Cerca de 1.100 pessoas participaram das atividades da segunda edição da Mostra de Arte Popular do Paraná, promovida pela Secretaria de Estado da Cultura, em Guarapuava, na região central do Estado. A mostra encerrou sua programação quinta-feira (18). Durante três dias, o evento movimentou a cena da cultura popular do Paraná no Teatro Municipal de Guarapuava, com apresentações típicas, palestras, mesa-redonda e feira de artesanato paranaense.
O secretário da Cultura, João Luiz Fiani, destacou que o evento promove a valorização das manifestações culturais e tradicionais do Paraná e ressaltou a importância dessa edição ter sido realizada na região central do Estado. “É um momento de alegria reunir as manifestações artísticas do Paraná em um só lugar, propondo seminários, apresentações e enriquecendo a cultura do nosso Estado. Todos saem satisfeitos com a prova de que a união do poder público, iniciativa privada e sociedade melhora os resultados”, afirma.
APRESENTAÇÕES - Cerca de 350 pessoas compareceram no primeiro dia da mostra para assistir ao show da Orquestra Paranaense de Viola Caipira, que levou mais da música caipira, com canções regionais e grandes clássicos, como “Chalana”.
No segundo dia, grupos de todo o Paraná apresentaram mais da cultura típica Estado: o grupo parnanguara Mestre Brasílio trouxe o fandango, dança típica do litoral do Paraná reconhecida como patrimônio cultural e imaterial. Depois foi a vez do grupo cultural indígena Jykre Há, do município de Coronel Vivida, mostrar o grito de guerra da tribo Kaingang e suas danças típicas, como a dança do tamanduá, do esquilo e do macaco.
Em seguida, os Senhores da Música, grupo de Ponta Grossa, emocionou o público com músicas típicas caipiras, compostas por músicos paranaenses e de outras regiões do país. Para encerrar a programação do dia, o público pôde assistir à apresentação do grupo Quilombola Invernada Paiol de Telha, que mostrou um pouco da cultura desse povo que vive na região da Reserva do Iguaçu.
No último dia, o Grupo Coletivo Afrosambas, de Ponta Grossa, apresentou canções que falavam dos orixás, oriundos de religiões como a Umbanda e o Candomblé. Depois, o Grupo Fongança, de Maringá, apresentou diversas danças folclóricas brasileiras que também se fixaram no Paraná. E a cultura urbana não ficou de fora: o hip-hop foi representado pelos grupos Hip Hop Hustle Rockers, de Cascavel, e SUL Real I’a Crew, de Apucarana – este último uniu na apresentação dança, rap e canções originais dos artistas enquanto uma arte em grafite era feita no palco durante o espetáculo.
DURANTE A PROGRAMAÇÃO - Além das apresentações artísticas, o evento foi marcado também por palestras e uma mesa-redonda com temas como os desafios e perspectivas da cultura popular e patrimônio imaterial, suas políticas e direitos. Foi exibido, ainda, o documentário “Benzedeiras de Ponta Grossa”.
ARTESANATO - Outro diferencial foi a Feira de Artesanato Paranaense, que apresentou a produção de Guarapuava e de outras regiões do Paraná, como Prudentópolis, com a arte ucraniana, e Assaí, com artesanato japonês, além de diversos artigos da arte indígena feitos por tribos paranaenses, artesanato reciclado, com obras de arte feitas com pneu, originais do município de Cantagalo.