IAP entra na fase final
de retirada de
resíduos em Jacarezinho

Graças a um acordo com as empresas que armazenaram os resíduos irregularmente, já foram recolhidos 8.900 tambores do material
Publicação
16/09/2011 - 10:40

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O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) está na fase final da retirada de resíduos derivados de tintas e solventes depositados há mais de 10 anos irregularmente em Jacarezinho, no Norte Pioneiro do Estado. Em 10 meses de trabalho, foram recolhidos 8.900 tambores, com cerca de 2 mil toneladas de resíduos. Falta retirar aproximadamente 500 tambores. O trabalho é resultado de uma negociação conduzida pelo IAP e Ministério Público com 10 empresas do segmento para solucionar o passivo ambiental.
O material retirado do meio ambiente inclui borra de tinta, lodo de estação de tratamento de esgoto, solvente e outros resíduos líquidos armazenados pelas empresas Resicor e Resimater. A maioria dos resíduos é oriunda do estado de São Paulo. Os resíduos estão armazenados em um antigo depósito das empresas. Elas tinham licença ambiental para operar na reciclagem de resíduos químicos, mas se preocuparam apenas com a armazenagem e não com a destinação dos resíduos. Por isso, as empresas e sua proprietária respondem a uma ação civil e outra criminal na Justiça.
A negociação conduzida pelo IAP e pelo Ministério Público garantiu que as duas empresas arquem com o custo da retirada e transporte dos resíduos armazenados irregularmente. A operação deve custar R$ 3 milhões, que deverão ser pagos pelas empresas envolvidas e, conforme o prazo estabelecido pela Justiça, deve terminar até o dia 31 de outubro.
“O trabalho está de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos e com o objetivo da Secretária de Meio Ambiente de promover a responsabilidade ambiental dos empreendedores do Estado”, disse o presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto.
O IAP conta com o apoio da empresa Ambiental Pesquisas e Projetos em Meio Ambiente, que está coordenando a retirada dos resíduos. O material é levado para a empresa Cimenteira Itambé, no município de Balsa Nova, Região Metropolitana de Curitiba, onde será processado e terá a destinação final adequada.
Além da retirada dos resíduos está sendo feita a raspagem do solo contaminado, que receberá a mesma destinação dos outros resíduos. “Com a retirada dos resíduos percebemos que o solo do local também estava contaminado, o que dificulta a regeneração natural do local”, disse a chefe do escritório regional do IAP em Jacarezinho, Rosa Maria Gonzaga Baccon.

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