Instituições integram ações
para resgate de animais
em risco ou feridos

Integração garantirá que os animais cheguem rapidamente aos cuidados de biólogos e veterinários
Publicação
18/12/2015 - 16:30
Editoria

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No Litoral, o atendimento e resgate de animais, especialmente os marinhos com ferimentos ou em situação de risco, como encalhes, terão protocolo integrado entre instituições públicas estaduais e federais, universidades e Organizações não Governamentais. O assunto foi tratado nesta sexta-feira (18), na Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, em Curitiba, com representantes do Centro de Estudos do Mar, da Universidade Federal do Paraná.
O protocolo integrado definirá com clareza as atribuições de cada instituição, de acordo com as competências e capacidade de cada uma. O trabalho tem acompanhamento do Ministério Público e deverá ser validado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
“A integração garantirá que os animais cheguem rapidamente aos cuidados de biólogos e veterinários e também vai significar transparência para a sociedade”, explica a coordenadora do projeto Monitoramento de Praia do Centro de Estudos do Mar, Camila Domit.
Hoje o atendimento da fauna silvestre é feito de maneira isolada por vários órgãos. A ideia é melhor organizar o trabalho que envolve, além do Centro de Estudos do Mar e da Secretaria do Meio Ambiente, Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros, Instituto Ambiental do Paraná, Ibama, prefeituras do Litoral, Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Marinha do Brasil, Pontifícia Universidade Católica (PUC-PR), Mar Brasil e Ministério Público.
“Cada um tem um grau de responsabilidade direta ou indireta com o assunto e queremos que os procedimentos sejam detalhados e definidos para melhorar o atendimento”, disse a coordenadora de Biodiversidade da secretaria, Sueli Ota.
Na próxima terça-feira (22), técnicos do Centro de Estudos do Mar e do Centro de Triagem para Animais Selvagens (Cetas) da PUC-PR, farão uma capacitação sobre fauna litorânea.
MONITORAMENTO - Este ano, o Centro de Estudos do Mar começou a desenvolver no Litoral o projeto Monitoramento de Praia, que no Paraná foi a única condicionante imposta à Petrobras para a exploração das áreas de pré-sal.
O monitoramento começou em agosto e é feito diariamente em todas as praias de Guaratuba, Matinhos e Ponta do Paraná, com o apoio das prefeituras e das secretarias municipais de Meio Ambiente. As praias das ilhas do Mel, das Peças e de Superagui são monitoradas por triciclo. Mais de 43 pessoas participam do projeto e algumas são da comunidade, contratadas para o monitoramento.
De agosto a novembro foram resgatados mais de 400 animais encalhados nesses trechos de praias, entre eles tartarugas marinhas e aves. Segundo Camila o número é resultado da ação do fenômeno El Niño, que trouxe mais chuvas para o Estado.
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