Com ligações, acesso à internet e inúmeros aplicativos disponíveis, o uso dos celulares e smartphones ao volante cresceu e já é a sexta infração de trânsito mais cometida pelos paranaenses. O número de multas aplicadas pelo uso do aparelho aumentou 4% nos últimos três anos. Em 2013, 133 mil motoristas foram flagrados usando o celular ao dirigir. No final de 2015, foram 139 mil pessoas. Os dados são do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran).
“Com a evolução da tecnologia móvel e o crescimento no comércio de aparelhos cada vez mais modernos, usar o celular no trânsito se tornou um comportamento frequente e muito perigoso. O motorista deixa de estar atento ao volante e no que acontece em sua volta para mandar mensagens ou acessar redes sociais”, afirma o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.
“Estudos mostram que digitar enquanto dirige aumenta em até 400% o risco de acidentes de trânsito. Por isso, o Detran investe em campanhas que alertam para as possíveis consequências desta atitude, mas, infelizmente, ainda estamos longe da solução do problema”, diz ele.
Em janeiro deste ano, uma pesquisa feita por hospital de São Paulo, com 4,1 mil pessoas, revelou que 80% dos motoristas consultados utilizam os telefones celulares ao volante, 42% admitiram que enviam mensagens de texto enquanto dirigem e 8% disseram que não mudariam o comportamento, mesmo sabendo das consequências.
PENALIDADE - O Código de Trânsito Brasileiro prevê duas infrações que envolvem o celular: Dirigir com apenas uma das mãos, exceto quando deva fazer sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do veículo, ou acionar equipamentos e acessórios do veículo (Art. 252, V); e dirigir utilizando fones nos ouvidos conectados a aparelhagem sonora ou de telefone celular;(Art. 252, VI), que é a que o usuário recebe na prática. São consideradas infrações média, com 4 pontos na habilitação, e multa de R$ 85,13. O uso é proibido mesmo com o carro parado, seja congestionamento ou semáforo.
“Muitas pessoas têm dúvida se pode usar o fone de ouvido e usar o sistema bluetooth do som do carro, mas não pode. Porque, nestes casos, estamos usando funções cerebrais que prejudicam nossa atenção. Não é como conversar com o passageiro ao lado ou ouvir música no rádio, por exemplo”, explica a coordenadora de infrações do Detran, Marli Batagini.
A psicóloga especialista em trânsito, Joneia Towamoto, explica que no trânsito o condutor já tem vários fatores para se preocupar e insistir usar o aparelho aumenta em até duas vezes o tempo necessário para reação.
“Dirigir exige o raciocínio aritmético (cálculo de aceleração e distanciamento do veículo da frente) e lógico (análise do fluxo dos veículos da frente e de trás). Quando uma pessoa utiliza o celular na direção a reação automaticamente fica mais lenta e faz com que o condutor perca completamente o foco”, alerta.
Segundo ela, a falsa percepção do condutor ter mais habilidade do que realmente tem cria uma sensação de segurança, que permite atitudes imprudentes ao volante.
Heloise de Andrade, habilitada há quatro anos, admite que o celular é quase uma extensão do seu corpo e por não conseguir ficar desconectada já bateu o carro duas vezes no último ano.
“Eu estava saindo de casa quando começou a tocar uma música que gostava muito, então resolvi usar o celular para gravar um vídeo, comigo cantando. Fiz isso enquanto dei a ré para sair da garagem e acabei batendo e perdendo o retrovisor. Outra vez fui gravar uma situação que vi na rua enquanto acelerava. Bati o carro e, além de estragar toda a lataria, machuquei a cabeça. Depois disso, meu celular fica no porta-luvas enquanto dirijo para não correr o risco de pegá-lo”, conta.
CIDADES - Depois de Curitiba (48.112 infrações registradas), Maringá foi o município que mais apresentou índice de multas por uso de celular na direção (13.893), em 2015. Na sequência aparecem Londrina (9.107), Cascavel (5.535), Foz do Iguaçu (2.855), Ponta Grossa (2.830) e São José dos Pinhais (1.372).
Saiba mais sobre o trabalho do governo do Estado em:
http:///www.facebook.com/governopr e www.pr.gov.br
“Com a evolução da tecnologia móvel e o crescimento no comércio de aparelhos cada vez mais modernos, usar o celular no trânsito se tornou um comportamento frequente e muito perigoso. O motorista deixa de estar atento ao volante e no que acontece em sua volta para mandar mensagens ou acessar redes sociais”, afirma o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.
“Estudos mostram que digitar enquanto dirige aumenta em até 400% o risco de acidentes de trânsito. Por isso, o Detran investe em campanhas que alertam para as possíveis consequências desta atitude, mas, infelizmente, ainda estamos longe da solução do problema”, diz ele.
Em janeiro deste ano, uma pesquisa feita por hospital de São Paulo, com 4,1 mil pessoas, revelou que 80% dos motoristas consultados utilizam os telefones celulares ao volante, 42% admitiram que enviam mensagens de texto enquanto dirigem e 8% disseram que não mudariam o comportamento, mesmo sabendo das consequências.
PENALIDADE - O Código de Trânsito Brasileiro prevê duas infrações que envolvem o celular: Dirigir com apenas uma das mãos, exceto quando deva fazer sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do veículo, ou acionar equipamentos e acessórios do veículo (Art. 252, V); e dirigir utilizando fones nos ouvidos conectados a aparelhagem sonora ou de telefone celular;(Art. 252, VI), que é a que o usuário recebe na prática. São consideradas infrações média, com 4 pontos na habilitação, e multa de R$ 85,13. O uso é proibido mesmo com o carro parado, seja congestionamento ou semáforo.
“Muitas pessoas têm dúvida se pode usar o fone de ouvido e usar o sistema bluetooth do som do carro, mas não pode. Porque, nestes casos, estamos usando funções cerebrais que prejudicam nossa atenção. Não é como conversar com o passageiro ao lado ou ouvir música no rádio, por exemplo”, explica a coordenadora de infrações do Detran, Marli Batagini.
A psicóloga especialista em trânsito, Joneia Towamoto, explica que no trânsito o condutor já tem vários fatores para se preocupar e insistir usar o aparelho aumenta em até duas vezes o tempo necessário para reação.
“Dirigir exige o raciocínio aritmético (cálculo de aceleração e distanciamento do veículo da frente) e lógico (análise do fluxo dos veículos da frente e de trás). Quando uma pessoa utiliza o celular na direção a reação automaticamente fica mais lenta e faz com que o condutor perca completamente o foco”, alerta.
Segundo ela, a falsa percepção do condutor ter mais habilidade do que realmente tem cria uma sensação de segurança, que permite atitudes imprudentes ao volante.
Heloise de Andrade, habilitada há quatro anos, admite que o celular é quase uma extensão do seu corpo e por não conseguir ficar desconectada já bateu o carro duas vezes no último ano.
“Eu estava saindo de casa quando começou a tocar uma música que gostava muito, então resolvi usar o celular para gravar um vídeo, comigo cantando. Fiz isso enquanto dei a ré para sair da garagem e acabei batendo e perdendo o retrovisor. Outra vez fui gravar uma situação que vi na rua enquanto acelerava. Bati o carro e, além de estragar toda a lataria, machuquei a cabeça. Depois disso, meu celular fica no porta-luvas enquanto dirijo para não correr o risco de pegá-lo”, conta.
CIDADES - Depois de Curitiba (48.112 infrações registradas), Maringá foi o município que mais apresentou índice de multas por uso de celular na direção (13.893), em 2015. Na sequência aparecem Londrina (9.107), Cascavel (5.535), Foz do Iguaçu (2.855), Ponta Grossa (2.830) e São José dos Pinhais (1.372).
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