IBGE aponta crescimento
de 2,5% na produção
industrial do Paraná

O resultado é no acumulado de doze meses, período em que a produção brasileira recuou o,8%. Pesquisa mostra retração nos demais indicadores
Publicação
06/06/2014 - 15:35
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A produção da indústria do Paraná registrou expansão de 2,4% no acumulado de doze meses, encerrado em abril de 2014. No Brasil, houve recuo de 0,8% no período, segundo a Pesquisa Industrial Mensal Regional - Produção Física, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As principais contribuições sobre a média global vieram dos setores de madeira (17,%), minerais não-metálicos (11,8%), metal (9,4%), borracha e plástico (9,2%) e máquinas e equipamentos (9,2%).
A pesquisa apontou retração na produção industrial paranaense e brasileira nos demais indicadores. Para o economista Francisco José Gouveia de Castro, do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), os números desfavoráveis da produção industrial resultam da conjunção da precariedade da política econômica adotada pela atual gestão federal (com o abandono do tripé formado por câmbio flutuante, superávits fiscais primários e metas de inflação), da insegurança institucional, com constantes e intensas intervenções no mercado, e a expectativa negativa dos setores produtivos diante das baixas taxas de crescimentos e da aceleração e generalização dos reajustes de preços no País, inibindo decisões de investimento.
“A matriz produtiva paranaense vem mostrando evidentes sinais de contágio da regressão da economia brasileira, especialmente em algumas atividades industriais”, afirma o economista. “O setor mais emblemático é o automotivo que passa por uma forte retração das vendas internas e aumento dos estoques nas fábricas e revendas”, diz ele.
ABRIL – Em abril de 2014, a indústria paranaense apresentou recuo de 0,4% em abril, em relação ao mês de março. No País a desaceleração foi, em média, de 0,3%. Com esse resultado, a indústria regional eliminou parte do ganho de 3,3% no acumulado do período janeiro-março.
Entre os locais pesquisados no País, sete apresentaram retração neste tipo de comparação. Os ramos que influenciaram negativamente no Estado foram produção de madeira, máquinas e equipamentos e fabricação de bebidas.
ANO ANTERIOR - Na comparação de abril de 2014 com o mesmo mês de 2013 o setor fabril paranaense apontou recuo de 11,8%, ante queda de 5,8% para o Brasil, com redução em onze dos quatorze locais pesquisados.
Nove das treze atividades investigadas mostraram retração, sendo as principais contribuições negativas observadas nos setores de veículos automotores (menos 30,4%), pressionado pela menor produção de automóveis; máquinas e equipamentos (queda de 29,5%), determinada pela redução na fabricação de tratores agrícolas, máquinas para colheita, máquinas e aparelhos agrícolas para projetar ou pulverizar e reboques e semirreboques para uso agrícola; móveis (-18,2%), produtos de madeira
(-15%) e produtos alimentícios, com queda na produção de tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja e açúcar.
As contribuições positivas vieram dos segmentos bebidas (20%), pela maior fabricação de preparações em pó para a elaboração de bebidas, refrigerantes e cervejas e chope, derivados de petróleo e biocombustíveis (6,8%) e borracha e plástico (1,9%).
ACUMULADO DO ANO – Nos quatro primeiros meses de 2014, a indústria do Paraná inverteu a curva e desacelerou 1,1% após quatro meses consecutivos de crescimento, frente à redução de 1,2% na produção nacional.
Dos treze setores pesquisados, sete diminuíram a produção, puxados por produção de alimentos (-7,7%), móveis (-7,5%), máquinas e equipamentos (-7,4%) e veículos automotores (-4,2%).
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