Além de riscos para o meio ambiente, espécies invasoras podem provocar prejuízos econômicos. O setor elétrico brasileiro está entre os mais afetados pela introdução de espécies aquáticas no ambiente das usinas. Alguns tipos de pequenos animais, como o mexilhão dourado, prendem-se em equipamentos, dificultando a manutenção e até diminuindo a vazão de água em determinadas estruturas. Para evitar a invasão e minimizar os impactos, o Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) trabalha desde 2003 em conjunto com concessionárias de energia de todo o País no controle e monitoramento dessas espécies.
Pioneiro no atendimento do setor elétrico no que diz respeito a espécies invasoras, o Departamento de Recursos Ambientais do Lactec tem estudado e desenvolvido métodos de controle que podem ser aplicados em plantas industriais. Para explicar o comportamento dessas espécies e mostrar como os pesquisadores têm trabalhado, o Lactec levou um aquário para a Feira de Exposições do XXI SNPTEE – Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica –, maior evento do setor. O seminário está sendo realizado em Florianópolis, Santa Catarina.
O aquário tem chamado a atenção dos visitantes. Mas apesar da beleza da vida aquática, com seus peixes, plantas, crustáceos e moluscos, a instalação alerta para um grave problema. Uma das maiores preocupações se volta ao mexilhão dourado (Limnoperna fortunei). Molusco originário do sudeste asiático, ele provavelmente chegou à América do Sul pela água de lastro de navio que aportou no rio da Prata, na Argentina, subiu o rio Paraná e invadiu diversas bacias hidrográficas do Brasil e da América do Sul.
Segundo a bióloga Patrícia Dammski Borges, da Divisão de Meio Ambiente do Lactec, estudos indicam que é apenas uma questão de tempo até que o mexilhão dourado chegue a todo o território nacional. “Ele compete com as espécies nativas e pode causar até a extinção local de algumas delas”, afirma Patrícia. “O mexilhão altera toda a cadeia trófica, ou seja, consome grande quantidade do alimento de outros animais, ao mesmo tempo em que passa a ser componente principal da alimentação de algumas espécies nativas”, completa.
Patrícia explica que o mexilhão, assim como se aloja em qualquer superfície, geralmente se fixa sobre a concha de outros moluscos, o que os impede de se alimentar.
O engenheiro químico Otto Samuel Mäder Netto, também da Divisão de Meio Ambiente, explica que os métodos de controle mais eficazes aplicados no sistema de resfriamento das usinas hidrelétricas têm sido aqueles que utilizam produtos químicos. “Hoje, existem produtos com eficiência próxima de 100%, que causam pouco impacto ambiental e não corroem equipamentos”, afirma.
O cloro foi o primeiro a ser usado, mas por conta dos impactos que causa tem sido substituído por outros, como hidróxido de sódio e o MXD100 (um produto comercial à base de extratos de taninos). “O ozônio vem apresentando resultados muito promissores, mas são necessários ainda alguns anos de pesquisa até que possa ser aplicado em escala industrial”, diz Otto.
Pioneiro no atendimento do setor elétrico no que diz respeito a espécies invasoras, o Departamento de Recursos Ambientais do Lactec tem estudado e desenvolvido métodos de controle que podem ser aplicados em plantas industriais. Para explicar o comportamento dessas espécies e mostrar como os pesquisadores têm trabalhado, o Lactec levou um aquário para a Feira de Exposições do XXI SNPTEE – Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica –, maior evento do setor. O seminário está sendo realizado em Florianópolis, Santa Catarina.
O aquário tem chamado a atenção dos visitantes. Mas apesar da beleza da vida aquática, com seus peixes, plantas, crustáceos e moluscos, a instalação alerta para um grave problema. Uma das maiores preocupações se volta ao mexilhão dourado (Limnoperna fortunei). Molusco originário do sudeste asiático, ele provavelmente chegou à América do Sul pela água de lastro de navio que aportou no rio da Prata, na Argentina, subiu o rio Paraná e invadiu diversas bacias hidrográficas do Brasil e da América do Sul.
Segundo a bióloga Patrícia Dammski Borges, da Divisão de Meio Ambiente do Lactec, estudos indicam que é apenas uma questão de tempo até que o mexilhão dourado chegue a todo o território nacional. “Ele compete com as espécies nativas e pode causar até a extinção local de algumas delas”, afirma Patrícia. “O mexilhão altera toda a cadeia trófica, ou seja, consome grande quantidade do alimento de outros animais, ao mesmo tempo em que passa a ser componente principal da alimentação de algumas espécies nativas”, completa.
Patrícia explica que o mexilhão, assim como se aloja em qualquer superfície, geralmente se fixa sobre a concha de outros moluscos, o que os impede de se alimentar.
O engenheiro químico Otto Samuel Mäder Netto, também da Divisão de Meio Ambiente, explica que os métodos de controle mais eficazes aplicados no sistema de resfriamento das usinas hidrelétricas têm sido aqueles que utilizam produtos químicos. “Hoje, existem produtos com eficiência próxima de 100%, que causam pouco impacto ambiental e não corroem equipamentos”, afirma.
O cloro foi o primeiro a ser usado, mas por conta dos impactos que causa tem sido substituído por outros, como hidróxido de sódio e o MXD100 (um produto comercial à base de extratos de taninos). “O ozônio vem apresentando resultados muito promissores, mas são necessários ainda alguns anos de pesquisa até que possa ser aplicado em escala industrial”, diz Otto.