Indústria do Paraná
mantém liderança na
geração de emprego

Estado teve a maior expansão do País em fevereiro deste ano comparado ao mesmo mês de 2012 e manteve a liderança também no indicador dos doze meses
Publicação
10/04/2013 - 12:10
Editoria

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O nível de emprego industrial subiu 1,4% no Paraná em fevereiro de 2013, em comparação ao mesmo mês do ano passado, enquanto que a média nacional reduziu em 1,2%. A expansão do Paraná foi a maior do País e a 17ª consecutiva no Estado, contra o mesmo número de quedas seguidas no Brasil.
Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES), divulgada nesta quarta-feira (10/04), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que realiza o levantamento em dez estados, mais as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste.
Também no indicador de doze meses terminados em fevereiro de 2013, a indústria paranaense manteve a liderança nacional, em todos os parâmetros do mercado de trabalho pesquisados pelo IBGE. “O resultado confirma o vigor que a indústria paranaense vem exibindo desde 2011, numa autêntica contramão da trajetória descendente verificada no conjunto do País”, afirma o economista Gilmar Lourenço, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social.
Segundo ele, a performance do país se dá em razão da reduzida expansão econômica, que é explicada pela queda das exportações, por conta da crise internacional e da orientação macroeconômica contra o investimento mantida pelo governo federal.
No indicador de fevereiro comparado ao mesmo mês de 2012, além do Paraná, também Minas Gerais apresentou crescimento (0,4%). O resultado paranaense está baseado nos segmentos de fumo (35,4%), têxtil (17,9%), máquinas e aparelhos elétricos e eletrônicos (8,2%), química (6,9%), outros produtos (4,3%), borracha e plástico (3,5%) e alimentos e bebidas (2,3%).
FOLHA - O Paraná ocupou o quarto posto no ranking em incremento do valor da folha de pagamento real (menos a inflação) em fevereiro de 2013, em comparação com fevereiro de 2012. Houve aumento de 4,1% no Estado, contra 2,5% do País, ficando atrás da região Norte e Centro-Oeste (8,5%), Minas Gerais (4,6%) e Rio de Janeiro (4,5%).
A performance positiva foi sustentada por máquinas e aparelhos elétricos, eletrônicos e de comunicações (27,8%), têxtil (13,4%), química (12,3%), minerais não metálicos (11,8%), outros produtos (10,9%), atividades extrativas (5,6%) e madeira (4,7%).
Em horas pagas, a indústria regional cresceu 0,9% em fevereiro deste ano comparado ao mesmo mês do ano passado (ante queda de 2,3% para o Brasil). Foi a única no País a exibir acréscimo nesse quesito.
ISOLADO - Em doze meses terminados em fevereiro de 2013, Paraná e Minas Gerais ficaram isolados no cenário nacional em crescimento do emprego e das horas trabalhadas. O contingente ocupado no Paraná aumentou 1,8%, contra recuo de 1,5%. O volume de salários reais variou 7,8% (a média nacional foi de 3,8%) e as horas trabalhadas subiram 0,9%, contra queda de 2,0% para a média nacional.
As atividades que expressaram elevada performance foram máquinas e aparelhos elétricos, refino de petróleo e álcool, alimentos e bebidas, têxtil, produtos químicos e minerais não metálicos.
No indicador acumulado no primeiro bimestre de 2013, as indústrias do Estado registraram incremento de 1,7% no nível de emprego – o maior do País e bem superior à media nacional que fechou com recuo de 1,2%. Apenas Santa Catarina (0,4%) e Minas Gerais (0,3%), acompanharam o Paraná em variação positiva nesse item.
Na folha de salários reais houve aumento de 1,9% contra média nacional de 1,6%. Em horas pagas, a indústria estadual cresceu 1,3%, frente queda de 1,8% para o País. Apenas Paraná e Minas Gerais (0,2%), acusaram desempenho favorável.
DINAMISMO - Segundo Gilmar Lourenço, as informações da pesquisa do IBGE para o mês de fevereiro de 2013 confirmam o estágio de acentuado dinamismo exposto pelas variáveis do mercado de ocupações no Paraná, ancorado na agroindústria, metalmecânica, petroquímica e construção civil.
“O desempenho é apontado, também, por outras cestas de indicarores”, lembra o economista. Por exemplo, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho em Emprego, o Paraná foi responsável por 15,6% dos empregos líquidos, com carteira assinada, da indústria de transformação (mais nobres, com maior remuneração) gerados no Brasil, em doze meses encerrados em fevereiro de 2013.
Tal comportamento colocou o Estado em terceiro lugar no ranking nacional na abertura de vagas no setor, atrás apenas de Minas Gerais e Santa Catarina, que representaram 20,7% e 17,9%, respectivamente, do total de postos criados, no mesmo período.
O Paraná figurou no terceiro posto em participação do segmento fabril nos empregos totais, com 18,5% - contra 8,9% para a média do País. “Além disso, 90,7% dos empregos industriais foram proporcionados no interior do Estado, confirmando a tendência de disseminação da expansão do mercado de trabalho industrial vivida pelo Paraná”, enfatiza o presidente do Ipardes.
Ele ressalta, ainda, a influência positiva exercida pela aceleração das obras de restauração e ampliação da competitividade da infraestrutura, por parte do governo estadual, e pela continuidade da maturação da carteira de aproximadamente R$ 21,0 bilhões de investimentos industriais privados, conquistada e abrigada pelo Programa Paraná Competitivo, a partir de 2011.
“Essa carteira foi inviabilizada no período 2003-2010, marcado pela insuficiente preocupação com a identificação de fatores de transformações estruturais e o aproveitamento de oportunidades no planejamento do desenvolvimento no Estado”, lembra o economista.

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