IBGE mostra Paraná entre três primeiros
estados em valor agregado da indústria

Estado superou Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (23). Em 2013, Paraná ficou atras apenas de São Paulo e Minas Gerais
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24/06/2015 - 17:23
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O Paraná superou Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro e passou a ocupar a terceira colocação no valor agregado da indústria de transformação do País. Os dados são da Pesquisa Industrial Anual (PIA), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (24). A pesquisa mede quanto a indústria de transformação agrega de valor à matéria-prima empregada na fabricação dos produtos.
Em 2013, o Paraná alcançou uma participação recorde de 8,4% no valor da indústria de transformação do País, atrás apenas de São Paulo (39,1%) e Minas Gerais (9,4%). A indústria da transformação do Estado somou R$ 77,5 bilhões dos R$ 923 bilhões gerados pelo Brasil.
“Estamos colhendo os resultados esperados com a política de desenvolvimento econômico adotada a partir de 2011”, afirma o governador Beto Richa. “Vivemos o maior ciclo de expansão industrial da história do Paraná, graças ao diálogo com o setor produtivo, ao ambiente de segurança jurídica criado no Estado e ao programa de incentivo fiscal, além dos investimentos em infraestrutura”, diz Richa. ADENSAMENTO - Essa é a segunda vez que o Paraná atinge a terceira colocação - a primeira foi em 2011. “O Paraná viveu um adensamento industrial nos últimos quatro anos que fortaleceu a indústria de transformação no Estado. Comparativamente, recebeu muito mais investimento desse setor do que estados como Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro”, diz Julio Takeshi Suzuki Junior, diretor presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes).
De acordo com ele, o ganho de participação reflete a qualidade do setor industrial do Paraná. “O Estado é a quinta maior economia do País, mas em termos de indústria, ocupa o terceiro lugar, o que exemplifica como a nossa indústria é competitiva”, afirma.
Uma combinação de fatores impulsionou a indústria do Estado, na avaliação de Roberto Zürcher, analista do departamento econômico da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). A qualificação da mão de obra, a localização estratégica - perto de dois centros consumidores importantes da América do Sul (São Paulo e Buenos Aires) – e a eficiência do Porto de Paranaguá na movimentação de cargas colocaram o Estado em posição de vantagem em relação aos demais.
“Ao mesmo tempo, o governo estadual estimulou o investimento por meio do Paraná Competitivo, da redução de ICMS para a compra de insumos industriais e na diminuição da alíquota geral do imposto”, diz.
Em 2013, também havia condições macroeconômicas mais favoráveis. Os preços elevados das commodities agrícolas favoreceram a indústria paranaense de alimentos, a de maior peso na estrutura produtiva do Paraná. Além disso, incentivos ao consumo por meio de queda de juros, redução de impostos e aumento do crédito, beneficiaram especialmente a aquisição de bens de consumo, como automóveis.
SETORES – Não por acaso, a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias foi a de maior destaque em 2013, com um aumento de participação de 17% para 21% no valor agregado da indústria de transformação do Paraná, segundo o IBGE. O setor encostou, pela primeira vez, na indústria de alimentos, que teve uma participação de 21,6%.
Em compensação, houve queda no valor agregado da indústria de coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis – a participação passou de 16% para 13,1%.
EMPREGOS - Segundo o IBGE, a indústria do Paraná empregava 703,9 mil pessoas em 2013, 5% mais do que em 2012. O setor líder na geração de vagas foi o de alimentos, com 26% do total de ocupados, seguido pelo de vestuário, com 10,6%, e pelo de veículos automotores, com 6,7%.
TENDÊNCIA - Apesar dos avanços nos últimos anos, a indústria do Estado vive um momento de desafios, pressionada por aumento de custos e pela retirada, por parte do Governo Federal, das condições que impulsionaram o consumo nos últimos anos, de acordo com Roberto Zürcher, da Fiep. “Para manter esses avanços, o setor terá que ter apoio para superar as dificuldades da economia brasileira, que vêm afetando a atual produção e a venda dos produtos industriais”, acrescenta.
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