IPC de Curitiba sobe
0,23% em outubro

Alta foi puxada pelo grupo Alimentos e Bebidas. O acumulado do ano está em 4,78% e o dos últimos doze meses, em 6,07%
Publicação
08/11/2011 - 17:23
Editoria

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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Curitiba, calculado pelo Ipardes, para famílias que recebem de 1 a 40 salários mínimos subiu 0,23% no mês de outubro, em relação a setembro. No mesmo período do ano passado, o IPC era de 0,90%. O acumulado do ano está em 4,78% e o dos últimos doze meses, em 6,07%, patamares acima dos constatados em 2010, quando os acumulados no ano e dos doze meses estavam em 3,81% e 5,04%, respectivamente.
Segundo o Ipardes, o fato de o IPC ter apresentado tal taxa se deve à alta nos preços do grupo Alimentos e Bebidas, que puxou o índice para cima, enquanto quatros grupos, destacando-se Transporte e Comunicação, levaram o índice para baixo.
Com aumento de 1,35%, o grupo Alimentos e Bebidas foi o que apresentou maior variação de preços no resultado geral do IPC de outubro, resultando em aceleração significativa frente ao mês anterior, que havia apresentado oscilação de 0,61%. Os principais itens que contribuíram para este aumento foram: café em pó (8,96%), lanche (6,80%), almoço e jantar – refeição (1,07%), batata-inglesa (10,75%) e filé mignon (9,97%).
A alta nos preços do café se deve ao aumento no consumo interno, a quebras de safras nos países produtores, inclusive o Brasil, e ao alto preço da commodity no mercado externo. O subgrupo Alimentação Fora do Domicílio, no qual se encontram produtos como lanche e refeição (almoço e jantar), vem apresentando aumento desde junho. De setembro para outubro os preços quadruplicaram, passando de 0,42% para 1,76%. Com queda de preços, destacam-se o frango inteiro resfriado (-4,34%) e ovo de galinha (-8,39%).
Os preços dos Artigos de Residência caíram, em média, -1,23% no mês de outubro, resultado muito parecido com o de setembro, que foi de -1,18%. As principais contribuições para este resultado foram: aparelho de som (-10,17%), televisão (-2,35%), móvel para quarto infantil (-5,52%) e tapete (-7,20%).
O grupo Habitação apresentou alta de 0,63%, índice praticamente igual ao do mês anterior, que foi de 0,61%, O destaque foi o aumento nos valores dos aluguéis de moradia e condomínios, que variaram 0,97% e 1,25%, respectivamente. Ultimamente alguns condomínios estão dando preferência por não deixar os gastos de fim de ano, como 13º salário, pesarem no bolso dos condôminos apenas em dezembro, assim, distribuem esse gasto durante alguns meses do ano.
Com variação de -0,11%, o grupo Transporte e Comunicação apresentou como principais itens influentes: automóvel de passeio e utilitário usados (-1,13%) e automóvel de passeio nacional zero km (-0,97%).
Com alta de preços, destacam-se seguro voluntário de veículo (5,09%) e passagem aérea (4,09%). Na comparação com o mês anterior, houve um decréscimo de 1,13 pontos percentuais no índice. Ou seja, Transporte e Comunicação, o grupo que mais pesa no bolso do consumidor curitibano, caiu de 1,02% para -0,11%, sendo que este movimento foi a maior contribuição para que o índice geral ficasse menor que o do mês de setembro.
O grupo Vestuário teve queda de -0,29% , desacelerando em relação à taxa do mês anterior, que foi de -2,26%. As principais contribuições, com queda de preços, foram blusa feminina (-6,54%), agasalho infantil (-13,99%) e camisa masculina (-4,29%), por sua vez ocorreram alta em agasalho feminino (12,78%) e sapato feminino (4,47%).
O grupo Saúde e Cuidados Pessoais oscilou em 0,16%, destacando-se o aumento de 8,54% em diárias hospitalares.
Com variação de -0,02%, as principais contribuições do grupo Despesas Pessoais foram a redução de -10,32% nos preços das casas noturnas e a alta de 10,56% nos preços dos pacotes turísticos.