Grupo da Polícia Civil é treinado por agentes especiais dos EUA

O curso, ministrado pelo DEA, órgão policial americano de repressão ao narcotráfico, tem duração de 15 dias, com aulas teóricas e práticas. As aulas acontecerão na Escola Superior da Polícia Civil.
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28/07/2017 - 10:30
Editoria

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O Tático Integrado de Grupos de Repressão (Tigre) iniciou nesta semana um treinamento especializado em técnicas de investigação de sequestro e resgate de refém ministrado por uma equipe policial norte-americana da Drug Enforcement Administration (DEA), órgão de repressão ao narcotráfico. O curso tem duração de 15 dias, com aulas teóricas e práticas. As aulas acontecerão na Escola Superior da Polícia Civil, em Curitiba, e no estande de tiros da empresa TEES, em Almirante Tamandaré.

O treinamento tem como objetivo aprimorar técnicas já utilizadas pelo Tigre, bem como desenvolver novas estratégias no foco de atuação do grupo especializado em resgate de reféns. O curso oferece acesso a variadas técnicas norte-americanas, as quais possuem eficácia comprovada em campo.

“As equipes de operações especiais estão se renovando constantemente, para assim adquirir experiências de outras instituições. Com isso, todos os policiais acabam adquirindo experiências usadas fora do País, além de ocorrer uma troca de conhecimento durante todo o curso”, afirmou o secretário estadual da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita, acrescentando que todas as técnicas estudadas estão voltadas para a realidade do Brasil.

Durante as aulas práticas serão criados diversos cenários para as mais variadas situações de resgate. “Isso permite aprimorar nossas técnicas, bem como acrescentar as que já são utilizadas por nós, e claro, adaptar e criar novas formas de proceder em situações com essas. Além de poder demonstrar para eles a forma com que nós realizamos operações e fazermos um comparativo”, diz o delegado-titular do Tigre, Luís Fernando Vianna Artigas.

Até o momento, a equipe treinou de forma intensa abordagens em veículo de risco extremo, ocasião em que os ocupantes seriam criminosos de alto grau de periculosidade e com possibilidade de haver reféns no interior do veículo. “A equipe do DEA fez uma simulação, de forma minuciosa, para mostrar como eles agem em situações como essa e instruiu toda a equipe em treinamento para que refizessem a ação utilizando as técnicas estadunidenses”, diz Artigas.

O curso também é voltado para técnicas de tiros e combate em ambiente confinado, que é quando a equipe entra em alguma edificação para prender ou resgatar alguém. Os policiais também passarão por aulas de técnicas norte-americanas de investigação em caso de pessoas sequestradas, ou seja, além de táticas operacionais, a equipe do DEA acrescentará noções teóricas ao trabalho de inteligência do Tigre.

As aulas de tiros serão ministradas com pistolas de última geração, entregues recentemente pela Secretaria da Segurança Pública, que possibilitam que os profissionais aprimorem técnicas com o novo armamento e que a equipe operacional do Tigre tenha um maior contato com o equipamento, extraindo o melhor dele em situações nas quais seja necessária a utilização.

Além do secretário da Segurança Pública e do capitão da Polícia Militar Luiz Alexandre Murbach, participaram das aulas no estande de tiros, em Almirante Tamandaré, 14 policiais civis do Tigre e sete policiais federais, além dos delegados.

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