O governador Beto Richa afirmou nesta quarta-feira (11), na abertura do 88º Congresso Nacional da Indústria da Construção (Enic), em Foz do Iguaçu, que a mudança pela qual passa o Brasil neste momento é imprescindível e necessária para a retomada do crescimento econômico e da estabilidade política e institucional.
“Temos um longo caminho a percorrer, com percalços e obstáculos. Mas talvez seja o começo do fim dos equívocos, omissões, crimes e leviandades que solaparam o País, ao ponto de arrastá-lo à maior recessão das últimas décadas”, afirmou o governador, para as mais de 2 mil pessoas que participam do evento.
Realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e organizado pelo Sinduscon Paraná/Oeste, o congresso tem como tema central “O Futuro Nós Construímos”. O governador lembrou que o setor enfrenta, no atual contexto, um cenário de desafios, talvez até mais complexos que os demais segmentos da economia. “A construção opera como uma espécie de termômetro avançado da atividade econômica. Quando a economia brasileira cresce, a construção dispara. Mas na retração, sofre fortemente estes efeitos”, disse ele.
Entre 2007 e 2011, quando o PIB brasileiro cresceu a uma média anual de 4%, a construção cresceu mais de 8% ao ano. Com o acirramento da crise, sofreu forte desaquecimento, com retração de 0,9% em 2014 e de 7,6% no ano passado, de acordo com os indicadores do IBGE.
O presidente da CBIC, José Carlos Martins, destacou que o setor necessita de um clima de confiança para continuar investindo. “Esperamos que após este momento trágico que passamos, iremos recuperar a confiança e os investimentos para que a nossa atividade volte ao normal”, disse. “O setor se encontra hoje em uma situação muito difícil, com a perda de 670 mil empregos desde o início da crise. Quando há retração nos investimentos, a vida das pessoas fica prejudicada”, declarou Martins.
CONFIANÇA – Para o governador, essa assimetria está associada a um fenômeno determinante na economia, que é a confiança. Quando confiantes, disse ele, os consumidores abraçam projetos que fazem a diferença para uma vida inteira, como é o caso da casa própria ou a abertura de um negócio, e as empresas são mais ousadas nos investimentos. Os governos, encorajados pela melhoria da arrecadação, investem na modernização da infraestrutura de transporte e logística.
“A eventual mudança em Brasília abre esta perspectiva, de restaurar a tão necessária confiança, que vai se fortalecer se o governo arrumar a casa e iniciar reformas que são inadiáveis”, afirmou Richa. “Esperamos que o novo governo ajuste as contas federais, acabe com as incertezas que agitam a vida nacional e restabeleça o clima de segurança jurídica necessário ao desenvolvimento do País”, disse o governador.
O presidente do Sinduscon Paraná/Oeste, Edson José de Vasconcelos, afirmou que a construção é um setor importante na mudança econômica do País. “Neste ano, em especial, precisamos ter uma visão criteriosa e fazer um pacto em busca de soluções entre todos aqueles que fazem parte de nosso setor”, disse. “Teremos que ter, daqui para a frente, habilidade para tocar as políticas de governo nas áreas da habitação e infraestrutura”, avaliou Vasconcelos.
BEM SUCEDIDA – Richa ressaltou que, quanto ao reequilíbrio nas contas, o Paraná teve uma experiência bem sucedida com seu próprio ajuste fiscal. “Devido ao ajuste, feito antes que a crise se aprofundasse, o Paraná reduziu suas despesas correntes em 7,5%, os gastos com pessoal caíram 11% e a arrecadação subiu 20%. Para este ano o Estado tem uma projeção de cerca de R$ 8 bilhões de investimentos públicos, cifra recorde que certamente vai estimular o setor da construção”, disse ele.
Para fazer o ajuste, ressaltou, foi necessário tomar medidas impopulares. “Fui muito criticado na época, embora estivéssemos, em grande parte do ajuste, apenas equalizando algumas alíquotas de ICMS e as do IPVA às alíquotas já cobradas em outros estados. Mas o sacrifício foi recompensado com a situação mais saudável que o Estado vive hoje”, disse ele.
PARANÁ COMPETITIVO - O Paraná sofre menos os efeitos da crise, não apenas por causa do ajuste, mas pelo conjunto de ações adotadas nos últimos cinco anos, segundo o governador. Entre as ações, se destaca o ciclo de industrialização estimulado pelo programa Paraná Competitivo.
“Segundo o IBGE, o Estado alcançou recentemente a condição de quarta maior economia do País, agora à frente do Rio Grande do Sul. Em levantamento do jornal Financial Times, o Paraná foi indicado o Estado sul-americano com a melhor estratégia de atração de investimentos. Antes disso, havia sido apontado pelo grupo britânico The Economist como o segundo estado mais competitivo do Brasil. Trocando em miúdos: o ajuste teve seu papel, mas antes dele o Estado já seguia na rota do desenvolvimento sustentado pelo investimento, não só por consumo”, disse Richa.
NOVAS PARCERIAS – O governador reafirmou o compromisso do seu governo com o desenvolvimento econômico e a responsabilidade fiscal e reiterou a disposição para novas parcerias com a iniciativa privada. “Vamos intensificar o diálogo com o setor de construção, que é um dos maiores e mais dinâmicos geradores de emprego neste País. Avançar na implantação e operacionalização das parcerias público-privadas, modelo que considero estratégico para a modernização da infraestrutura, e examinar cuidadosamente a introdução das PPPs em outras áreas, como a habitação popular, como tem sido feito com êxito em outros países”.
PRESENÇAS – Participaram da solenidade de abertura do evento o presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche; a vice-prefeita de Foz do Iguaçu, Ivone Barofaldi; o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek; o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo; o presidente do Sinduscon Paraná, José Eugênio Gizzi; o presidente do Fórum Brasil-Paraguai, Julio Dantas; e o deputado estadual José Carlos Schiavinato.
Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em: www.pr.gov.br e www.facebook.com/governopr
“Temos um longo caminho a percorrer, com percalços e obstáculos. Mas talvez seja o começo do fim dos equívocos, omissões, crimes e leviandades que solaparam o País, ao ponto de arrastá-lo à maior recessão das últimas décadas”, afirmou o governador, para as mais de 2 mil pessoas que participam do evento.
Realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e organizado pelo Sinduscon Paraná/Oeste, o congresso tem como tema central “O Futuro Nós Construímos”. O governador lembrou que o setor enfrenta, no atual contexto, um cenário de desafios, talvez até mais complexos que os demais segmentos da economia. “A construção opera como uma espécie de termômetro avançado da atividade econômica. Quando a economia brasileira cresce, a construção dispara. Mas na retração, sofre fortemente estes efeitos”, disse ele.
Entre 2007 e 2011, quando o PIB brasileiro cresceu a uma média anual de 4%, a construção cresceu mais de 8% ao ano. Com o acirramento da crise, sofreu forte desaquecimento, com retração de 0,9% em 2014 e de 7,6% no ano passado, de acordo com os indicadores do IBGE.
O presidente da CBIC, José Carlos Martins, destacou que o setor necessita de um clima de confiança para continuar investindo. “Esperamos que após este momento trágico que passamos, iremos recuperar a confiança e os investimentos para que a nossa atividade volte ao normal”, disse. “O setor se encontra hoje em uma situação muito difícil, com a perda de 670 mil empregos desde o início da crise. Quando há retração nos investimentos, a vida das pessoas fica prejudicada”, declarou Martins.
CONFIANÇA – Para o governador, essa assimetria está associada a um fenômeno determinante na economia, que é a confiança. Quando confiantes, disse ele, os consumidores abraçam projetos que fazem a diferença para uma vida inteira, como é o caso da casa própria ou a abertura de um negócio, e as empresas são mais ousadas nos investimentos. Os governos, encorajados pela melhoria da arrecadação, investem na modernização da infraestrutura de transporte e logística.
“A eventual mudança em Brasília abre esta perspectiva, de restaurar a tão necessária confiança, que vai se fortalecer se o governo arrumar a casa e iniciar reformas que são inadiáveis”, afirmou Richa. “Esperamos que o novo governo ajuste as contas federais, acabe com as incertezas que agitam a vida nacional e restabeleça o clima de segurança jurídica necessário ao desenvolvimento do País”, disse o governador.
O presidente do Sinduscon Paraná/Oeste, Edson José de Vasconcelos, afirmou que a construção é um setor importante na mudança econômica do País. “Neste ano, em especial, precisamos ter uma visão criteriosa e fazer um pacto em busca de soluções entre todos aqueles que fazem parte de nosso setor”, disse. “Teremos que ter, daqui para a frente, habilidade para tocar as políticas de governo nas áreas da habitação e infraestrutura”, avaliou Vasconcelos.
BEM SUCEDIDA – Richa ressaltou que, quanto ao reequilíbrio nas contas, o Paraná teve uma experiência bem sucedida com seu próprio ajuste fiscal. “Devido ao ajuste, feito antes que a crise se aprofundasse, o Paraná reduziu suas despesas correntes em 7,5%, os gastos com pessoal caíram 11% e a arrecadação subiu 20%. Para este ano o Estado tem uma projeção de cerca de R$ 8 bilhões de investimentos públicos, cifra recorde que certamente vai estimular o setor da construção”, disse ele.
Para fazer o ajuste, ressaltou, foi necessário tomar medidas impopulares. “Fui muito criticado na época, embora estivéssemos, em grande parte do ajuste, apenas equalizando algumas alíquotas de ICMS e as do IPVA às alíquotas já cobradas em outros estados. Mas o sacrifício foi recompensado com a situação mais saudável que o Estado vive hoje”, disse ele.
PARANÁ COMPETITIVO - O Paraná sofre menos os efeitos da crise, não apenas por causa do ajuste, mas pelo conjunto de ações adotadas nos últimos cinco anos, segundo o governador. Entre as ações, se destaca o ciclo de industrialização estimulado pelo programa Paraná Competitivo.
“Segundo o IBGE, o Estado alcançou recentemente a condição de quarta maior economia do País, agora à frente do Rio Grande do Sul. Em levantamento do jornal Financial Times, o Paraná foi indicado o Estado sul-americano com a melhor estratégia de atração de investimentos. Antes disso, havia sido apontado pelo grupo britânico The Economist como o segundo estado mais competitivo do Brasil. Trocando em miúdos: o ajuste teve seu papel, mas antes dele o Estado já seguia na rota do desenvolvimento sustentado pelo investimento, não só por consumo”, disse Richa.
NOVAS PARCERIAS – O governador reafirmou o compromisso do seu governo com o desenvolvimento econômico e a responsabilidade fiscal e reiterou a disposição para novas parcerias com a iniciativa privada. “Vamos intensificar o diálogo com o setor de construção, que é um dos maiores e mais dinâmicos geradores de emprego neste País. Avançar na implantação e operacionalização das parcerias público-privadas, modelo que considero estratégico para a modernização da infraestrutura, e examinar cuidadosamente a introdução das PPPs em outras áreas, como a habitação popular, como tem sido feito com êxito em outros países”.
PRESENÇAS – Participaram da solenidade de abertura do evento o presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche; a vice-prefeita de Foz do Iguaçu, Ivone Barofaldi; o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek; o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo; o presidente do Sinduscon Paraná, José Eugênio Gizzi; o presidente do Fórum Brasil-Paraguai, Julio Dantas; e o deputado estadual José Carlos Schiavinato.
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