A Estação Experimental do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) na Lapa recebeu nesta segunda-feira (10) o certificado do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) que reconhece e atesta a qualidade da produção orgânica de leite de búfala na propriedade. A fazenda do Iapar na Lapa é pioneira no modelo agroecológico de produção de leite de búfala e a certificação deverá abrir caminho para que os produtores do Paraná ganhem espaço no mercado.
Nas últimas três décadas, a produção de búfalos no Paraná foi reduzida em quase 50%. Atualmente, o rebanho de bufalinos no Estado envolve cerca de 28 mil cabeças, das quais 3 mil no Litoral. “Os produtores encontram dificuldades em manter a atividade rentável. A pesquisa vai possibilitar a abertura de mercado com um produto de elevado valor agregado para esses produtores”, disse o médico veterinário José Lino Martinez, pesquisador do Iapar.
A cerimônia de entrega do certificado contou com a presença dos secretários da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alipio Santos Leal Neto, do representante do Tecpar, Julio Salomão, e do presidente do Iapar, Florindo Dalberto.
A fazenda do Iapar na Lapa tem um rebanho de 45 animais da raça Murrah, sendo que 14 vacas estão em ordenha, produzindo uma média de 80 litros por dia. O certificado assegura que as pesquisas desenvolvidas na fazenda experimental têm base na realidade dos produtores, buscando garantir que as tecnologias sejam geradas sob as mesmas condições e dificuldades que uma propriedade conduzida no sistema orgânico enfrenta no seu cotidiano.
A produção orgânica de leite de búfala da Lapa é enviada para o laticínio do produtor David Thiessen, de Morretes, para ser processada em forma de mussarela. Por ser um produto diferenciado, a expectativa é de que a mussarela consiga ser comercializada pelo dobro do preço do produto equivalente fabricado com leite de vaca.
De acordo com Martinez, a simplicidade na criação de búfalos pode levar aos produtores menos capitalizados a oportunidade de alcançar um mercado rentável. A produção de leite de búfalas proporciona um rendimento industrial elevado, com utilização de menos matéria prima no processamento. Para a produção de um quilo de queijo, são necessários 6 quilos de leite de búfala, enquanto o mesmo produto fabricado com leite de vaca necessita de 9,2 quilos de matéria prima.
Segundo Martinez, a criação de búfalos é de fácil manejo e, ao contrário do que os produtores imaginam, não há necessidade de grande volume de água na propriedade. Os animais precisam de condições de sombreamento em regiões de temperatura muito elevada. Ele ainda destaca que a atividade tem grande potencial como opção de renda para a agricultura familiar.
CERTIFICAÇÃO – Segundo o secretário Norberto Ortigara, a pesquisa do Iapar faz parte de um projeto ambicioso da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, de ampliar a produção agroecológica no Estado com certificação. "Está em curso uma articulação com universidades estaduais e a federal para contribuir com um processo de certificação gratuita da produção orgânica dos pequenos produtores", afirmou.
“Além disso, o Iapar está sempre aberto aos interesses da sociedade, com a visão de contribuir com a qualidade da produção agropecuária, para que os produtos paranaenses não sejam refugados em nenhum mercado do mundo”, acrescentou. Ortigara agradeceu também a participação da Secretaria da Ciência e Tecnologia, que destina uma parcela de recursos do Fundo Paraná para as pesquisas do Iapar.
O secretário da Ciência e Tecnologia, Alípio Santos Leal Neto, disse que a receita do Governo do Estado para inovação tecnológica deverá ser ampliada. Segundo ele, por determinação do governador Beto Richa, o Estado passará a destinar à ciência e tecnologia os recursos previstos na Constituição Estadual, ou seja, 2% da receita tributária do Estado. Segundo ele, esse percentual não era seguido em sua totalidade, o que fazia falta para investimentos em pesquisas e inovação tecnológica.
O diploma de certificação da produção orgânica da Fazenda Experimental do Iapar na Lapa foi entregue pelo representante do Tecpar, Julio Salomão, ao presidente do Iapar, Florindo Dalberto. Para Dalberto, a certificação representa um símbolo de novos tempos para os produtores. "Hoje colocamos à disposição a metodologia de produção orgânica e a certificação, o que demonstra a interação de órgãos do governo em benefício da sociedade", afirmou.
Nas últimas três décadas, a produção de búfalos no Paraná foi reduzida em quase 50%. Atualmente, o rebanho de bufalinos no Estado envolve cerca de 28 mil cabeças, das quais 3 mil no Litoral. “Os produtores encontram dificuldades em manter a atividade rentável. A pesquisa vai possibilitar a abertura de mercado com um produto de elevado valor agregado para esses produtores”, disse o médico veterinário José Lino Martinez, pesquisador do Iapar.
A cerimônia de entrega do certificado contou com a presença dos secretários da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alipio Santos Leal Neto, do representante do Tecpar, Julio Salomão, e do presidente do Iapar, Florindo Dalberto.
A fazenda do Iapar na Lapa tem um rebanho de 45 animais da raça Murrah, sendo que 14 vacas estão em ordenha, produzindo uma média de 80 litros por dia. O certificado assegura que as pesquisas desenvolvidas na fazenda experimental têm base na realidade dos produtores, buscando garantir que as tecnologias sejam geradas sob as mesmas condições e dificuldades que uma propriedade conduzida no sistema orgânico enfrenta no seu cotidiano.
A produção orgânica de leite de búfala da Lapa é enviada para o laticínio do produtor David Thiessen, de Morretes, para ser processada em forma de mussarela. Por ser um produto diferenciado, a expectativa é de que a mussarela consiga ser comercializada pelo dobro do preço do produto equivalente fabricado com leite de vaca.
De acordo com Martinez, a simplicidade na criação de búfalos pode levar aos produtores menos capitalizados a oportunidade de alcançar um mercado rentável. A produção de leite de búfalas proporciona um rendimento industrial elevado, com utilização de menos matéria prima no processamento. Para a produção de um quilo de queijo, são necessários 6 quilos de leite de búfala, enquanto o mesmo produto fabricado com leite de vaca necessita de 9,2 quilos de matéria prima.
Segundo Martinez, a criação de búfalos é de fácil manejo e, ao contrário do que os produtores imaginam, não há necessidade de grande volume de água na propriedade. Os animais precisam de condições de sombreamento em regiões de temperatura muito elevada. Ele ainda destaca que a atividade tem grande potencial como opção de renda para a agricultura familiar.
CERTIFICAÇÃO – Segundo o secretário Norberto Ortigara, a pesquisa do Iapar faz parte de um projeto ambicioso da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, de ampliar a produção agroecológica no Estado com certificação. "Está em curso uma articulação com universidades estaduais e a federal para contribuir com um processo de certificação gratuita da produção orgânica dos pequenos produtores", afirmou.
“Além disso, o Iapar está sempre aberto aos interesses da sociedade, com a visão de contribuir com a qualidade da produção agropecuária, para que os produtos paranaenses não sejam refugados em nenhum mercado do mundo”, acrescentou. Ortigara agradeceu também a participação da Secretaria da Ciência e Tecnologia, que destina uma parcela de recursos do Fundo Paraná para as pesquisas do Iapar.
O secretário da Ciência e Tecnologia, Alípio Santos Leal Neto, disse que a receita do Governo do Estado para inovação tecnológica deverá ser ampliada. Segundo ele, por determinação do governador Beto Richa, o Estado passará a destinar à ciência e tecnologia os recursos previstos na Constituição Estadual, ou seja, 2% da receita tributária do Estado. Segundo ele, esse percentual não era seguido em sua totalidade, o que fazia falta para investimentos em pesquisas e inovação tecnológica.
O diploma de certificação da produção orgânica da Fazenda Experimental do Iapar na Lapa foi entregue pelo representante do Tecpar, Julio Salomão, ao presidente do Iapar, Florindo Dalberto. Para Dalberto, a certificação representa um símbolo de novos tempos para os produtores. "Hoje colocamos à disposição a metodologia de produção orgânica e a certificação, o que demonstra a interação de órgãos do governo em benefício da sociedade", afirmou.