Governo vai apoiar
cultivo de olerícolas
no território Paraná Centro

Projeto inclui ervas medicinais e vai atender os municípios de Turvo, Boa Ventura de São Roque, Campina do Simão, Laranjal, Nova Tebas, Palmital, Pitanga, Santa Maria do Oeste
Publicação
11/08/2011 - 16:55
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O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, se comprometeu em apoiar, com assistência técnica e organização da produção e comercialização, um polo de cultivo de olerícolas e plantas medicinais no território do Paraná Centro. O compromisso foi firmado durante reunião ocorrida nesta quinta-feira (11), no município de Turvo, a 40 quilômetros de Guarapuava, onde compareceram cerca de 150 pessoas entre prefeitos, lideranças e produtores da região.
O projeto apresentado ao secretário deverá envolver oito municípios com IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) baixo no território do Paraná Centro. São municípios que necessitam do governo do Estado para apoiar alternativas de geração de renda na propriedade da agricultura familiar. O projeto de cultivo de olericultura e ervas medicinais vai beneficiar cerca de 350 pequenos produtores nos municípios de Turvo, Boa Ventura de São Roque, Campina do Simão, Laranjal, Nova Tebas, Palmital, Pitanga, Santa Maria do Oeste.
Segundo Ortigara, o projeto poderá levar à região a um outro patamar de desenvolvimento. Da parte do governo do Estado, garantiu todo o apoio necessário inclusive de assistência técnica, por parte da Emater, especializada em olericultura e plantas medicinais. Ortigara disse, no entanto, que essa demanda será atendida assim que o quadro de pessoal da empresa for recomposto com a contratação de novos técnicos, o que deve acontecer em breve por meio de concurso público.
O secretário lembrou que o governo não quer trabalhar sozinho e para isso conta a parceria de entidades como Sebrae, Senar e Banco do Brasil, que vão ajudar na execução desse projeto da região de Turvo.
Além do secretário Ortigara, participaram da reunião o presidente do Instituto Emater, Rubens Niederheitmann, o diretor presidente da Ceasa Paraná Luiz Gusi e o diretor técnico do Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA) Marcio Miranda. Outros representantes do agronegócio, como redes de supermercados, também estavam presentes à reunião.
Segundo o chefe do núcleo da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) de Guarapuava, Itacir José Vezzaro, os produtores da região são dependentes da produção de leite e eles querem uma segunda opção de renda na propriedade em que a olericultura e a produção de ervas medicinais poderá oferecer essa alternativa.
Vezzaro disse que duas redes de supermercados já manifestaram a intenção de comprar os produtos do polo, desde que eles ofereçam ofertas constantes de produtos com qualidade e preços competitivos.
O chefe do núcleo de Guarapuava disse ainda que esses produtos precisam de crédito específico para compra de equipamentos e instalação dos canteiros como estufas para proteção dos campos de cultivo em caso de ocorrência de baixas temperaturas, que predominam na região. Segundo Vezzaro, inicialmente oito municípios do território Paraná Centro estão se organizando. Se houver aumento de demanda, outros municípios do território também poderão ser incluídos, afirmou.
Conforme documento apresentado ao secretário Ortigara, o objetivo geral do projeto é a implantação de infraestrutura de capacitação para produção e comercialização de olericultura (verduras, legumes e frutas), e ervas medicinais que serão produzidos por pequenos produtores da região, diversificando sua produção e melhorando a renda familiar. Como objetivo específico tem-se a estruturação dos escritórios da Emater nos municípios envolvidos no projeto com técnicos especializados, otimizando a produção e gerando maior rentabilidade, com menor custo.
Além disso, foram discutidas a abertura de linhas de crédito especiais para investimento na produção como aquisição de estufa, sistemas de irrigação, enxadas rotativas, maquinário etc., avalizando o pequeno produtor, desde que este esteja comprometido com o projeto.
O projeto na região surgiu a partir de uma experiência da prefeitura de Turvo que apoiou a organização dos produtores rurais para a diversificação da renda na pequena propriedade, para conter o êxodo rural. Foi criada uma Central de Apoio às Associações de Produtores Rurais de Turvo (CAART), entidade que funciona como um canal de comercialização do pequeno produtor, sem que ele precise sair da sua propriedade para escoar sua produção, melhorando sua renda e garantindo sua vida no campo. A ação deu tão certo que a ideia será expandida para outros municípios da região.

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