IBGE mostra retração das
vendas do comércio no
Paraná e no Brasil

Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia estatística mostra retração no faturamento real dos estabelecimentos em outubro e nos demais indicadores. O setor de livros, jornais, revistas e papelaria está entre os setores que apresentaram queda
Publicação
12/12/2014 - 10:58
Editoria

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O faturamento real (descontada a inflação) dos estabelecimentos comerciais de varejo paranaense caiu 1,8% em outubro de 2014 em comparação com o mesmo mês de 2013. Na média nacional a queda foi de 2,6%, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (12). A pesquisa contempla, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção (definição ampliada).
“A combinação entre elevação dos juros e a interferência da aceleração da inflação no poder aquisitivo dos consumidores, diminuiu a demanda e elevou o endividamento das famílias, contribuindo para a desaceleração observada nas vendas do comércio”, afirma o economista Francisco José Gouveia de Castro, do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
Os principais responsáveis para os resultados de outubro foram os setores de livros, jornais, revistas e papelaria (-20,1%), veículos, motocicletas, partes e peças (-8,4%), materiais de construção (-3,7), móveis (-1,9%) e eletrodomésticos (-0,6%).
No acumulado de janeiro a outubro de 2014 o comércio do Paraná apresentou redução de 3,1%, frente queda de 1,5% do Brasil. Os ramos que mais influenciaram para a queda das vendas foram os livros, jornais, revistas e papelaria (-20,9%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-20,0%), veículos, motocicletas, partes e peças (-11,4%) e móveis (-6,6%).
Em doze meses, encerrados em outubro de 2014, as vendas reais do comércio varejista regional caíram 1,1%. Na média nacional a retração ficou em 0,5%. As principais contribuições para esse resultado vieram dos segmentos de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-19,6%), livros, jornais, revistas e papelaria (-16,7%) veículos, motocicletas, partes e peças (-8,7%) e móveis (-5,2%).
MENSURAÇÃO RESTRITA - Na mensuração restrita (que não considera os ramos de veículos, motos e material de construção), o volume de vendas no Estado subiu 3,6% no mês de outubro e avançou 2,6% no acumulado do ano e 3,9% em doze meses (terminados em setembro). No Brasil, o faturamento comercial mostrou variação positiva de 1,8% no mês, e crescimento de 2,5% no ano e 3,1% em doze meses.
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