Indústria cresce
0,9% no Paraná
em novembro

Os ramos que mais contribuíram foram a fabricação de coque, derivados de petróleo e de biocombustíveis; máquinas, aparelhos e materiais elétricos; papel, celulose e produtos de papel.
Publicação
13/01/2015 - 14:58
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A produção da indústria do Paraná avançou 0,9% na passagem de outubro para novembro de 2014, diante do recuo na média nacional em 0,7%, segundo a Pesquisa Industrial Mensal Regional - Produção Física (PIM-PF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a segunda taxa positiva no Estado, considerando outubro e novembro, acumulando ganho de 1,4% em dois meses.
Com esse resultado, o índice trimestral registrou variação positiva de 0,1% no Paraná, nos três meses encerrados em novembro, frente ao nível do mês anterior, mantendo a trajetória ascendente iniciada em julho de 2014.
Entre os quatorze locais pesquisados no País, sete deles apresentaram diminuição no ritmo da produção industrial. Os ramos que influenciaram positivamente no Paraná foram fabricação de coque, derivados de petróleo e de biocombustíveis; máquinas, aparelhos e materiais elétricos; papel, celulose e produtos de papel.
Em novembro de 2014, no confronto com novembro de 2013, o setor fabril paranaense apontou recuo de 8,0%, frente contração de 5,8% para o Brasil, com retração em onze dos quinze locais pesquisados.
Os setores que afetaram negativamente o desempenho da indústria no Estado foram veículos automotores, reboques e carrocerias (-27,3%), pressionado, especialmente, pela menor produção de automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, reboques e semirreboques e motores de explosão e combustão interna para veículos automotores.
Também interferiu a contração da fabricação de máquinas e equipamentos (-17,9%), explicada pela menor produção de máquinas para colheita, tratores agrícolas, partes e peças para refrigeradores, congeladores e semelhantes para uso industrial e comercial, aparelhos ou equipamentos de ar condicionado para uso central, aparelhos elevadores ou transportadores e partes e peças para aparelhos de ar condicionado.
Houve ainda a influência dos ramos de produtos minerais não metálicos (-14,3%), pressionado pela redução na produção de cimentos “Portland”, artigos de fibrocimento contendo amianto, blocos e tijolos para construção de cimento ou concreto, misturas betuminosas fabricadas com asfalto, elementos pré-fabricados para construção civil de cimento e concreto e massa de concreto preparada para construção; e de produtos alimentícios (- 8%), com a retração na produção de açúcar cristal, açúcar VHP, rações e outras preparações utilizadas na alimentação de animais e chá mate beneficiado.
Em sentido oposto, os setores de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,9%), fabricação de celulose, papel e produtos de papel (8%), e fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (2,9%) exerceram as contribuições positivas mais importantes sobre o total da indústria paranaense.
No acumulado dos onze meses de 2014, a indústria do Paraná desacelerou 6,2%, ante a redução de 3,2% na produção nacional. Dos treze setores pesquisados, sete diminuíram a produção, puxados por fabricação de veículos automotivos (-21,1%), máquinas e equipamentos (-11,5%), fabricação de móveis (-7,8%), produção de alimentos (-5,9%) e fabricação de produtos químicos (-2,9%).
No indicador acumulado de doze meses, encerrado em novembro de 2014, a produção industrial regional, ao passar de -4,7% em outubro para -5,9%, em novembro de 2014, manteve a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2014 (4,5%). Os principais impactos negativos para a média global vieram dos setores veículos automotores, reboques e carrocerias (-18,8%), máquinas e equipamentos (-9,7%), fabricação de móveis (-7%), produtos alimentícios (-5%) e produtos químicos (-3,5%).
O economista do Núcleo de Macroeconomia e Conjuntura do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, Francisco José Gouveia de Castro, analisa o resultado no Estado. “O panorama adverso da produção regional resulta do ambiente econômico nacional desfavorável, fruto dos fatores externos, especificamente a lenta recuperação da economia mundial e subsequente diminuição dos preços internacionais das commodities e das barreiras domésticas, formadas essencialmente pela execução de uma política econômica inóspita ao crescimento”, disse.
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