimento socioeconômico”, disse Richa.
EMPRESÁRIOS – A comitiva do embaixador Umeda inclui um grupo de 20 empresários que desejam investir no Paraná e que discutirão com o governadorparcerias para viabilizar esses investimentos. “Queremos ampliar as parcerias econômicas com o Paraná. Já temos muitas empresas japonesas em solo paranaense, criando empregos”, afirmou Umeda.
A relação comercial entre o Japão e o Brasil é bastante igualitária no que se refere a valores. De acordo com dados de 2012, da embaixada japonesa, o Brasil exportou US$ 7,96 bilhões para o Japão e importou US$ 7,73 bilhões em produtos japoneses.
TRATADO COMERCIAL - O Tratado de Comércio e Navegação entre a então República dos Estados Unidos do Brasil e o Império do Japão foi assinado há 120 anos, na França, no dia 5 de novembro de 1895, pelos ministros Plenipotenciários do Brasil, Gabriel de Toledo Piza e Almeida, e do Japão, Arasuke Sonoe. Foi o início das relações diplomáticas e a amizade entre os dois países.
Durante o evento, apresentado o cronograma para este ano comemorativo, com shows, teatro, concertos e duas feiras tecnológicas já previstas, uma em Curitiba e outra no interior do Estado.
Para o presidente da Comissão Organizadora Nikkei do Paraná, Jorge Yamawaki, esses eventos culturais irão aproximar ainda mais os dois países. “Queremos transpor as distâncias e as barreiras culturais para fortalecer e unir o Brasil e o Japão”, afirmou.
PRIMEIROS IMIGRANTES CHEGARAM
EM 1908, NO KASATO MARU (BOX)
Os primeiros japoneses chegaram ao Brasil em 1908, no navio Kasato Maru. Em quase dois meses de viagem, 781 pessoas, saídas do Porto de Kobe, chegaram ao Porto de Santos, em São Paulo. Esses imigrantes foram trabalhar em cafezais do Oeste de São Paulo.
Já na década de 30 o Brasil abrigava a maior população de japoneses fora do Japão. Muitos imigrantes japoneses continuaram a chegar durante e depois deste período, uma boa parte deles atraída pelos parentes bem sucedidos que já tinham emigrado.
O cônsul-geral do Japão no Paraná, Toshio Ikeda, disse que Paraná e Japão construiram a boa relação. “Queremos aumentar o intercambio cultural com o Paraná, porque temos uma ligação importante com essa terra. Os japoneses sempre foram muito bem aceitos aqui”, afirmou.
Foi em 1915 que a colonização japonesa no estado tomou força, quando duas famílias imigrantes chegaram a uma fazenda do Norte Pioneiro. Hoje, o Paraná tem descendentes de japoneses por todo o Estado, principalmente Curitiba, Londrina, Maringá, Rolândia, Assaí e Umuarama. O Convênio de Cooperação e Amizade entre Paraná e Hyogo foi assinado em 1975.
PRESENÇAS - A solenidade teve a presença, também, dos deputados federais Luiz Nishimori e Hidekazu Takayama, além de prefeitos, cônsules e secretários de Estado
Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em:
www.pr.gov.br e www.facebook.com/governopr
Participaram a vice-governadora Cida Borghetti; a embaixatriz Keiko Umeda; a secretária do Trabalho e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa; o cônsul-geral do Japão no Paraná, Toshio Ikeda, e a consulesa Akemi Ikeda; o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano, o diretor-presidente da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), Satoshi Murosawa.
“Os japoneses tiveram um papel primordial no desenvolvimento do Paraná, especialmente em economia e cultura. O mais admirável de tudo é o laço cultural que nos une, em todos os sentidos, desde a gastronomia, tecnologia, costumes e na economia. Esse forte laço de amizade e de solidariedade acaba sendo tão importante quanto as contribuições na própria economia”, afirmou Richa.
“A relação entre os dois países tem sido muito importante para o desenvolvimento das nações”, afirmou o embaixador do Kunio Umeda. “Temos um grande respeito pelos brasileiros. Queremos, com essas comemorações, simbolizar o quão profundo são os laços entre o Brasil e o Japão”, afirmou.
O Governo do Paraná e a Embaixada Japonesa promoverão durante o ano uma série de eventos culturais, em diversas cidades paranaenses.
NO PARANÁ - Além dos 120 anos de amizade entre os dois países, o ano de 2015 também marca o centenário da colonização japonesa no Paraná e os 45 anos de irmandade entre o Estado do Paraná e a Província de Hyogo.
O Brasil é o país com a maior população de origem nipônica fora do Japão com 1,5 milhão de pessoas, sendo que 10% estão no Paraná. Só Curitiba abriga 32 mil descendentes de japoneses, a segunda maior colônia no País, atrás apenas da cidade de São Paulo.
O Norte do Paraná tem um dos maiores núcleos de japoneses e seus descendentes, com mais de cem mil pessoas. O Japão, por sua vez, acolhe a terceira maior comunidade de brasileiros no exterior com mais de 175 mil pessoas.
SOLIDARIEDADE - Richa destacou algumas ações que contribuiram para reforçar a amizade. Ele mencionou o Jogo da Solidariedade, realizado em 2011, em Curitiba, para ajudar as vítimas do terremoto e tsunami no Japão. “Foi algo extraordinário e recebemos a gratidão dos irmãos japoneses.
Em 2005, como prefeito de Curitiba, Richa integrou uma missão organizada pela Câmara de Comércio Brasil-Japão, que visitou o Japão. Ele recebeu o título de Cidadão Honorário de Himeji, cidade-irmã de Curitiba, assim como uma Medalha de Honra ao Mérito. Na gestão de Richa na prefeitura foi iniciada a construção do Parque da Imigração Japonesa.
INVESTIMENTOS - A presença de empresas japonesas no Paraná dobrou nos últimos cinco anos. Segundo informações da Câmara do Comércio e Indústria Brasil–Japão do Paraná, em 2009 o Estado tinha 11 fábricas e já em 2014 somavam 22 empreendimentos. “A expectativa é que, nos próximos três anos, possamos dobrar mais uma vez o número de empresas nipônicas instaladas no Paraná, colaborando decisivamente para nosso desenvolvimento socioeconômico”, disse Richa.
EMPRESÁRIOS – A comitiva do embaixador Umeda inclui um grupo de 20 empresários que desejam investir no Paraná e que discutirão com o governadorparcerias para viabilizar esses investimentos. “Queremos ampliar as parcerias econômicas com o Paraná. Já temos muitas empresas japonesas em solo paranaense, criando empregos”, afirmou Umeda.
A relação comercial entre o Japão e o Brasil é bastante igualitária no que se refere a valores. De acordo com dados de 2012, da embaixada japonesa, o Brasil exportou US$ 7,96 bilhões para o Japão e importou US$ 7,73 bilhões em produtos japoneses.
TRATADO COMERCIAL - O Tratado de Comércio e Navegação entre a então República dos Estados Unidos do Brasil e o Império do Japão foi assinado há 120 anos, na França, no dia 5 de novembro de 1895, pelos ministros Plenipotenciários do Brasil, Gabriel de Toledo Piza e Almeida, e do Japão, Arasuke Sonoe. Foi o início das relações diplomáticas e a amizade entre os dois países.
Durante o evento, apresentado o cronograma para este ano comemorativo, com shows, teatro, concertos e duas feiras tecnológicas já previstas, uma em Curitiba e outra no interior do Estado.
Para o presidente da Comissão Organizadora Nikkei do Paraná, Jorge Yamawaki, esses eventos culturais irão aproximar ainda mais os dois países. “Queremos transpor as distâncias e as barreiras culturais para fortalecer e unir o Brasil e o Japão”, afirmou.
PRIMEIROS IMIGRANTES CHEGARAM
EM 1908, NO KASATO MARU (BOX)
Os primeiros japoneses chegaram ao Brasil em 1908, no navio Kasato Maru. Em quase dois meses de viagem, 781 pessoas, saídas do Porto de Kobe, chegaram ao Porto de Santos, em São Paulo. Esses imigrantes foram trabalhar em cafezais do Oeste de São Paulo.
Já na década de 30 o Brasil abrigava a maior população de japoneses fora do Japão. Muitos imigrantes japoneses continuaram a chegar durante e depois deste período, uma boa parte deles atraída pelos parentes bem sucedidos que já tinham emigrado.
O cônsul-geral do Japão no Paraná, Toshio Ikeda, disse que Paraná e Japão construiram a boa relação. “Queremos aumentar o intercambio cultural com o Paraná, porque temos uma ligação importante com essa terra. Os japoneses sempre foram muito bem aceitos aqui”, afirmou.
Foi em 1915 que a colonização japonesa no estado tomou força, quando duas famílias imigrantes chegaram a uma fazenda do Norte Pioneiro. Hoje, o Paraná tem descendentes de japoneses por todo o Estado, principalmente Curitiba, Londrina, Maringá, Rolândia, Assaí e Umuarama. O Convênio de Cooperação e Amizade entre Paraná e Hyogo foi assinado em 1975.
PRESENÇAS - A solenidade teve a presença, também, dos deputados federais Luiz Nishimori e Hidekazu Takayama, além de prefeitos, cônsules e secretários de Estado
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