Investimentos dão apoio a escoamento da supersafra

Duplicação de estradas, aumento da produtividade do Porto de Paranaguá e da capacidade de movimentação da Ferroeste estão facilitando o escoamento da supersafra que está sendo colhida no Estado
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14/03/2017 - 11:20
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Duplicação de estradas, aumento da produtividade do Porto de Paranaguá e da capacidade de movimentação da Ferroeste estão facilitando o escoamento da supersafra que está sendo colhida no Estado. Somente a safra da soja deve bater um novo recorde e chegar a 19 milhões de toneladas, de acordo com projeção do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento.
Ao todo, a safra de verão (soja, milho e feijão) deve somar 23,6 milhões de toneladas, 16% acima do ano passado (20,25 milhões de toneladas).
“Com esta grande safra, também estamos colhendo os resultados dos importantes investimentos feitos na infraestrutura de transporte e logística do Estado nos últimos anos”, disse o governador Beto Richa. “Nossa esperança é de que a atual safra, além de reduzir os preços dos alimentos, que já estão em queda, impulsione a retomada do crescimento econômico de que o País tanto precisa, depois de quase três anos de recessão”, acrescentou.
Enquanto os produtores do Centro-Oeste estão sofrendo com o transporte da soja para os portos do Norte do País, no Paraná o embarque no Porto de Paranaguá segue acelerado.
A previsão da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) é que sejam movimentadas, entre fevereiro e maio, 8,61 milhões de toneladas de soja, farelo e milho. O volume é 10% superior ao do mesmo período do ano passado (7,83 milhões de toneladas de grãos).
“Realizamos o maior pacote de investimentos públicos da história do Porto de Paranaguá e eles nos capacitaram para elevar o patamar de movimentação de cargas. Temos batido uma série de recordes que comprovam isso. Estas melhorias também permitem atender ainda mais usuários da produção agrícola e industrial brasileira”, diz o diretor-presidente da APPA, Luiz Henrique Dividino.
O Governo do Estado vem colocando em prática, por meio da APPA, um pacote de investimentos que prevê R$ 923 milhões em recursos entre 2011 e 2018. Os valores estão permitindo a troca dos shiploaders (carregadores de navios), os investimentos em novas balanças, portarias, acesso ao Pátio de Triagem e reforma do cais e berços de atracação, que dão mais agilidade nas movimentações. Além disso, foram promovidas campanhas de dragagem que dão mais segurança à operação e aumentam a capacidade de movimentação do porto.
Atualmente 80% da soja que chega a Paranaguá é transportada por rodovias. "O agronegócio é um dos pilares da economia paranaense, por isso nossa tarefa é tão importante. Precisamos fazer com que a nossa produção chegue até o Porto e estamos fazendo isso. Rodovias fundamentais para o escoamento da safra estão sendo duplicadas, pavimentadas e reformadas", disse o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.
O Paraná investiu R$ 1,01 bilhão em transporte rodoviário em 2016, o que representou um aumento real (já descontada a inflação medida pelo IPCA) de 55,6% sobre o valor aplicado em 2015. O Estado é o segundo com mais investimentos no setor, atrás apenas de São Paulo. O destaque foi o Programa Estadual de Recuperação e Conservação de Estradas Pavimentadas (Perc), com R$ 440,15 milhões.
CONCESSÕES - Foram duplicados 85 quilômetros no Anel de Integração, com destaque para 32 quilômetros entre Floresta e Peabiru, na PR-317, 14 quilômetros entre Nova Esperança e Mandaguaçu e 10 quilômetros entre Nova Esperança e Paranavaí (ambos trechos na BR-376). Foram duplicados também 9,6 quilômetros entre Apucarana e Ponta Grossa, na Rodovia do Café.
A colheita da soja já alcança 69% da área plantada no campo e já tem reflexo nos volumes transportados pela Ferroeste. Em 2015, a empresa investiu R$ 4 milhões na compra de cinco locomotivas e 364 vagões graneleiros para fazer frente aos contratos para a safra. Além disso, parcerias com cooperativas como Agrária e Cotriguaçu elevaram a capacidade de movimentação de grãos e carne congelada.
A previsão, de acordo com o diretor-presidente da empresa, João Vicente Bresolin Araújo, é movimentar o recorde de 1 milhão de toneladas entre vários produtos em 2017, 20% mais do que as 827 mil transportadas em 2016.
As exportações de soja já somam 38 mil toneladas pela Ferroeste. No ano passado inteiro, foram movimentadas 54 mil toneladas. “Teremos, com a boa safra, uma movimentação recorde”, diz. Em 2016, o transporte de soja e milho pelos trens da Ferroeste foi de 380 mil toneladas. Nos primeiros dois meses e meio de 2017, esse volume já atingiu 130 mil toneladas.

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