A movimentação no Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá aumentou 129% em julho, em comparação ao mesmo período do ano passado. Em 2016, haviam sido exportadas 801.071 toneladas de produtos agrícolas, como soja, milho e trigo. Neste ano, a quantidade mais que dobrou, passando de 1,8 milhão de toneladas. Esse é o melhor julho de todos os tempos.
“O aumento na produtividade aponta que a agricultura do Paraná está em um excelente momento e que o nosso Porto está conseguindo atender mais e melhor os seus clientes”, afirmou o secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.
PRODUTOS EXPORTADOS - Entre os itens exportados, a soja desponta como o principal. No total, mais de 1 milhão de toneladas foram embarcadas, o que representa quase três vezes a mais que a quantidade registrada no mesmo mês de 2016, quando 375.245 toneladas foram escoadas.
Em segundo lugar, aparece o milho, cuja quantidade exportada foi de 358 mil toneladas. Esse volume representa mais que o dobro do registrado no ano passado, quando 177 mil toneladas foram embarcadas.
MOTIVOS DO AUMENTO – De acordo com informações da Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná), as duas principais razões para o aumento das exportações no mês passado são o grande volume de soja produzido no primeiro semestre e o começo da segunda safra do ano, chamada de safrinha, que ocorre entre julho e agosto. Nessa etapa, o principal produto colhido é o milho.
“Na primeira e maior safra, que ocorre entre os meses de janeiro e abril, o grande destaque é a soja. A superprodução do produto, registrada neste ano, levou a uma lotação dos armazéns. Com o começo da segunda safra, os produtos que estavam armazenados precisaram ser escoados, para dar lugar aos que passaram a ser colhidos”, explicou o gerente técnico da Ocepar, Flávio Turra.
COLHEITAS NO PARANÁ - No Paraná, além das duas primeiras etapas, existe mais uma safra, que tem como destaque o trigo. A colheita ocorre entre os meses de setembro e novembro. Em 2017, o estado deverá produzir aproximadamente 42 milhões de toneladas de soja, milho e trigo, expectativa que tem sido confirmada pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).
“Depois da exportação histórica de soja, que tivemos nos primeiros seis meses, esses dados preliminares do segundo semestre apontam que essa produtividade deve continuar”, disse o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino.
CONFIANÇA PARA EXPORTAR - Segundo o diretor-presidente da Appa, outro fator que contribuiu muito para o recorde alcançado no Corredor de Exportação no mês de julho foi a confiança do produtor na capacidade de escoamento da produção pelo Porto de Paranaguá, ampliada com novas obras de infraestrutura.
“Os picos de escoamento determinados, que aconteciam anos atrás, já não existem mais. A safra agora está se distribuindo ao longo da cadeia e, confiando que o Porto vai exportar e atender o mercado, o produtor acaba retendo a mercadoria para exportar nos momentos de alta do preço”, explicou o diretor-presidente.
Nos últimos sete anos, o Porto de Paranaguá recebeu R$ 620 milhões em investimentos destinados à modernização e ampliação da sua estrutura terrestre e marítima. “Como resultado, ampliamos a potencialidade do porto, dando condições de escoamento adequadas para a agricultura do Paraná e do Brasil”, acrescentou Dividino.