O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) assinou nesta segunda-feira (17) a autorização da Licença Prévia para construção do primeiro complexo privado de geração de energia elétrica de fonte renovável do Paraná, e um dos três maiores do Sul do Brasil – o Complexo Eólico de Palmas II.
O complexo será instalado no município de mesmo nome, no Sudoeste do Estado, na divisa com Santa Catarina. O processo de licenciamento seguiu, rigidamente, a regulação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), Secretaria de Estado do Meio Ambiente IAP. “O parque é sustentável, utiliza energia renovável e tem baixo impacto ecológico e ambiental”, destaca o diretor-presidente do IAP, Luiz Carlos Manzato.
O Complexo Eólico Palmas II, de titularidade da empresa paranaense Enerbios, do Grupo Enercons, tem 200 Megawatts (MW) de potência projetada, capaz de atender com energia elétrica uma cidade de 350 mil habitantes. Os investimentos previstos passam de R$ 1 bilhão.
No empreendimento, a Enerbios está associada à empresa alemã Innovent, à Cia Ambiental de Curitiba e à Ventos do Sul, do município de Abelardo Luz, em Santa Catarina, que desde 2009 pratica atividades de medição de vento.
Para o presidente da Enerbios, o licenciamento ambiental na etapa prévia já antecipa o êxito das etapas de licenciamento da instalação e da operação, pois a parte mais difícil, segundo ele, já está concluída.
“Agora, nossa atenção se volta a detalhar o Projeto Básico Ambiental e concluir a cotação final para aquisição dos equipamentos e serviços, que já está em curso", disse Pugnaloni. Ele destaca que o principal objetivo é buscar atender com energia renovável e limpa os consumidores que já fazem parte do seu portfólio no mercado livre.
LICENCIAMENTO – A Licença Ambiental Prévia possui 26 condicionantes que deverão ser devidamente cumpridas e aprovadas para a solicitação e obtenção das próximas etapas do licenciamento ambiental. O documento emitido não autoriza construções, terraplanagem ou desmatamento no local.
EMPREENDIMENTO - O Complexo Eólico Palmas II conta com 16 mil hectares de área arrendada a mais de 50 proprietários rurais. Ele é composto de oito usinas eólicas diferentes, denominadas Taipinha, Tradição, Piloto Tradição, São Francisco, Santa Cruz, Campo Alegre, Santa Maria e Pederneiras, nas quais as atividades agrícolas de lavoura, pastagem e reflorestamento continuarão a ser praticadas normalmente.