O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) de Curitiba montará uma força-tarefa para zerar o número de inquéritos policiais antigos na unidade que investiga violação de direitos de crianças e adolescentes, como crime sexual ou violência doméstica. A iniciativa terá o suporte da promotoria da Vara de Infrações Penais contra Crianças, Infância e Juventude.
A ação foi definida em reunião da governadora em exercício Cida Borghetti com o delegado geral da Polícia Civil, Julio Reis, a promotora do Ministério Público Tarsila Teixeira; a chefe da divisão de Polícia Especializada, Maritza Haisi, e a delegada Monica Meister, do Nucria.
Segundo a governadora em exercício, a iniciativa é um projeto-piloto que pode ser levado para outras cidades.“Um trabalho em conjunto para proteger as nossas crianças. Precisamos tratar como questão prioritária e dar celeridade aos processos antigos para aumentar a eficiência do trabalho das nossas forças policiais”, disse Cida.
Levantamentos apontam que há cerca de 2 mil inquéritos antigos em trâmite no Nucria em Curitiba. A delegada Maritza Maira Haisi apresentou um plano de trabalho para zerar os inquéritos em 12 meses.
“A força-tarefa envolve a princípio os servidores do próprio núcleo. Vamos utilizar todos os servidores que atuam na área administrativa para trabalharmos de forma mais intensa nesses inquéritos. A nossa pretensão é que em 12 meses a gente consiga concluir esses processos”, explicou.
A promotora da Vara de Infrações Penais contra Crianças, Infância e Juventude, Tarsila Teixeira, destacou que o Ministério Público atuará em conjunto com o Governo do Estado para estabelecer estratégias distintas para vencer o passivo e trabalhar com inquéritos atuais.
“O Governo do Estado está demonstrando toda a vontade em ajudar. Da parte do Ministério Público nós já vínhamos contribuindo com a Polícia Civil com ações para que os processos andem e se concluam, e não fiquem naquele vai e vem entre Justiça e delegacia”, disse.
“Hoje nos prontificamos em participar de estratégias distintas, criar algumas dinâmicas diferenciadas para vencer esse passivo e trabalhar com crimes da atualidade”, completou a promotora Tarsila.