A economia do Paraná sofreu o impacto da recessão brasileira, mas os seus efeitos no Estado foram um pouco menores do que na média nacional, graças, principalmente, ao bom momento da agropecuária. O Produto Interno Bruto (PIB) paranaense encolheu 2,8% em 2015 em relação ao ano anterior, de acordo com estimativa divulgada nesta quinta-feira (3) pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social).
No mesmo período, o PIB nacional recuou 3,8%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi a maior queda do PIB brasileiro desde o início da série histórica, em 1996.
No Paraná, assim como no restante do país, a queda foi puxada principalmente pela indústria, setor que mais sentiu os efeitos da recessão, com um recuo de 7% em 2015. Em compensação, a agropecuária paranaense cresceu 4,4%, embalada pelo recorde da safra de grãos e o crescimento da produção de carnes, desempenho superior à nacional, que teve um crescimento de 1,8%. “A agropecuária, mais uma vez, garantiu uma condição melhor do que a média no Paraná”, diz o diretor-presidente do Ipardes, Julio Suzuki Júnior.
A indústria de transformação sofreu os efeitos da desaceleração do consumo interno e da perda de competitividade no mercado externo. Os segmentos automotivo, de construção civil e serviços industriais de utilidade pública, como luz e água, foram os mais afetados pela desaceleração.
De acordo com Suzuki Júnior, o consumo do brasileiro sucumbiu à combinação de inflação elevada, juros altos, endividamento e aumento do desemprego. “O que levou a reboque também o setor de serviços, que teve recuo de 2,3% no ano no Estado”, afirma. “Os números do PIB mostram a falência do modelo de crescimento sustentado pelo consumo, que norteou a política econômica do governo federal. O Brasil se tornou um país bom para consumir, mas ruim para produzir”, acrescenta.
ÚLTIMO TRIMESTRE – Os números divulgados nesta quinta-feira mostram ainda que quadro econômico se agravou no último trimestre de 2015, com um recuo, em relação ao mesmo período de 2014, de 5,8% no Paraná. No Brasil, na mesma base de comparação, a queda foi um pouco maior, de 5,9%, de acordo com o IBGE. Em relação ao terceiro trimestre, o PIB brasileiro do quarto trimestre de 2015 caiu 1,4%. O Ipardes não calcula o comparativo do PIB estadual com o trimestre imediatamente anterior.
No quarto trimestre, as perdas mais agudas no Paraná foram na indústria, que registrou retração de 12,6%, e dos serviços, 3,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os últimos meses do ano também não contaram com o impacto positivo da agropecuária, que, por conta da sazonalidade da safra (concentrada no primeiro semestre), registrou uma queda de 3% no período.
“A piora no fim do ano acompanhou a brasileira e é especialmente ruim porque faz com que os seus efeitos sejam carregados para o início de 2016. Com isso teremos um primeiro semestre ainda difícil” diz o presidente do Ipardes.
Para o Paraná, no entanto, as previsões são um pouco melhores, por conta do perfil econômico no Estado. “O Paraná tem condições de sair mais cedo da crise assim que o cenário nacional der os primeiros sinais de melhora”, diz.
CÂMBIO – Segundo Suzuki, entre os fatores que devem contribuir para isso estão a boa safra agrícola, especialmente de soja, e o câmbio favorável às exportações, que vai beneficiar tanto o agronegócio como a indústria, que deve começar a sentir, a partir desse ano, uma melhora na competitividade no mercado externo por conta da defasagem cambial.
A expectativa é que a desvalorização do real frente ao dólar possa ajudar nas exportações de setores como papel e celulose, madeira, alimentos e, em alguma medida, da indústria automotiva. “O Paraná tem, proporcionalmente, uma participação maior das exportações na sua economia do que a média brasileira, o que é positivo nessa conjuntura”, diz.
O Paraná conta ainda com uma renda média superior à nacional, uma taxa de desemprego menor do que a média brasileira e com os benefícios do ajuste fiscal implantado pelo Governo do Estado.
Para o presidente do Ipardes, a melhora financeira das contas do Estado permitirá a retomada de investimentos em 2016. A previsão é que os investimentos somem cerca de R$ 8 bilhões. Parte desse total será destinada para obras de infraestrutura, que devem estimular a construção civil, um dos setores que mais prejudicados pela crise.
Saiba mais sobre o trabalho do governo do Estado em:
http:///www.facebook.com/governopr e www.pr.gov.br
No mesmo período, o PIB nacional recuou 3,8%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi a maior queda do PIB brasileiro desde o início da série histórica, em 1996.
No Paraná, assim como no restante do país, a queda foi puxada principalmente pela indústria, setor que mais sentiu os efeitos da recessão, com um recuo de 7% em 2015. Em compensação, a agropecuária paranaense cresceu 4,4%, embalada pelo recorde da safra de grãos e o crescimento da produção de carnes, desempenho superior à nacional, que teve um crescimento de 1,8%. “A agropecuária, mais uma vez, garantiu uma condição melhor do que a média no Paraná”, diz o diretor-presidente do Ipardes, Julio Suzuki Júnior.
A indústria de transformação sofreu os efeitos da desaceleração do consumo interno e da perda de competitividade no mercado externo. Os segmentos automotivo, de construção civil e serviços industriais de utilidade pública, como luz e água, foram os mais afetados pela desaceleração.
De acordo com Suzuki Júnior, o consumo do brasileiro sucumbiu à combinação de inflação elevada, juros altos, endividamento e aumento do desemprego. “O que levou a reboque também o setor de serviços, que teve recuo de 2,3% no ano no Estado”, afirma. “Os números do PIB mostram a falência do modelo de crescimento sustentado pelo consumo, que norteou a política econômica do governo federal. O Brasil se tornou um país bom para consumir, mas ruim para produzir”, acrescenta.
ÚLTIMO TRIMESTRE – Os números divulgados nesta quinta-feira mostram ainda que quadro econômico se agravou no último trimestre de 2015, com um recuo, em relação ao mesmo período de 2014, de 5,8% no Paraná. No Brasil, na mesma base de comparação, a queda foi um pouco maior, de 5,9%, de acordo com o IBGE. Em relação ao terceiro trimestre, o PIB brasileiro do quarto trimestre de 2015 caiu 1,4%. O Ipardes não calcula o comparativo do PIB estadual com o trimestre imediatamente anterior.
No quarto trimestre, as perdas mais agudas no Paraná foram na indústria, que registrou retração de 12,6%, e dos serviços, 3,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os últimos meses do ano também não contaram com o impacto positivo da agropecuária, que, por conta da sazonalidade da safra (concentrada no primeiro semestre), registrou uma queda de 3% no período.
“A piora no fim do ano acompanhou a brasileira e é especialmente ruim porque faz com que os seus efeitos sejam carregados para o início de 2016. Com isso teremos um primeiro semestre ainda difícil” diz o presidente do Ipardes.
Para o Paraná, no entanto, as previsões são um pouco melhores, por conta do perfil econômico no Estado. “O Paraná tem condições de sair mais cedo da crise assim que o cenário nacional der os primeiros sinais de melhora”, diz.
CÂMBIO – Segundo Suzuki, entre os fatores que devem contribuir para isso estão a boa safra agrícola, especialmente de soja, e o câmbio favorável às exportações, que vai beneficiar tanto o agronegócio como a indústria, que deve começar a sentir, a partir desse ano, uma melhora na competitividade no mercado externo por conta da defasagem cambial.
A expectativa é que a desvalorização do real frente ao dólar possa ajudar nas exportações de setores como papel e celulose, madeira, alimentos e, em alguma medida, da indústria automotiva. “O Paraná tem, proporcionalmente, uma participação maior das exportações na sua economia do que a média brasileira, o que é positivo nessa conjuntura”, diz.
O Paraná conta ainda com uma renda média superior à nacional, uma taxa de desemprego menor do que a média brasileira e com os benefícios do ajuste fiscal implantado pelo Governo do Estado.
Para o presidente do Ipardes, a melhora financeira das contas do Estado permitirá a retomada de investimentos em 2016. A previsão é que os investimentos somem cerca de R$ 8 bilhões. Parte desse total será destinada para obras de infraestrutura, que devem estimular a construção civil, um dos setores que mais prejudicados pela crise.
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