Municípios mostram experiências
sobre metodologia de trabalho

Projeto de Dimensionamento da Força de Trabalho na atenção básica de saúde visa capacitar e implantar nas unidades dos municípios metodologia que otimize o trabalho das equipes. O Paraná é um dos primeiros estados escolhidos pelo Ministério da Saúde para participar da iniciativa. Pinhais, Tapejara, Astorga e Maringá apresentaram os primeiros resultados
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20/06/2018 - 10:40
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Gestores e equipes da saúde dos municípios de Pinhais, Tapejara, Astorga e Maringá, apresentaram os primeiros resultados da implantação do Projeto de Dimensionamento da Força de Trabalho na atenção básica de saúde. O Paraná é um dos primeiros estados escolhidos pelo Ministério da Saúde para participar da iniciativa, junto com Amapá, Espírito Santo e Goiás.

O projeto visa capacitar e implantar nas unidades de saúde dos municípios uma metodologia que otimize o trabalho das equipes. A ideia é analisar o fluxo de atividades das unidades, considerando aspectos quantitativos e qualitativos. No Paraná, a implantação do projeto-piloto nos municípios de Pinhais, pertencente à 2ª Regional de Saúde – Região Metropolitana de Curitiba; Tapejara, da 13ª Regional – Cianorte; e Astorga e Maringá, da 15ª Regional – Maringá, começou com a capacitação dos gestores por meio de três oficinas presenciais sobre o uso da ferramenta.

Segundo o superintendente de Atenção à Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde, Juliano Gevaerd, o dimensionamento da força de trabalho é uma ferramenta importante no planejamento em saúde pública, podendo ser adaptada à realidade de cada município e unidade de saúde.

“Quando incorporamos uma metodologia que permite dimensionar a capacidade de trabalho dos profissionais com as demandas das unidades estamos certamente avançando em direção a uma gestão mais eficiente”, disse Gevaerd.

APLICAÇÃO – A implantação do dimensionamento da força de trabalho na saúde pública começa com a análise das características de cada unidade de atendimento primário, levando em conta informações como número de funcionários, capacidade de trabalho das equipes, demandas e perfil da população atendida.

De posse dos dados, é possível orientar melhor a gestão do trabalho nas unidades, buscando melhorar o atendimento à população e ao mesmo tempo evitar a sobrecarga dos servidores, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos e equipes administrativas.

Além do impacto na gestão de saúde dos municípios, o dimensionamento tem influência direta na atuação dos profissionais das unidades de atendimento, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos e equipes administrativas.

Um exemplo é o do médico da Saúde da Família Augusto André Marcomini, do município de Pinhais. Ele diz que o dimensionamento permite planejar melhor o fluxo de trabalho diário. “Ficou mais fácil visualizar onde havia falhas. O trabalho passa a render melhor em todos os sentidos e assim atendemos melhor a população sem nos desgastar tanto. Com o dimensionamento, podemos melhorar a cobertura das demandas dos pacientes, mantendo a saúde dos trabalhadores da saúde”, afirma.

Em Astorga, no Norte do Paraná, a secretária de Saúde do município, Caroline Padanoschi, diz que um dos primeiros resultados da implantação do dimensionamento da força de trabalho foi o entendimento mais amplo da realidade de cada uma das oito unidades de atenção primária do município. “Conseguimos entender que com as equipes que temos podemos otimizar a dinâmica de trabalho na saúde e melhorar ainda mais o nível de atendimento na atenção primária. Nossa expectativa de melhoria é grande”, diz a secretária.

 

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