O Governo do Paraná concluiu nesta terça-feira (9) a reintegração de posse de uma fazenda de mil alqueires localizada no município de Planaltina do Paraná, na região Noroeste do Estado. Aproximadamente 100 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que invadiram o local pela segunda vez em 14 anos, foram realocados em uma área adquirida pela União em Carlópolis, no Norte Pioneiro.
O diálogo e o entendimento foram fundamentais para que a operação policial ocorresse pela primeira vez com tranquilidade, sem nenhum conflito, uma vez que a história do acampamento é marcada pela violência. Em 2004, após a segunda ocupação da fazenda Santa Filomena, seis pessoas ficaram gravemente feridas e o líder do movimento, Elias Gonçalves de Meura, foi assassinado.
O assessor especial para Assuntos Fundiários do Governo do Estado, Hamilton Serighelli, explica que o governo estadual trabalha como mediador para que as decisões sobre as questões agrárias sejam tomadas de maneira democrática. “Nossa maior preocupação é manter a paz no campo. Seguindo orientação do governador Beto Richa, queremos regularizar as situações respeitando os direitos humanos e também o direito de propriedade. Só com diálogo que conseguiremos”, garantiu Serighelli.
Ele disse que no início das negociações foram realizados encontros com o proprietário da fazenda e com representantes do MST, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Justiça Federal e das forças policiais. “Precisamos de entendimento e trabalho conjunto para resolver situações emblemáticas como essa. No início, o diálogo foi bem complicado, mas com o tempo as alternativas foram aparecendo”, afirmou Serighelli. A fazenda de Carlópolis tem 300 alqueires e foi comprada pelo Incra por R$ 8 milhões.
Desde 2011 o Paraná não registra invasões de terra nem conflito violento envolvendo questões agrárias e fundiárias. A tranquilidade no campo é resultado da política de negociação adotada pelo governo do Paraná para buscar as melhores soluções administrativas, estabelecer prioridades e resolver conflitos em todas as áreas.
Hamilton explica que existem no Paraná 72 processos de reintegração de posse, sendo que 60 já foram resolvidos e apenas 12 casos aguardam ainda uma solução.
HISTÓRICO - Eliane Nunes, integrante do MST, apresentou um histórico do assentamento e destacou o bom trabalho do governo estadual na mediação do conflito. Segundo ela, a situação era difícil, pois nenhum lado abria mão da terra. “O diálogo foi essencial, principalmente em um processo que sempre foi marcado pela violência. Ficamos felizes em saber que iremos para um terreno que oficialmente será nosso. É uma conquista, que dá tranquilidade para seguimos em frente com nosso movimento, lutando pela reforma agrária no Brasil”, disse Eliane, que é moradora há oito anos no assentamento.
DIREITOS HUMANOS – O coordenador da Comissão dos Direitos Humanos do MST, Valdecir Ferreira da Silva, acompanhou a reintegração de posse e a operação de transferência das famílias. “É bom saber que hoje o Paraná respeita os direitos humanos e trata os nossos companheiros de movimento com respeito. Anteriormente, o Estado do Paraná cometia muitas atrocidades no campo”, afirmou da Silva. O coordenador acompanha o MST em vários estados brasileiros e garante que em nenhum os direitos do campo são tão respeitados como no Paraná. “Temos muito que avançar ainda, mas com certeza o Paraná é exemplo para o Brasil em regularização fundiária”, afirmou.
FORÇAS POLICIAIS – Para cumprir a determinação da Justiça, foi enviada à propriedade um efetivo policial de apenas 25 homens. Hamilton explica que antes das negociações as polícias Federal e Militar estimavam em utilizar 1.400 agentes para fazer a reintegração. “Tenho certeza que essa ação não precisava de nenhum policial. Tudo estava acordado antes, com uma longa conversa que tivemos com o movimento”, disse Hamilton Serighelli.
Todos os pertences, incluindo 120 cabeças de gado, foram transportados para o novo assentamento em Carlópolis com escolta da Polícia Militar. O major da Polícia Militar Valdir Carvalho de Sousa, coordenador de Mediação dos Conflitos da Terra da Secretaria da Segurança Pública, avaliou a operação de reintegração como tranquila e satisfatória. Segundo ele, o governo do Paraná cumpre hoje os acordos internacionais de direitos humanos da Corte Interamericana.
“O governo prima pelo diálogo e entendimento para resolver as questões agrárias da melhor forma para todos os envolvidos. O Paraná tem condenações antigas e tomou todas as providências para o cumprimento dos requisitos exigidos pela Corte”, informou. Ele explicou que o Estado é o primeiro da Federação a ter um departamento dentro da Secretaria de Segurança específico para tratar de assuntos fundiários.
O diálogo e o entendimento foram fundamentais para que a operação policial ocorresse pela primeira vez com tranquilidade, sem nenhum conflito, uma vez que a história do acampamento é marcada pela violência. Em 2004, após a segunda ocupação da fazenda Santa Filomena, seis pessoas ficaram gravemente feridas e o líder do movimento, Elias Gonçalves de Meura, foi assassinado.
O assessor especial para Assuntos Fundiários do Governo do Estado, Hamilton Serighelli, explica que o governo estadual trabalha como mediador para que as decisões sobre as questões agrárias sejam tomadas de maneira democrática. “Nossa maior preocupação é manter a paz no campo. Seguindo orientação do governador Beto Richa, queremos regularizar as situações respeitando os direitos humanos e também o direito de propriedade. Só com diálogo que conseguiremos”, garantiu Serighelli.
Ele disse que no início das negociações foram realizados encontros com o proprietário da fazenda e com representantes do MST, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Justiça Federal e das forças policiais. “Precisamos de entendimento e trabalho conjunto para resolver situações emblemáticas como essa. No início, o diálogo foi bem complicado, mas com o tempo as alternativas foram aparecendo”, afirmou Serighelli. A fazenda de Carlópolis tem 300 alqueires e foi comprada pelo Incra por R$ 8 milhões.
Desde 2011 o Paraná não registra invasões de terra nem conflito violento envolvendo questões agrárias e fundiárias. A tranquilidade no campo é resultado da política de negociação adotada pelo governo do Paraná para buscar as melhores soluções administrativas, estabelecer prioridades e resolver conflitos em todas as áreas.
Hamilton explica que existem no Paraná 72 processos de reintegração de posse, sendo que 60 já foram resolvidos e apenas 12 casos aguardam ainda uma solução.
HISTÓRICO - Eliane Nunes, integrante do MST, apresentou um histórico do assentamento e destacou o bom trabalho do governo estadual na mediação do conflito. Segundo ela, a situação era difícil, pois nenhum lado abria mão da terra. “O diálogo foi essencial, principalmente em um processo que sempre foi marcado pela violência. Ficamos felizes em saber que iremos para um terreno que oficialmente será nosso. É uma conquista, que dá tranquilidade para seguimos em frente com nosso movimento, lutando pela reforma agrária no Brasil”, disse Eliane, que é moradora há oito anos no assentamento.
DIREITOS HUMANOS – O coordenador da Comissão dos Direitos Humanos do MST, Valdecir Ferreira da Silva, acompanhou a reintegração de posse e a operação de transferência das famílias. “É bom saber que hoje o Paraná respeita os direitos humanos e trata os nossos companheiros de movimento com respeito. Anteriormente, o Estado do Paraná cometia muitas atrocidades no campo”, afirmou da Silva. O coordenador acompanha o MST em vários estados brasileiros e garante que em nenhum os direitos do campo são tão respeitados como no Paraná. “Temos muito que avançar ainda, mas com certeza o Paraná é exemplo para o Brasil em regularização fundiária”, afirmou.
FORÇAS POLICIAIS – Para cumprir a determinação da Justiça, foi enviada à propriedade um efetivo policial de apenas 25 homens. Hamilton explica que antes das negociações as polícias Federal e Militar estimavam em utilizar 1.400 agentes para fazer a reintegração. “Tenho certeza que essa ação não precisava de nenhum policial. Tudo estava acordado antes, com uma longa conversa que tivemos com o movimento”, disse Hamilton Serighelli.
Todos os pertences, incluindo 120 cabeças de gado, foram transportados para o novo assentamento em Carlópolis com escolta da Polícia Militar. O major da Polícia Militar Valdir Carvalho de Sousa, coordenador de Mediação dos Conflitos da Terra da Secretaria da Segurança Pública, avaliou a operação de reintegração como tranquila e satisfatória. Segundo ele, o governo do Paraná cumpre hoje os acordos internacionais de direitos humanos da Corte Interamericana.
“O governo prima pelo diálogo e entendimento para resolver as questões agrárias da melhor forma para todos os envolvidos. O Paraná tem condenações antigas e tomou todas as providências para o cumprimento dos requisitos exigidos pela Corte”, informou. Ele explicou que o Estado é o primeiro da Federação a ter um departamento dentro da Secretaria de Segurança específico para tratar de assuntos fundiários.